Resenha: O Jogo Perfeito por J. Sterling

Uma história de amor com conflitos. É assim que posso definir em poucas palavras o que encontrei em "O Jogo Perfeito". Trazendo para o leitor os caminhos que levaram Cassie até Jack, não demora muito para que a autora transforme em drama algo que poderia ter tido um simples "...e foram felizes para sempre" – como os antigos contos de fadas. Por isso se você gosta de romances com muitas reviravoltas e uma paixão avassaladora, continue lendo essa resenha.

Título: O Jogo Perfeito
Série: Jogo Perfeito #1
Autor (a): J. Sterling
Editora: Faro Editorial
Páginas: 224
Ano: 2014
Onde comprar: Saraiva
Conta a história de dois jovens universitários, Cassie Andrews & Jack Carter. Quando Cassie percebe o olhar sedutor e insistente de Jack, o astro do beisebol em ascensão, ela sente o perigo e decide manter distância dele e de sua atitude arrogante. Mas Jack tem outras coisas em mente ... Acostumado a ser disputado pelas mulheres, faz tudo para conseguir ao menos um encontro com Cass. Porém, todas as suas investidas são tratadas com frieza. Ambos passaram por muitos desgostos, viviam prevenidos, cheios de desconfianças, antes de encontrar um ao outro, (e a si mesmos) nesta jornada afetiva que envolve amor e perdão. E criam uma conexão tão intensa que não vai apenas partir o seu coração, mas restaurá-lo, devolvendo inteiro novamente.

Não está nos planos de Cassie se apaixonar e entregar a sua confiança para alguém que provavelmente não a merecia, mas só bastou trocar olhares com a estrela do beisebol da sua universidade para que ela entrasse quase que involuntariamente no jogo de sedução proporcionado por Jack Carter. Ela sabe que está se iludindo à toa, afinal, não era segredo para ninguém que o único comprometimento que ele tinha era com a sua carreira de astro em ascensão. Mas mesmo assim ela acabou cedendo aos poucos ao charme dele... Jack sabe que Cass tem medo de se envolver com ele e ele não a recrimina por isso. Ainda mais depois de ter sido assediado de modo tão incansável pela maioria das mulheres que cruzaram pelo seu caminho. Mas ele estava disposto a tentar deixar de lado o seu passado por essa garota a quem ele tem que provar sempre que é merecedor do seu amor e lhe mostrar que era digno do seu coração.

Em “O Jogo Perfeito”, a autora J. Sterling explora a vida de Cassie e Jack Carter através de uma narrativa fluída e que tem como foco principal o percurso que ambos precisam explorar até adquirir a confiança de que precisam para ter um relacionamento de verdade. Narrado em primeira pessoa, a autora alterna os pontos de vista entre Cassie e Carter, mostrando os sentimentos de cada um deles para o leitor. Como um bom new adult, vemos as complicações familiares nortearam muitas das atitudes (precipitadas, principalmente) que cada um toma quando estão diante de uma situação que eles consideram como sendo limite.

No entanto, acho que a Sterling forçou um pouco esse ponto e acabou dificultando ainda mais o meu processo de identificação com os personagens. Acredito que isso ocorreu porque simplesmente as atitudes deles não me pareceram críveis. Para mim, é difícil entender como alguém consegue se manter resoluto sobre uma decisão e de repente mudar de ideia apenas com uma palavra dita por outra pessoa. Ainda mais quando a pessoa claramente já tem problemas anteriores com relação a dar um pouco de confiança aos demais. Vi a Cassie repetir tanto esse processo de “acredito/não acredito”, que ela perdeu a credibilidade que tinha comigo tanto quanto o Carter que demonstrou ter um sério problema em fazer o que é certo.

E olha quando digo que o Carter tem um problema sério, ele tem mesmo. Me irritei tanto com uma determinada atitude dele que pela primeira vez torci para que a mocinha seguisse a sua vida e se afastasse do homem que ele considerava perfeito para ela. Porque a verdade é que ele se mostrou um verdadeiro estúpido em tudo aquilo que está relacionado ao comprometimento necessário que alguém precisa ter em um relacionamento. Talvez se a autora tivesse utilizado esse trunfo para montar o cliffhanger para o seu próximo livro eu tivesse ficado mais satisfeita, já que ele acabaria amargando um pouco até reaver aquilo que ele desejava. Mas como não foi, isso me levou a pensar em que tipo de recurso ela iria utilizar para justificar uma trilogia e não um livro único.

De verdade, espero que ela melhore a construção e o desenvolvimento da sua história nos próximos livros. Porque além de eu já está receosa com relação ao tipo de trama que ela abordará nas sequências, eu estou com medo dela utilizar a quantidade excessiva de passagens de tempo para inserir reviravoltas no enredo como ela faz em “O Jogo Perfeito”. Mas tenho de confessar que mesmo com tantos pontos negativos, não posso negar que o livro é gostoso de ser lido em um momento de maior descontração. Ainda mais porque é quase impossível parar de lê-lo antes que o fim chegue quando ela começa a colocar boas doses de drama. Em suma, posso dizer que apesar da leitura não ter funcionando inteiramente comigo, o livro agradará aos fãs de romance leves e recheado de altos e baixos. Por isso, se estiver interessado, dê uma chance.

– Você já percebeu como as palavras podem ser bonitas? Como é fácil dizer aquilo que você acha que alguém quer ouvir? Como você pode afetar todo o dia de uma pessoa com apenas algumas frases? No entanto, quando não as leva adiante com alguma ação, elas se tornam inúteis. São apenas sons e sílabas. Porém, não significam absolutamente nada. Pág. 45

Playlist:

--- Isabelle Vitorino ---

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