True Crime: Mary Bell - A criança homicida


Mary Bell, 11 anos de idade, duas crianças assassinadas. A história de Mary foi marcada por abusos sexuais horríveis que partiam tanto de sua mãe quanto de homens desconhecidos. Foi já nesse período que começou a manifestar sintomas clássicos característicos que futuros homicidas em série carregam em si: crueldade com animais, vandalismo e enurese prolongada. Mary, de acordo com a definição do FBI, não pode ser classificada como serial killer, tendo em vista que seu número de vítimas é um a menos que o mínimo (para o FBI, considera-se serial killer o sujeito que comete três ou mais assassinatos). 

Em maio de 1968, Mary e sua melhor amiga Norma agrediram quatro crianças em Scottswood, uma comunidade industrial que sofria com a depressão econômica no norte da Inglaterra. Passaram-se dez dias e o corpo do menino Martin Brown, de apenas três anos, foi encontrado em uma casa abandonada com sinais de estrangulamento. Foi a própria Mary quem informou a tia do menino sobre o ocorrido, e, nos dias subsequentes, ela e sua amiga foram várias vezes à casa da tia para fazer perguntas como: “Você sente falta do Martin?”. 

Após dois meses desse crime, outro menino de três anos de idade, Brian Howe. Sua irmã mais velha saiu à sua procura e encontrou Mary e Norma no caminho. Mary se ofereceu para ajudar nas buscas e a levou para um terreno baldio onde as crianças gostavam de brincar, foi nesse local que o corpo de Brian foi encontrado, também com sinais de estrangulamento, mas com o acréscimo de mutilação sexual com uma tesoura quebrada e em sua barriga a letra M marcada com uma navalha. 

Foi o inspetor chefe James Dobson que notou que havia algo errado em Mary, pois no funeral de Brian, ele a observou e viu sua reação quando o caixão era levado para fora, ela estava rindo muito e esfregando as mãos. Foi a partir desse momento que os investigadores voltaram seu foco para Mary e Norma. Ambas foram encaminhadas para a delegacia e chegando lá uma acusou a outra do assassinato de Brian. Em dezembro as duas foram a julgamento e depois de nove dias, Norma foi absolvida e Mary condenada a prisão perpétua, o que pesou para sua pena foi o rótulo que os especialistas lhe deram: psicopata ardilosa e sem remorso. 

Devido a sua idade e seu rosto angelical, Mary é descrita como a “Semente do mal Britânica”, em referência ao filme A Tara Maldita (1956), do diretor Mervyn LeRoy, adaptação do livro Menina Má, escrito por William March. Nesta história, Rhoda, uma menininha linda de trancinhas esconde um coração frio e calculista de psicopata, apavorando sua mãe que nota esses seus traços e se sente desolada e perdida sem saber o que fazer para salvar sua filha de si mesma. 

A diferença entre Rhoda e Mary é que a primeira tem seu lar todo organizado, acolhedor, logo sua maldade é tratada como inata. Diferente do lar em que Mary cresceu. E a diferença mais assustadora, é que a história de Mary Bell é real, e nos faz imaginar que é possível uma menininha de apenas onze anos cometer atos tão cruéis.

E vocês, conheciam o caso da Mary Bell?

--- Tina Viana ---

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