Resenha: Desventuras em Série – O Hospital Hostil por Lemony Snicket

Hospitais são o sinônimo de saúde e bem-estar, um lugar onde as pessoas entram doentes e saem curadas, mas e quando uma pessoa que amamos muito está prestes a ser vítima de um grupo de vilões, correndo sérios riscos de vida? Dê entrada conosco no Hospital Heimlit e prepare-se para perder a cabeça!

Título: O Hospital Hostil
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Ano: 2014
Páginas: 232
Um período especialmente infeliz se anuncia nas vidas aflitivas de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire. Durante uma tenebrosa e exaustiva caminhada noturna, eles param diante do Armazém Geral Última Chance e decidem entrar para pedir ajuda. Eles não podem recorrer aos pais (pois os perderam num incêndio), nem à polícia (que estava entre seus perseguidores noturnos), tampouco a conhecidos (pois os irmãos têm conhecidos demais, o que é quase o mesmo que não ter nenhum). Depois da morte dos pais no incêndio, Violet, Klaus e Sunny se vêem sob os cuidados de inúmeros tutores, alguns deles cruéis, como o ganancioso e traiçoeiro Conde Olaf, o vilão que é o verdadeiro responsável por eles estarem ali, totalmente sozinhos no meio da noite, em frente ao Armazém. Violet, Klaus e Sunny resolvem passar um telegrama para o sr. Poe, um banqueiro que fora encarregado de cuidar dos órfãos. O sr. Poe nunca se mostrou especialmente eficaz, mas pelo menos ele não era cruel, não tinha sido assassinado nem era o Conde Olaf, e essas parecem ser razões suficientes para contatá-lo. Além de se safar de terríveis enrascadas, os Baudelaire ainda terão de suportar a estada no sinistro Hospital Heimlich e provar que não são cruéis assassinos. Esse é apenas o começo de páginas e páginas de situações desesperadoras, que contêm detalhes opressivos como um desconfiado dono de armazém, uma cirurgia desnecessária, um sistema de intercomunicadores, uma anestesia e balões em forma de coração.


Após deixarmos nossos heróis com a vida mais azarada do mundo no último livro, onde estes resolveram viver por conta própria, eles chegam a um armazém, ainda em fuga da polícia. Lá, tentam entrar em contato com o Sr. Poe, mas, com a chegada do jornal matutino, descobrem que estão sendo considerados criminosos de alta periculosidade, devido ao assassinato de Jacques Snicket. Eles fogem em uma van dos Combatentes pela Saúde dos Cidadãos, um grupo de voluntários que tocam e cantam para os doentes do Hospital Heimlit.

Ao chegarem nesse curioso hospital, que tinha exatamente a metade inacabada. Os órfãos conseguem um emprego na área de Registros, que fica no subsolo e, para não dar pistas, dormem a noite nessa parte inacabada, onde é frio e úmido. Os órfãos descobrem com o responsável do setor, um senhor idoso chamado Hal, que existe um arquivo com o nome “Incêndio Snicket” e que eles lembram muito pessoas em uma fotografia deste arquivo. 

Explorando os papéis dos cadernos de lugar-comum dos Quagmire, os Órfãos também descobrem a respeito do Dossiê Snicket, que eles imaginam que seja o mesmo documento mencionado por Hal. Enganando o senhor e obtendo às chaves da biblioteca, os órfãos tem acesso à ultima página do Dossiê, onde há escrito que pode haver um sobrevivente de um incêndio, mas de paradeiro desconhecido. Isso faz as crianças logo pensarem que um de seus pais pode estar vivo.

Logo essa esperança é substituída por terror, pois Esmé Squalor aparece na biblioteca e encontra os órfãos, que tentam fugir, mas Violet acaba sendo raptada. No dia seguinte, os órfãos descobrem que haverá a exibição de uma nova cirurgia chamada craniectomia, onde o cirurgião tentará extrair o crânio da paciente, que é uma jovem moça. 

Sim, O Conde Olaf, dessa vez disfarçado de Diretor de Recursos Humanos do Hospital, mas que só age por meio do autofalante do hospital, manda seus capangas, disfarçados de médicos, numa tentativa de arrancar a cabeça de Violet Baudelaire fora! Como seus irmãos irão impedir essa terrível experiência, você só descobrirá lendo!

Sendo a primeira aventura após o twist do livro anterior, o livro nos apresenta o clima de investigação que acompanharemos durante as demais aventuras dos irmãos. O Dossiê Snicket e a identidade desse sobrevivente são apenas a ponta do Iceberg para toda a trama que envolve o que realmente é C.S.C. e o porquê do Conde Olaf estar sempre atrás dos Baudelaire.

Um grande ponto desse livro é que o Conde Olaf nesse livro é um personagem secundário, dando a sua namorada, Esmé Squalor, o papel de vilã principal. Agindo apenas por meio dos sistemas elétricos de som do Hospital, Olaf praticamente nunca é visto ao longo do livro.

Falar sobre a narração e os personagens será chover no molhado, pois desde a primeira resenha eu lhes digo que ambos os aspectos, somados sempre a ambientação curiosa e fantástica, são marcas de excelência nessa série incrível que, apesar de estar em seu oitavo livro, sempre consegue nos surpreender e inovar!

"O Hospital Hostil" é um livro que começa com um expectativa baixa, mas que vai levando o leitor a um nível de ação e aventura ótimos e a um final em chamas!

“Ás vezes, a informação que você precisa não está no lugar mais óbvio.” – Pág 64


--- Marcel Elias ---

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