True Crime: Christian Grotheer - assassino de sala de Internet

True Crime: Christian Grotheer - assassino de sala de Internet

ATENÇÃO: esse texto pode trazer conteúdos sensíveis por abordar um caso real. No entanto, o intuito da coletânea true crime é alertar e propor uma reflexão aos perigos que nos rondam e não disseminar o sensacionalismo. 

Christian Grotheer, alemão, trabalhador da construção civil. Teve uma infância traumática ao ver, aos 6 anos de idade, o pai violentar sua mãe. Após este episódio teve que ser levado sob custódia pelo Conselho Tutelar. Já mais velho, passou a consumir drogas e, segundo ele, entrar em salas de bate papo online o ajudou a superar seu vício. Chegou a conhecer cerca de 100 mulheres, dentre elas estavam suas duas vítimas fatais. 

Para esta pesquisa, o livro "Serial Killers - 
Amigos Virtuais, Assassinos Reais" foi consultado.

Em junho de 2008 marcou um encontro com Jessica K. de 26 anos (mesma idade de Christian à época), seu corpo foi encontrado quatorze dias após o encontro. Detido, Christian alegou ter discutido e apenas “tocado” a garganta dela, porém, vestígios de sangue foram encontrados em seus sapatos. Mesmo a promotoria sustentando a tese de que ele havia apunhalado Jéssica pelas costas, devido ao fato de o corpo estar em decomposição, não foi possível determinar a causa de sua morte. 

Doze dias depois do assassinato de sua primeira vítima, no dia 17 de junho de 2008, Christian conheceu outra mulher na sala de bate papo. Seu nome era Regina B., eles se encontraram no apartamento de Christian e, de acordo com seu depoimento, ele disse que ela o teria ameaçado de chamar a polícia e acusá-lo de estupro caso não lhe desse uma quantia em dinheiro e assumisse um relacionamento com ela. 

Grotheer disse à polícia que ao ouvir tal frase de Regina, reviveu o momento em que viu o pai violentar sua mãe e a atacou com uma faca de cozinha, apunhalando-a 26 vezes. O corpo de Regina foi encontrado no dia seguinte. Christian nunca se sentiu culpado pelos seus atos, sempre alegou que a culpa era das vítimas e de sua infância traumática, tanto que esta foi a linha de defesa de seus advogados: um bom homem, mas que as vezes perde o controle. 

Entretanto, apesar de todo o esforço da defesa, o tribunal rejeitou o recurso em que Grothher alegava insanidade, e, em 1º de abril de 2009, foi condenado à prisão perpétua e considerado como o primeiro assassino da internet da Alemanha.

É certo que com a internet obtivemos muitos benefícios, entretanto, também não podemos esquecer que existem diversos perigos escondidos nas páginas online. Muitas pessoas no perfil de Christian Ghrotheer usam desse espaço como uma forma de “caçar” novas vítimas. Sempre simpáticos e atenciosos, sabem exatamente como agir para satisfazerem seus desejos mais sombrios e passarem desapercebidos através de nomes e perfis falsos. 

E vocês: já viveram alguma situação complicada na internet? Acreditam que esse espaço tem potencial para levar para a realidade os ideais criminosos?

--- Tina e Isabelle ---