True Crime: Paul Bernardo e Karla Homolka - O casal assassino


O ano era 1987 e uma série de estupros estavam ocorrendo no bairro Scarborough em Toronto, Canadá. Os crimes continuaram no ano seguinte e o número de vítimas subia para 13. Uma das vítimas alegou ter visto uma mulher junto com o estuprador, segurando o que parecia uma câmera, mas isso foi totalmente desacreditado naquele momento. 

Após uma análise do perfil do estuprador ser feita, pode-se perceber que o padrão de suas vítimas era de mulheres consideradas com baixo risco, com idade entre 15 e 21 anos, todas habitantes do mesmo bairro, baixa estatura e pesando entre 41 e 61kg. Quanto ao criminoso, seu padrão de ataque era sem pressa, e feito ao ar livre à noite, e morava na mesma região que suas vítimas e as atacava pelas costas para que assim não fosse identificado. 

Porém, houve uma vítima com quem ele agiu de forma diferente, se aproximou de frente e assim a moça conseguiu ver seu rosto por alguns segundos. Demonstrava raiva e vocabulário de baixo calão, partindo para humilhações e satisfação em demonstrar seu total controle sobre suas vítimas, como quando fez uma delas implorar pela própria vida apenas para satisfazer seu sadismo. 

Após uma vítima conseguir dar uma descrição detalhada do estuprador, que seu retrato falado foi divulgado. Isso ocorreu apenas em 1990. Alguns dos colegas de Paul Bernardo o identificaram através desse retrato falado, e apesar de não parecer em nada com um suspeito de estupro, foram colhidas amostras de sangue, saliva e cabelo para testes. 

Além dele, a amostra de mais de 200 homens foram coletadas, mas em apenas 5 delas havia o tipo sanguíneo do criminoso e Paul era um deles, o problema que surgiu foi que, enquanto os testes estavam sendo feitos, o estuprador parou com suas atividades, logo, os testes de Paul foram engavetados. Em 1991 os crimes voltaram a acontecer, desta vez com vítimas fatais. 

Em 1993 Karla Homolka, esposa de Paul Bernardo, pediu ajuda a uma amiga pois seu marido a havia espancado. O marido dessa amiga era policial, todo o procedimento legal foi realizado, enquanto isso, as investigações sobre os estupros foram se intensificando. Como o nome de Paul já havia sido mencionado antes, a polícia resolveu entrevistar Karla, foram retiradas suas impressões digitais e lhe questionaram sobre o relógio do Mickey Mouse que ela estava usando, muito parecido com o que uma das vítimas possuía. 

Aproveitando o ensejo, colheram novamente amostras de sangue, saliva e sêmen de Paul, o resultado foi: 100% compatível com o material genético encontrado em 3 vítimas do “Estuprador de Scarborough”. Karla foi interrogada por horas, e ao perceber que a polícia já havia associado os estupros com os recentes homicídios, não viu outra alternativa a não ser falar sobre seu marido e os crimes que ele cometeu. 

O que Karla não esperava era que a polícia fizesse uma busca na casa do casal e lá encontrasse um diário onde Paul contava cada detalhe sórdido de seus crimes, além de fitas de vídeo contendo toda sua barbárie. E em um desses vídeos, havia Karla, participante ativa da conduta criminosa, tendo relações com duas das vítimas. Os advogados de Karla conseguiram livrá-la da prisão, acordaram que ela ficaria em um hospital psiquiátrico desde que contasse absolutamente tudo sobre sua participação nos crimes. 
Paul foi condenado a prisão perpétua, e considerado um criminoso cruel, que só parou de praticar seus terríveis atos por forças externas, alheias à sua vontade.

--- Tina Viana ---

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