Top 10: Melhores Leituras de 2014
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Recentemente trouxe para vocês a minha retrospectiva literária do ano
que passou. Nela, prometi elaborar um Top 10 com as minhas melhores leituras de
2014 com certa variedade de gêneros para que leitores de todos os gostos pudessem
tirar uma dica ou outra de leitura. No entanto, tenho que confessar que não foi
nenhum pouco fácil, já que percebi que os livros que mais gostei giraram em
torno de basicamente um mesmo gênero: o policial. Mas isso não quer dizer que
eu fracassei na minha promessa, pois depois de muito pensar e reler minhas
resenhas cheguei a essa lista final...
10. A Maldição de Dömaro por John Ajvide Lindqvist
Os escritores suecos têm começado a fazer parte das minhas leituras e
eu tenho gostado muito de tudo o que eles apresentam. Além de trazerem um cenário
completamente diferente do que estamos habituados, eles ainda fazem isso com
uma desenvoltura admirável. Por isso, nada mais natural do que iniciar minha
imersão no horror contemporâneo com os escandinavos. John Ajvide Lindqvist, por
exemplo, é conhecido entre os leitores por causa de seu livro “Deixa Ela Entrar”
que além de ter ganho uma adaptação sueca, ainda ganhou outra protagonizada
pela atriz Chloë Moretz. Mas esse livro não foi a minha primeira escolha, mas
sim “A Maldição de Domarö”, que com um horror psicológico e embasado também em
antigas maldições, me fez ter pesadelos e enxergar de modo diferente a maneira
como o mar se comporta.
9. O Sal da Vida por Françoise Héritier
Comumente eu não leio livros autobiográficos, ainda mais, se não são de
alguém que eu desejo conhecer a sua história. Entretanto, as nuances que
pareciam envolver “O Sal da Vida” me chamaram a atenção desde o princípio. De leitura
rápida, e escrita poética, esse livro mexeu comigo de uma forma que nem sei
como explicar... A única coisa que posso dizer é que fez com que minha
imaginação mergulhasse na história de Françoise Héritier para por fim,
mergulhar na minha e reavivar algumas maravilhosas lembranças que estavam
perdidas em minha mente.
8. Graffiti Moon por Cath Crowley
Uma boa escrita poética é capaz de me ganhar logo nas primeiras
páginas, mas para esse sentimento perdurar, é necessário o escritor mostrar a
que veio e me fazer acreditar que tem mais para me contar do que algumas belas
frases de efeito. E para enorme satisfação, a autora Cath Crowley conseguiu
provar que é uma escritora ímpar e que pode manter com muito estilo e
criatividade uma história narrada em apenas um dia. Sem dúvidas, "Graffiti Moon" é um livro Young
Adult sensacional!
7. As Cavernas de Aço por Isaac Asimov
Sempre li muitos comentários a respeito de Isaac Asimov e ao olhar
inovador que ele lançou sobre a ficção científica ao inserir o conceito de
robótica na literatura. Porém, demorei um longo tempo para ter coragem de ler
algo escrito por ele. Quando li a sinopse de “As Cavernas de Aço”, enxerguei
naquela história algo maior do que imaginei até então e me surpreendi ainda
mais quando isso se provou algo certo quando o autor me apresentou a uma trama
policial envolvendo dois universos completamente distintos, um humano, um robô
e muita ação. Sinceramente? Foi genial!
6.
O Cão dos Baskerville por Arhtur Conan Doyle
Todo ano eu me proponho um desafio. O desafio do ano passado era ler
todos os romances da série “Sherlock Holmes”. Eu queria conhecer as bases do
gênero policial e principalmente, entender porque o personagem que dá nome a
série, se tornou referência entre os amantes de histórias de detive. No começo,
demorei a me sentir à vontade com a escrita de Doyle e com a maneira
egocêntrica que o Holmes tem de se portar, mas quando li “O Cão dos Baskerville”
não tive saída além de elegê-lo como o melhor romance de toda a série e um dos
melhores que já tive oportunidade de ler.
5. Série “Os Bridgertons” por Julia Quinn
Adoro um bom romance histórico. Ainda mais para ler naqueles dias frios
em que eu não quero fazer nada além de suspirar com amores que parecem
impossíveis de acontecer fora das páginas de um livro. Porém, até a Aninha (leitora
do blog e amiga) me indicar a série “Os Bridgertons”, eu não sabia o que era
ficar completamente dependente de uma série desse gênero. Mesmo correndo o
risco de estar sendo piegas, cada história da família Bridgerton me faz
acreditar que o amor, apesar de quase inatingível, é o sentimento mais poderoso
que existe. O único capaz de operar milagres.
4. Flash
Forward por Robert J. Sawyer
Eu sou completamente viciada em distopias. Isso é um fato que eu não
posso negar. No entanto, até ler “Flash Forward” minhas experiências com o
gênero se resumiam a séries voltadas para o público juvenil e que traziam uma “destruição”
muito mais fantástica do que pautada em algo que realmente pudesse acontecer e
tivesse um processo científico por trás. E é com um enredo completamente
inovador e tratamento das relações humanas de modo muito verdadeiro, que esse
livro se tornou uma das grandes surpresas entre minhas leituras.
3. Psicose por Robert Bloch
Tenho que confessar uma coisa: eu sempre associei “Psicose” a
Hitchcock. Por isso foi uma imensa surpresa me deparar diante da escrita de
Robert Bloch e achar tudo de um primor tão grande que me deixou meio mal por
não ter tido a oportunidade de ter contato com a sua obra antes. A verdade é
que com personagens absolutamente marcantes, é impossível não querer desvendar
cada faceta do Norman Bates e de sua estranha relação com a sua mãe. Quando a
história chegou no seu ápice, eu estava boquiaberta e pronta para aplaudir o
autor.
2. Encantos do Jardim e A Garota que Perseguiu a Lua
por Sarah Addison Allen
Sabe aqueles livros que fazem você ter vontade de morar neles? Bem, todos
os livros da Sarah Addison Allen são assim. E como se não bastasse me deixar
refém de suas histórias através dos cenários que ela compõe, ela ainda escreve
de maneira tão gostosa e poética que é impossível não ler um livro seu e ficar
com gostinho de quero mais. Tanto “Encantos do Jardim”, quanto “A Garota que Perseguiu a Lua”, trazem um mix de cheiros e sons que as histórias parecem
transferir sua magia para quem o está lendo de modo que o desejo de que as
páginas não tenham fim pode ser sentida do início ao fim. Amo tanto...
1. Os Três por Sarah Lotz
Sem sombra de dúvidas “Os Três” foi um dos livros mais originais que
tive o prazer de ler. Tanto com relação a estrutura que a autora utilizou para
narrar a história, como também, a maneira completamente gostosa dela brincar
com a cabeça dos seus leitores a respeito do porquê as coisas terem acontecido.
E mesmo tendo uma surpresa e tanto com a sua teoria final, não me senti
frustrada por não ter sido aquilo que eu imaginava, mas sim boquiaberta com a
criatividade de Sarah Lotz.
Bônus: Coração Envenenado por S. B. Hayes
Livros diferentes costumam me deixar sempre com gostinho de quero mais.
E foi exatamente essa a sensação que fiquei após ler “Coração Envenenado” e me deparar
com uma história onde nem tudo o que parece é, e onde o aspecto psicológico de
cada personagem dita o tom de cada uma das cenas. Mesclando vários gêneros de
modo muito peculiar, S. B. Hayes me proporcionou uma das leituras mais
intrigantes do ano passado. Mal posso esperar para ler algo mais escrito por
ela.
Bom pessoal, por hoje é só. Espero que vocês tenham gostado do meu “Top 10” e que não deixem de ver também a minha Retrospectiva Literária para obter mais indicações de leitura.
--- Isabelle Vitorino ---
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