Resenha: Em Chamas por Suzanne Collins
Marcadores:
Distopia,
Em Chamas,
Jogos Vorazes,
Resenha,
Rocco,
Suzanne Collins
E eis que, passeando pelo blog, olhando que resenha poderia
fazer, eis que percebo que a tão consumida e querida trilogia distópica da
Suzanne Collins só tem o seu primeiro livro resenhado do blog. Vamos então
tirar esta desonra de nossas páginas e desbravar novamente o já tão familiar
universo de Panem?
Título: Em Chamas
Série: Jogos Vorazes #2
Autor (a): Suzanne Collins
Editora: Rocco
Páginas: 416
Ano: 2011
Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os Jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado.A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente.
Katniss agora é uma campeã dos Jogos Vorazes. Graças a essa
conquista, a garota agora passa a morar na vila dos campeões do Distrito 12,
onde não precisa mais se preocupar com dinheiro para alimentar e sustentar sua
família. O livro começa quando Katniss e Peeta estão prestes a ir para sua
turnê mundial da vitória, onde passarão por todos os demais Distritos,
demonstrando o quão são gratos pela generosidade da Capital.
Porém, o que parecia ser um simples processo de duas
semanas, para depois retornar a sua vida normal, transforma-se em uma prova de
fogo quando o Presidente Snow, o homem mais poderoso de toda Panem, ameaça a
protagonista para que ela continue seu romance fictício com o jovem Mellark,
numa tentativa de cessar os motins nos Distritos, ou seus familiares e amigos
iam sofrer sérias consequências.
Após uma tumultuada e intensa turnê, onde descobrimos que as
revoltas estão acontecendo, motivadas indiretamente pela jovem, e acompanhada de
severas mudanças no regime e controle militares de seu Distrito, uma edição comemorativa
de 75 anos do Jogos Vorazes, o Massacre Quaternário, irá forçar nossa heroína a
ir para a arena mais uma vez, onde ela terá que se preparar para combater seu
verdadeiro inimigo.
Disparado meu livro favorito da trilogia, "Em Chamas" nos
apresenta a preparação para a revolta de Panem. É um livro totalmente intenso e
frenético, onde a cada página uma nova ação acontece, por vezes impedindo o
leitor até de preparar o fôlego para o que virá a seguir.
A autora é muito feliz nas colocações de seus personagens e
nas cenas que descreve. Seja na emocionante cena do Distrito 11, ou na extravagante
festa na Capital, a autora consegue incrustar uma crítica social em cada letra,
em cada resposta, forçando o leitor a perceber que, guardadas as devidas
proporções, tudo ali é a nossa sociedade, é tudo o que vivemos dia após dia.
Acredito que o receio geral, quando descobrimos que esse
segundo livro seria mais uma edição dos jogos, foi o livro acabar sendo uma
cópia do primeiro livro. Para nossa felicidade, Suzanne Collins fez um trabalho
magnífico, nos dando uma dinâmica totalmente nova dos jogadores fazendo com que
criássemos laços e empatia com quase todos.
Aliás, os personagens voltam a ser um ponto forte nesse
livro. Tanto os antigos, quanto os novos, dão um banho de personalidade e
presença durante toda a narrativa, tornando a leitura ainda mais prazerosa.
Não o bastante, a arena dessa edição foi muito mais
trabalhada que a do primeiro livro. Toda sua concepção é fantástica, sendo mais
um ponto agradável ao livro.
Mas como sempre, teve algo que não me agradou. Correndo o
risco de ser chamado de chato, digo que o romance deu uma estragada significativa nesse
livro.
Não tenho nada contra romances ou “ships”, meu grande
problema é quando os leitores deixam de prestar atenção na baita crítica social
que determinados livros tem para focarem toda atenção em quem vai ficar com
quem no final.
No primeiro livro, toda a ideia do romance era uma
estratégia de marketing, para comover o público e fazê-los torcerem pelos
tributos, fazendo uma crítica incrível aos que dão audiência a reality shows.
Nesse livro não temos a formação do triângulo amoroso, como também cenas que se
tornam desnecessárias ou até mesmo que são estragadas pelo romance. Felizmente,
isso não tira a grandiosidade que esse livro carrega, nos preparando para o
final da trilogia.
"Em Chamas" acaba sendo um livro de transição, que começa com
pequenas situações que vão resistindo e gerando novas situações, que culminam
em um final fantástico, nos deixando cheios de expectativas pelo final da
trilogia.
- Quando você estiver na arena, lembre-se de quem é seu verdadeiro inimigo.
--- Marcel Elias ---
Postar um comentário
Obrigada pela visita, dê sua opinião, participe e volte sempre.
- Caso tenha uma pergunta deixe seu e-mail abaixo que respondo assim que o comentário for lido.
- Caso sua mensagem não tenha relação com o post, envie para o e-mail.