Resenha: Encantos do Jardim por Sarah Addison Allen
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Amar as histórias de Sarah Addison Allen é tão fácil quanto relaxar ao som da chuva, pois além de seus escritos serem um sopro de delicadeza entre as narrativas mais densas, eles possuem um encanto próprio que deixa o leitor enfeitiçado da primeira até a última página. E se você ainda não conhece a autora, prepare-se para adentrar em um mundo do qual você jamais irá querer sair.
Título: Encantos do Jardim
Série: Encantos do Jardim #1
Série: Encantos do Jardim #1
Autor (a): Sarah Addison Allen
Editora: Rocco
Páginas: 238
Ano: 2008
Embora as mulheres da família Waverley não sejam feiticeiras, todos na diminuta cidade de Bascom sabem que há algo misterioso nelas. A avó de Claire criava iguarias únicas com flores comestíveis para resolver os problemas das pessoas e sua idosa prima Evanelle tem mania de enviar presentes inesperados exatamente quando as pessoas mais precisam deles. Quando Sydney, irmã de Claire, volta a Bascom após anos de ausência, traz junto sua filha Bay e a capacidade de unir essa família pouco convencional.
Claire sabe como é ruim não
pertencer a algum lugar e por isso sempre deu o melhor de si para conseguir ao
menos dominar os segredos místicos que sua família carrega há várias gerações e
ter algo que jamais poderiam lhe tirar. Por causa dos traumas do seu passado,
seu medo de ser machucada é tanto, que ela vive uma vida solitária no antigo
casarão da sua avó onde apenas a sua velha tia Evelline tem algum espaço.
Porém, com a chegada de Tyler, um belo professor universitário que não cansa de
tentar conquistá-la, a sua vida pacata parece estar a um fio de desaparecer
para sempre e ela se esforça o máximo que para que isso não aconteça.
No entanto, para abalar ainda
mais a sua vida, a sua irmã Sydney volta para a cidade com a pequena Bay após
dez anos desaparecida. Confusa com relação ao que sentir diante de tantas
mudanças, ela tenta dar uma nova chance para a sua irmã caçula mesmo que ainda
sinta certo rancor por ela ter lhe abandonado e nunca ter dado notícias. O que
ela não sabe é que as coisas não foram nenhum pouco fáceis para Sydney, pois
por causa do seu desejo de viver a vida a sua maneira, ela se colocou em
situações de risco que ainda podem alcançá-la se ela não tiver cuidado. E mesmo
que seja difícil para ela, ela tenta abrir mão do preconceito que tem por ser
uma Waverley e se esforça para reconstruir os laços familiares.
Ler um livro de Sarah Addison
Allen se equipara a entrar em um mundo mágico e não querer voltar. Sua escrita
envolvente faz com que seja possível sentir cheiros, sons e emoções de modo tão
vívido que a sensação que se tem é que talvez o leitor tenha sido transportado
para dentro das suas histórias como em um passe de mágica. Esse poder que
envolve a sua escrita está diretamente ligado a maneira delicada com a qual ela
trabalha com elementos aparentemente simples, mas que possuem uma essência
repleta de significados e misticismo que se intensifica através da prosa poética que já é uma característica própria dessa talentosa autora.
Entretanto, além de todo o encanto sobrenatural que permeia suas tramas, uma das
características mais acentuadas de sua escrita está concentrada no modo como ela expõe as dificuldades e todos os infortúnios
que regem as relações familiares. Em “Encantos do Jardim”, por exemplo, ela apresenta ao
leitor duas irmãs que desde pequenas sofreram distintamente por causa
das ações da mãe inconsequente que a vida lhes deu e em decorrência disso passaram a se moldar como mulheres, tornando-se tão distintas quanto o sol e a
lua.
Por ser narrado em terceira pessoa, durante todo o livro o leitor pode observar a jornada que as protagonistas precisam percorrer até aprenderem a se perdoar e entenderem que as diferenças que elas possuem não deveriam ser encaradas como uma razão para se distanciarem, mas sim um motivo a mais para ambas apoiarem uma a outra e estabelecerem uma relação equilibrada. Ademais, é justamente através do vislumbre dessa caminhada que o verdadeiro sentido das histórias de Sarah é revelado. Pois mais do que produzir um conto fantástico, a autora traz para suas tramas traços de realidade que nos emocionam e nos fazem perceber que nossas próprias histórias são mágicas à sua maneira.
Isso, associado aos personagens encantadores, os romances doces e os mistérios que envolvem a família Waverley, reafirmam a ideia de que para ser construída uma história deliciosa de ser lida o autor precisa apenas saber polir seus talentos até que eles fiquem tão brilhantes quanto as maçãs da macieira mais especial da charmosa Bascom. Digo isso, pois mais uma vez a Sarah me provou que menos através dos seus olhos, se tonar mais, muito mais...
Por ser narrado em terceira pessoa, durante todo o livro o leitor pode observar a jornada que as protagonistas precisam percorrer até aprenderem a se perdoar e entenderem que as diferenças que elas possuem não deveriam ser encaradas como uma razão para se distanciarem, mas sim um motivo a mais para ambas apoiarem uma a outra e estabelecerem uma relação equilibrada. Ademais, é justamente através do vislumbre dessa caminhada que o verdadeiro sentido das histórias de Sarah é revelado. Pois mais do que produzir um conto fantástico, a autora traz para suas tramas traços de realidade que nos emocionam e nos fazem perceber que nossas próprias histórias são mágicas à sua maneira.
Isso, associado aos personagens encantadores, os romances doces e os mistérios que envolvem a família Waverley, reafirmam a ideia de que para ser construída uma história deliciosa de ser lida o autor precisa apenas saber polir seus talentos até que eles fiquem tão brilhantes quanto as maçãs da macieira mais especial da charmosa Bascom. Digo isso, pois mais uma vez a Sarah me provou que menos através dos seus olhos, se tonar mais, muito mais...
[...] O avô disse que as coisas aconteciam como deviam acontecer, e que não adiantava tentar prever o que viria a seguir. As pessoas gostavam de pensar o contrário, mas o que se pensava não tinha influência prática no que finalmente acontecia. Ninguém consegue se curar pensando. Ninguém consegue parar de amar pensando. Pág. 134
--- Isabelle Vitorino ---
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