Resenha: A Torre da Andorinha por Andrzej Sapkowski

Sobre o ganir terrível da horrenda beann’shie eu escrevo para vocês.

Título: A Torre da Andorinha
Autor: Andrzej Sapkowski
Editora: Martins Fontes
Ano: 2016
Páginas: 452
Onde comprar: Amazon | Submarino | Americanas
Sinopse: O bruxo segue em direção ao sul, convencido de que Ciri vai se casar em breve com o imperador de Nilfgaard. Os assassinos impiedosos de Nilfgaard já estão seguindo os rastros de Ciri, que, gravemente ferida, se recupera no casebre do eremita Vysogota, perdido no meio de um pantanal. Será que o bruxo conseguirá achar Ciri? Qual será o papel da lendária Torre da Andorinha?

Olá, senhoras e senhores! Voltamos com a Saga no nosso querido bruxo Geralt em sua busca por Ciri! Afivelem os cintos, afiem suas espadas e montem em seu cavalos para mais uma viagem!

Temos um livro com um ritmo que incomoda um pouco. Muito disso se deve ao fato da história ser contado por diferentes narrativas, ora por relatos de personagem, ora por flashbacks, ora por um narrador onisciente. Esse vai e volta na narrativa acaba por desgastar o ritmo da leitura apesar de com isso permitir trazer uma dinâmica de cenários e tridimensionalismo de personagens mais profunda.

Arte por Dennis Gordeev
O tempo de narrativa desse livro é para Ciri assim como o Batismo de Fogo foi para a narrativa do Geralt. Dedicando-se majoritariamente ao núcleo em que Ciri está envolvida.

É nessa obra que você conhecerá o que Ciri tornou-se após ter passado pelo deserto de Korath, ao entrar na Guilda dos Ratos e ao testemunhar o fim da Guilda de uma forma extremamente dolorosa.

Ciri é encontrada ferida e inconsciente no meio de um pântano por um eremita chamado Vysogota de Corvo. Que na minha cabeça tem a aparência do Leonardo Da Vinci. De acordo como Ciri vai se recuperando ela vai desenvolvendo um relacionamento com o eremita e narrando sua história através de flashbacks.

As memórias de Ciri são completadas para os nossos ouvidos pelos relatos de julgamento de testemunhas dos eventos que ocorrem nas cidades de Ciúme e Unicorne.

Arte por Dennis Gordeev
No livro passado fomos apresentados ao caçador de recompensas Leo Bonhart. Mas não tínhamos ideia do potencial desse caçador até ele massacrar de maneira cruel o bando dos ratos em frente a Ciri. Após uma luta em que Bonhart humilha Ciri, ele percebe que ela não é uma bandoleira comum, dando a entender que conhece o jeito de lutar dos bruxos. A partir disso, Ciri é transformada em uma escrava, surrada, humilhada, drogada e forçada a lutar em uma arena como um verdadeiro animal.

Enquanto isso Geralt encontra a trilha do druidas que tanto procuravam, mas também descobre que o meio elfo Schirrú está em seu encalço. Somos apresentados a Angoulême! Uma garota com a língua mais suja e rápida que um saque de espada e com a ajuda dela Geralt consegue seguir as pistas de Schirrú.

Geralt tem o primeiro contato com o elfo versado Avallac'h. Só para descobrir que nada Geralt pode fazer para alterar o destino em que Ciri está entregue. Irresoluto ele ignora totalmente o elfo e segue jornada para salvar seus companheiros.

Arte por Dennis Gordeev
Após Yennefer fugir do encontro da Loja das Feiticeiras em Montecalvo ela acaba indo para no mar da Ilhas Skellige. Como Vilgefortz pode estar com Ciri em cárcere, a feiticeira cobra um pacto de sangue do Duque Crach an Craite para proteger Ciri. A sua fé na magia é colocada a prova e acabamos descobrindo um flash da infância da feiticeira..

Esse é um livro de revelações. Após essas páginas você saberá:

- O destino de Dunny e Pavetta não foi acidental;
- Nunca mexer com os druidas;
- Torcer para o búfalo roxo permanecer por muito tempo;
- Há meios de transporte alternativo entre as montanhas;
- Na noite do Saovine, para maior segurança enfie uma faca nova de ferro na soleira da porta;
- Pegue o gato que apronta e lhe dá constantes prejuízos e entregue-o a seu próximo;
- No tribunal é sua última chance de agir;
- Sempre leve patins no inverno;

Apesar da aventura estar cavalgando para o seus momentos finais, os nós começam a ser amarrados.
Andrzej joga sangue em seus olhos e forma tão visceral como as outras obras, porém aqui elas são maciças e penosas, forjando o caráter dos personagens. O gancho no final do livro é sensacional e te deixa sem fôlego e ansioso pelo que está por vir. Ao terminar esse livro a primeira coisa que você deseja fazer é puxar o próximo livro para terminar o quanto antes!

A título de curiosidade, o artista Dennis Gordeev fez ilustrações dos momentos mais icônicos da saga que valem a pena dar uma conferida. #cuidadocomosspoilers (;

Ao longo das resenhas sempre falo sobre a necessidade de um mapa nas edições anteriores dos livros. Vou deixar com vocês um o link do mapa mais detalhadinho que encontrei na web do Continente: VEJAM SÓ!

Espero que tenham gostado, estamos quase terminando!
Conto com vocês!
Até a próxima, bruxos! (;

- É assim que se morre, Rata. Em seu próprio mijo!
Soltou os cabelos de Ciri. Ela caiu de quatro, sacudida por soluços secos, entrecortados. Mistle estava junto dela. A mão de Mistle, delgada, delicada, macia, a sábia mão de Mistle...
Não se mexia mais.
Pág. 57

--- Juão Lucas ---

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