Resenha: Hex Hall – A Maldição por Rachel Hawkins

Hex Hall é o tipo de série que eu não entendo porque não fez sucesso entre os leitores brasileiros. Talvez seja o meu sentimentalismo falando mais alto, mas a verdade é que recheada de elementos contagiantes, como romance, fantasia e aventura, ela se torna uma referência quando penso em uma leitura leve e viciante. Por isso, se você não conhece a série, mas gosta do gênero, prepare-se para adicionar novos livros a sua lista de desejados!

Título: Hex Hall – A Maldição
Série: Hex Hall #2
Autor (a): Rachel Hawkins
Editora: Galera Record
Páginas: 320
Ano: 2013
Onde comprar: Saraiva | Submarino
Sophie Mercer pensava ser uma bruxa. Por isso foi mandada para Hex Hall, um reformatório para Prodígios — vampiros, fadas, etc — problemáticos. Mas isso foi antes dela descobrir um terrível segredo de família... e que estava apaixonada por certo agente do L’Occhio di Dio, uma organização decidida a varrer da terra os seres sobrenaturais. Agora, de férias com o pai, ela precisa decidir o que fazer com os próprios poderes, um noivo de última hora e uma conspiração que ameaça a paz entre mortais e mágicos.

Sophie achou que as coisas não poderiam ser piores do que foram quando tudo a sua volta se tornou um caos completo nos últimos meses. Mas ela estava enganada. Com a sua magia fora de controle e protagonizando cenas cada vez mais preocupantes, não foi uma surpresa muito grande que seu pai, o todo poderoso chefe do Conselho dos Prodígios, aparecesse em pessoa na sua escola. Ela só não esperava que a vinda dele tivesse o objetivo de levá-la para longe de Hex Hall e para perto de Londres – o local onde o seu arqui-inimigo (e amor) estava escondido.

Sem saber o que esperar dessa viagem, ela não abre mão de levar a sua melhor amiga Jenna. Afinal, se ela teria que enfrentar a convivência com o seu pai ausente e todos os dramas da sua vida, ela tinha que ter alguém confiável por perto, não é? No entanto, ao contrário do que ela esperava, seu pai não era tão ruim assim e estava mesmo determinado a compensá-la pelos erros do passado. O problema era que seus companheiros de estadia eram criaturas sinistras e que a deixavam aterrorizada, ainda mais quando eventos estranhos começam a acontecer e uma guerra ameaça explodir a qualquer momento.

“A Maldição” foi uma releitura deliciosa. Aliás, ter contato com a escrita de Rachel Hawkins é sempre gostoso e surpreendente, já que de posse de uma escrita fluida, ela torna a tarefa de deixar os seus livros de lado quase que impossível. Ainda mais porque sua protagonista consegue tornar tudo interessante e proporcionar momentos hilários graças ao seu jeito sarcástico e a forma descontraída com que prefere enxergar certos acontecimentos. No entanto, não é por isso que ela deixa de ver a seriedade das coisas, já que quando tudo começa a desmoronar ao seu redor, ela usa a sua coragem para tentar encontrar uma solução para os seus problemas e resolver toda a situação.

A verdade é que acho esse o maior trunfo da autora. Ela construiu uma personagem tão forte no universo sobrenatural, que ela se sobressai em detrimento das típicas mocinhas que tendem a se esconder por trás de alguém para não ser literalmente engolida por tudo e por todos. Talvez seja por isso que mesmo que eu goste de ambas as possibilidades de par romântico que ela tem, eu não ficaria triste se ela terminasse a série sozinha. Acredito que por mais que haja amor entre eles, ela superaria uma ruptura com tanta força e maestria, que logo estaria fazendo piada do assunto. O que não quer dizer, é claro, que eu não tenha um favorito.

Pois em um livro tão cheio de emoções como “A Maldição”, eu consegui mais do que nunca sentir a verdadeira personalidade e os sentimentos de cada um dos personagens da Hawkins. E mesmo que ela tenha terminado com um belo cliffhanger, acho que consegui visualizar melhor as suas intenções para o fechamento da série. E nossa, mal posso dizer o quanto a perspectiva de ler o último livro da série me deixa aflita. Pois tenho certeza que mesmo com o seu jeito leve de escrever, a autora vai conseguir me deixar emocionada e cheia de saudades do seu enredo divertido, empolgante e recheado de aventuras.

[...] Você acha que aceitou a partida de alguém, que já lamentou o suficiente e que acabou, e aí tudo muda. Um detalhe faz com que você sinta que perdeu a pessoa de novo. Pág. 186

Playlist:

The Moody Blues – Nights In Withe Satin

--- Isabelle Vitorino ---

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