True Crime: Marcelo Costa de Andrade - o vampiro de Niterói


Niterói, Rio de Janeiro, 1991. Dois irmãos (11 e 6 anos), de família humilde, saem de casa com a finalidade de conseguirem algum alimento na rua, e no meio do caminho, encontram com um estranho que lhes ofereceu pão e fez uma proposta para que vendessem velas no altar de São Jorge por 3 mil cruzeiros. As crianças aceitaram e ficaram felizes em finalmente ver uma alma boa disposta a ajudá-los. Mas o caminho trilhado por esse estranho não dava para o altar de São Jorge, mas sim para uma tubulação de esgoto.

Lá, o homem se apresentou com o nome de Marcelo e encurralou as duas crianças, forçando-as a entrar na tubulação. Marcelo bateu violentamente no menino mais novo, o sodomizou e largou seu corpo já sem vida em uma poça d’água. O irmão mais velho não conseguiu nem olhar para o lado de tanto medo que sentia. O homem o convidou para morar com ele e disse que se ele tentasse fugir ou gritar seria morto, então a criança não viu alternativa a não ser seguir Marcelo. 

Marcelo o levou até seu local de trabalho (era panfleteiro), e o deixou sentado em um canto na rua. O menino ao se ver sozinho conseguiu fugir e chegar em casa. Mas não falou a verdadeira história para a mãe, disse apenas que seu irmão havia se perdido, no entanto, sua irmã mais velha notou que havia algo errado e depois de muita insistência tirou a verdade do menino. Após alguns dias, o corpo da pequena criança foi encontrado no Instituto Médico Legal com escoriações por todo corpo, com evidências de ataque sexual. A causa da morte foi asfixia por afogamento.

No início do ano de 1992 Marcelo Costa de Andrade foi preso em seu local de trabalho. 
Na delegacia ele confessou todos os crimes anteriores a este, e os justificou com a religião, disse que “crianças mortas de forma violenta ganhariam o reino dos céus” e que, segundo seu pastor, as que morriam antes dos 13 anos iriam diretamente para o céu.

Marcelo teve uma infância e juventude marcadas com características que já demonstravam um possível futuro tenebroso. Pai com problemas com álcool, aos 5 anos foi morar com os avós, gostava de maltratar animais, foi estudar em colégio interno e fugiu logo em seguida. Era abusado sexualmente por adultos e aprendeu a ganhar dinheiro se prostituindo. Passava por longos períodos na rua, foi internado na Febem e Funabem várias e várias vezes. 

Os crimes se iniciaram em 1991, e os atrativos para as crianças eram sempre os mesmos: comida, doces ou dinheiro. Num período curto de 9 meses, Marcelo matou 13 meninos de maneira brutal e cruel. 

Marcelo Costa de Andrade foi considerado psicopata, frio, sem a capacidade de se controlar e portador de transtornos mentais. Foi instaurado o incidente de sanidade mental e Marcelo foi considerado inimputável (não era capaz de compreender o mal que fazia, logo não poderia ser imputada uma pena), e internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, de onde fugiu após um deslize de um guarda que deixou o portão aberto durante o banho de sol, mas logo foi encontrado. 

Anualmente é realizado em pacientes que cumprem medida de segurança o chamado Exame de Cessação de Periculosidade, uma avaliação para verificar as condições mentais do paciente. Esta avaliação é enviada para o juiz da Vara de Execução Penal que pode ou não seguir as recomendações dos peritos. Marcelo não “passou” em nenhuma avaliação, em 2003 foi transferido para outro Hospital de Custódia, sem previsão de libertação.

--- Tina Viana ---

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