Resenha: Batismo de Fogo por Andrzej Sapkowski

Chegou a sua hora de passar pelo Batismo de Fogo!

Título: O Batismo de Fogo
Série: Geralt de Rívia - The Witcher #5
Autor: Andrzej Sapkowski
Editora: Martins Fontes
Ano: 2015
Páginas: 347
Onde comprar: Amazon | Submarino | Americanas
Sinopse: A Irmandade dos Magos foi esfacelada por um golpe e Geralt ficou seriamente ferido. E agora, que tempos sombrios pairam sobre o mundo, ele não poderá defender os homens contra os monstros perigosos que os aterrorizam. Guerras devastam todos os territórios e o futuro da magia está ameaçado. Mas as feiticeiras que sobreviveram estão determinadas a protegê-lo. É um momento conturbado, e ainda é preciso encontrar a garota Ciri, herdeira do trono de Cintra, que desapareceu. Até que surge o rumor de que ela está na corte de Nilfgaard e vai se casar com o imperador. Ferido ou não, Geralt tem uma missão em suas mãos.

Bom dia, boa tarde e boa noite, seus lindos! Sejam bem vindos a mais uma resenha da Saga do nosso bruxo Geralt de Rívia! Peço desculpas pelo hiatus, mas esses últimos 30 dias foram bem corridos, gente! Mas vai dar certo! Preparem suas poções alquímicas, ajustem o cinto da sua espada de prata e vamos lá! :D

Após o Golpe de Thanedd, o Continente ficou de ponta cabeça. Pois no meio do caminho de Geralt existia uma pedra chamada Vilgefortz! Nesse embate mano a mano e olho no olho, nosso sarcástico bruxo é derrotado, sem o uso de magia, pelo feiticeiro de Roggeveen.

Com vários ossos quebrados do corpo e à beira de morte, Tissaia consegue teletransportá-lo para a floresta de Brokilon, para as dríades cuidarem do estado de quase morto em que ele se encontra. Brokilon é uma floresta impenetrável, não só pela sua mata de difícil acesso, mas pelas dríades que cuidem desse território como último refúgio fronte a civilização moderna. 

Após saber desses eventos, meses depois, Jaskier vai para Brokilon avisar a Geralt que Ciri foi encontrada, mas por Nilfgaard e está prestes a se casar com o Imperador Emhyr Var Emreis. Quase recuperado e com o senso de urgência rugindo em seu ouvido Geralt traça seu objetivo para Nilfgaard, acompanhado de Milva - uma arqueira que se juntou as dríades de Brokilon -, e Jaskier, nosso menestrel, onde seu talento de cantar só se iguala ao de meter todo mundo em confusão.

Por coincidência do Destino, Geralt e seu séquito encontram Cahir, guerreiro nilfgaardiano (por mais que ele diga que não) que tinha ordens de tomar Ciri em pleno Golpe de Thanedd e levá-la para o Imperador de Nilfgaard. Foi Cahir que tirou Ciri de sua casa em Cintra quando Nilfgaard estava invadindo a cidadela. Desde então, Ciri tinha constantes pesadelos acerca dessa memória traumática o que deixou Geralt mais irresoluto em aceitar Cahir no grupo.

Em Thanedd, Cahir foi impedido de levar Ciri para Nilfgaard, primeiramente pela própria Ciri que o derrotou em combate, em segundo lugar por Geralt que dizimou todo seu comando e o deixou em sua própria poça de sangue. Cahir não sabe onde Ciri está, mas sabe que ela não está em Nilfgaard. A menina comprometida com o Imperador Emhyr é uma sósia com intuito de ser utilizada como uma manobra política até a verdadeira ser encontrada. Apesar do desgosto de Geralt, Cahir segue junto ao grupo atrás de Ciri movido por motivos pessoais.

Mas por que todos estão atrás de Ciri?

Ciri é herdeira do Sangue Antigo, lembra? De acordo com a profecia da sibila élfica Ithlinne, seria desse Sangue Antigo que viria o Destruidor de Nações:
Tremei, pois eis que se aproxima o Destruidor das Nações. Que comprimirá com os pés vossas terras, dividindo-as em lotes. Vossas cidades serão destruídas e despovoadas. Morcegos, bufos-reais e corvos ocuparão vossas casas, serpentes farão nelas seus ninhos.

No intuito de lutar contra o senso de urgência de encontrar Ciri, Geralt enfrenta as mais adversidades durante o caminho. Deparando-se com um cenário visceral de guerra, preenchido de sofrimento e cadáveres nos campos de guerra. Mas também surgem companhias para ajudar em sua jornada.

Somos apresentados a Zoltan Chivay, um anão de sorriso tão rápido quanto o saque de seu machado. Junto a Zoltan e seu fiel papagaio falante Marechal de Campo Duda, Geralt e sua companhia atravessam a tensão de estar entre os dois frontes de guerra: os exércitos aliados do Norte e a fronte dos cavaleiros negros de Nilfgaard.

Quando as duas caravanas se unem para passar passar pela complicações que uma viagem em meio a guerra pode trazer, encontram outra figura muito peculiar. Emiel Regis, um cirurgião barbeiro que mais parece um eremita herbolário. Regis, extremamente solícito, pede para acompanhar a jornada, uma vez que em tempos de guerra, estar em grupo é consideravelmente mais seguro que estar sozinho em uma cabana no meio do nada.

É durante esses encontros e desencontros que Sapkowski te mostra o quanto ele sabe montar um bom diálogo. Ele consegue construir um diálogo abrangendo os mais diversos dilemas sem que as decisões dos personagens, que por mais diferentes que sejam, precisem distorcer os seus caráteres para se enquadrarem em uma situação.

Nesse meio tempo, descobrimos o que aconteceu com Yennefer durante os eventos em Thanedd. Em meio ao caos que virou a torre de Garstang, para salvar a vida de Yennefer, a feiticeira elfa de puro sangue, considerada a mulher mais bela do mundo, Francesca Findabair, compacta Yen em uma pequena estatueta de nefrita para descompactá-la apenas um mês e meio depois dos eventos.

Após a guerra ter eclodido, as feiticeiras, que antes serviam de conselheiras, perderam a confiança dos reis do norte. Com o intuito de proteger a magia e o destino do mundo é fundada "A Loja das Feiticeiras". Com as seguintes participantes: Filippa Eilhart, Sheala de Tancarville, Sabrina Glevissig,
Assire var Anahid, Fringilla Vigo,  Francesca Findabair, Ida Emean aep Sivney, Triss Merigold, Keira Metz, Margarita Laux-Antille.


Nesse momento fica muito claro o peso que as Feiticeiras exercem no mundo com a capacidade de alterarem e manipularem o curso e eventos da história, tomando decisões atrás das cortinas, decidindo casamentos e conflitos.

Nos eventos finais, Geralt, com a ajuda de Regis, tenta localizar o Círculo de Druídas para que possam localizar Ciri, mas acaba, ao lado de Cahir, liderando uma batalha contra o exército de Nilfgaard, passando por seu Batismo de Fogo.

Antes de mais nada, esse é um livro sobre a jornada entre companheiros de guerra, unidos pela necessidade, compartilhando momentos simples e infinitamente poderosos emocionalmente. É jornada sobre dilemas morais, traumas de guerra e dores de alma. Tudo isso através de uma terra assolada pela fome e pelo medo.

O ritmo é mais lento do que os anteriores tendo um tempo maior para a trama se desenvolver, compensando isso nas relações entre os personagens. É um livro que te leva de gargalhadas pelos diálogos incríveis à apertos no coração pela empatia que compartilhamos com eles.

Por tratar-se de um livro que aborda um grande jornada, com um cenário político muito dinâmico, faz muita falta um mapa para acompanhar os eventos. Mas soube que na versão de capa dura ele já foi inserido. (;

É isso aí gente!
Espero que você tenha gostado, comente aí a parte no livro que você mais gostou!
Vamos deixar esse cenário vivo! :D

Até a próxima, seus lindos!

O fogo purifica. E fortalece. É preciso passar por ele. Pág. 38

--- Juão Lucas ---

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