Curta Cinema: O Agente da U.N.C.L.E.


Título Original: The Man From U.N.C.L.E.
Título no Brasil: O Agente da U.N.C.L.E.
Diretor: Guy Ritchie
Duração: 117 minutos (1 hora e 57 minutos)
Elenco: Henry Cavill, Armie Hammer, Alicia Vikander, Hugh Grant.
Na década de 1960 os até então inimigos mortais Napoleon Solo (Henry Cavill), agente da CIA, e Illya Kuriakin (Armie Hammer), espião da KGB, são obrigados a cooperarem. A grande missão da improvável dupla EUA-Rússia é combater a terrível organização T.H.R.U.S.H., que desenvolve armas nucleares.

Guy Ritchie é um dos cineastas mais interessantes que surgiram nas últimas décadas, com filmes como "Snatch: Porcos e Diamantes" e os aclamados longas da franquia "Sherlock Holmes", ele ganhou notariedade. Em "O Agente da U.N.C.L.E.", Guy Ritchie tenta fazer um filme de espionagem que se destaque no cenário do cinema em um ano onde já foram lançados dois excelentes filmes do gênero ("Kinsgman" e "Missão Impossível 5"). Como se isso não bastasse, ele ainda tem que brigar com o muito aguardado, "007 – Contra Spectre".

O que vemos em "O Agente da U.N.C.L.E." é a história de Napoleon Solo (Henry Cavill), um agente da CIA cuja função é espionar soviéticos em plena Guerra Fria e tem que se unir contra a sua vontade com o soviético Illya Kuryakin (Armie Hammer) para juntos impedirem que uma misteriosa organização consiga concretizar seus planos de fabricar bombas atômicas e assim dominarem o mundo.

Para mim, um dos maiores erros do filme foi a direção. Guy Ritchie parece ter esquecido como filmar cenas de ação, pois enquanto algumas são apenas satisfatórias outras são mal filmadas e editadas. O elenco é promissor e consegue dar conta do recado, porém, o ritmo do filme é estranho e certamente atrapalha muito a experiência do espectador.

A diferença entre os dois personagens também é algo que muito contribui para a trama. Solo é o típico "malandro" com estilo bon vivant, com uma mão precisa na hora do tiro, ele evita combates corpo a corpo. Outra característica é a sua tranquilidade e a sua capacidade de seguir um plano. Já Kuryakin é explosivo. Ele possui complexo de Édipo, é bom de briga, mas às vezes tem com um comportamento infantil e inseguro.

Além disso, um dos maiores acertos do filme é a sua ambientação, já que ao investir em um filme ambientado nos anos 60, aspectos como o figurino e a fotografia se destacam sobremaneira. Ressalto esse último aspecto, pois ele, de fato, é digno de aplausos.

Em suma, com um bom elenco, trilha sonora bacana, porém com cenas de ação mal feitas e nada inovadoras, "O Agente da U.N.C.L.E." tenta, mas não ganha destaque em um ano com produções do gênero tão boas. A verdade é que ele só funciona se você for menos exigente e "fechar um olho" para algumas coisa. Recomendado para aqueles dias que o cinema está em promoção.


Intervenção de Isabelle: gente, eu passei o filme inteiro achando que o Cavill era o Matthew Boman.

--- Igor Gabriel ---

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