Resenha Especial: A Mulher da Gargantilha de Veludo por Alexandre Dumas
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Na segunda parte do livro do nosso querido Dumas, temos a história que dá título ao livro: A Mulher da Gargantilha de Veludo. Vamos fechar com chave de ouro as resenhas desse livro maravilhoso, pessoal?
Título do Livro: A Mulher da Gargantilha de Veludo e Outras Histórias de Terror
Autor: Alexandre Dumas
Editora: Zahar
Páginas: 358
Ano: 2012
Autor conhecido por seus romances de aventura, entre eles os clássicosO conde de Monte Cristo e Os três mosqueteiros, Alexandre Dumas visitou também outros gêneros - com sua escrita ágil e envolvente de sempre, Dumas cria ambientes soturnos, habitados por vampiros e fantasmas. Esse volume reúne duas novelas de tirar o sono: A mulher da gargantilha de veludo tem como protagonista E.T.A. Hoffmann, o mestre alemão da literatura fantástica; em 1001 fantasmas, depois de decapitar a esposa, um homem se entrega à polícia dizendo que a cabeça falara com ele.
Hoffmann é apenas um jovem talentoso em busca de algo que represente um significado na sua vida. Depois que conhece Antônia e seu pai, mestre Gottlieb, tudo começa a fazer sentido para ele. Tendo uma viajem marcada para Paris, Hoffmann sai da Alemanha prometendo à sua amada duas coisas: ser-lhe fiel e não jogar. Porém, muitas coisas acontecem em sua viajem e depois que ele ver Àrsene, uma jovem bailarina a dançar no Teatro, ele se encanta perdidamente por ela. Após por os olhos na bela moça com uma sinistra gargantilha de veludo, coisas inimagináveis irão acontecer.
A história começa com uma grande e detalhada ambientação, tanto do lugar como do nosso protagonista. Na verdade, Dumas é bastante intenso nesse aspecto, já que a personalidade de cada personagem é relatada com bastante precisão e riqueza de detalhes. Sempre usando personagens existentes em nossa realidade, usando o tempo em que acontece de modo mais real possível. Isso é algo que admiro bastante em Dumas, me faz sentir que estou na história realmente, voltando alguns séculos e vivendo aquele momento, sentindo o mesmo que cada personagem sente.
Porém, essa intensidade me incomodou um pouco em relação ao amor que Hoffmann sente, tanto para com Antonia, como para Àrsene. É tudo muito intenso e eu tenho uma pequena aversão a romances (pequena é um belo eufemismo). E o modo como ele vai de um amor para outro, como se toda aquela intensidade fosse transferida num piscar de olhos.
Porém, essa intensidade me incomodou um pouco em relação ao amor que Hoffmann sente, tanto para com Antonia, como para Àrsene. É tudo muito intenso e eu tenho uma pequena aversão a romances (pequena é um belo eufemismo). E o modo como ele vai de um amor para outro, como se toda aquela intensidade fosse transferida num piscar de olhos.
A história demorou um pouco até chegar ao seu ponto chave que seria a bailarina da gargantilha de veludo. O autor quis deixar claro suas personalidades e o que aconteceria diante de cada atitude vinda de Hoffmann. Onde muitos achariam cansativo, eu achei brilhante, pois você consegue compreender exatamente onde ele quer chegar e o porque do desfecho sinistro que este livro trás consigo.
A escrita é bastante envolvente, principalmente para a época que foi escrito. Já li alguns autores da mesma época que Dumas, mas somente ele consegue ser objetivo e simples, tornando a leitura agradável. É difícil encontrar isso em livros do final do século XVIII para o século XVIX, tudo é tão complexo e filosófico. Claro que em todo o seu livro há sempre uma filosofia contida para o enredo, não deixa a desejar.
Em suma, “A Mulher da Gargantilha de Veludo” consegue superar o texto que o antecede em vários aspectos e, este livro como um todo, é espetacular. Espero que vocês tenham gostado tanto quanto eu e acho que todo mundo deve ler pelo menos uma vez na vida obras implacáveis como esta. Boa leitura.
– Não diga isso! É pouco recomendável enlouquecer! Isola! E quando a morrer, pior ainda. Para a loucura, há poucos remédios; para a morte, nenhum. Pág. 279
--- Juliana Gueiros ---
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