Resenha: Corpos Imortais por Rook Hastings
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A série “Weirdsville”
se tornou uma das minhas favoritas já em “Quase Mortos”, por isso minhas
expectativas estavam enormes para saber o que a autora reservava para mim nessa
sequência. Mas para a minha enorme satisfação, a autora mais uma vez conseguiu
me deixar encantada com a sua habilidade de construir uma história e reforçou a
minha predileção por seus livros.
Série: Weirdsville #2
Autor (a): Rook Hastings
Editora: Pandorga
Páginas: 168
Ano: 2012
Onde comprar: Saraiva
Quatro acidentes horríveis! Quatro mortes misteriosas! Quatro adolescentes atormentadas por ameaças paranormais! Quatro meninas de uma escola foram mortas de forma aparentemente aleatória, isso seria realmente uma coincidência ou há algo mais sinistro acontecendo? Quatro adolescentes atormentados por ameaças paranormais! Como se já não bastasse a pressão de ter que crescer em uma cidade onde as opções de carreiras são trabalhar na fábrica local ou o desemprego, mesmo sem os perigos sobrenaturais que espreitam a cada esquina, Weirdsville já é um lugar muito infeliz; gangues, drogas e pobreza assombram esta cidade.
As coisas estão complicadas para
Hashim, Kelly, Bethan e Jay. Depois de serem confrontados com a verdade que
antes se esgueirava pelas sombras da cidade, eles agora conseguem entender um
pouco mais dos perigos que os espreitam em formas fantasmagóricas por todos os
lugares. Tentando lidar com isso da melhor maneira que podem, alguns deles
optaram por não se envolver mais com histórias de fantasmas enquanto outros
estão em busca de respostas que possam ajudá-los a entender o porquê de eles
terem sido os escolhidos para conhecer os segredos de Weirdsville. Mas quando
mortes estranhas começam a acontecer em um antigo internato para garotas
localizado próximo a floresta que cerca a cidade, eles inevitavelmente são
puxados para o cerne de uma trama intricada e que pode trazer a tragédia para a
vida de todos eles.
Rook Hastings é extremamente
habilidosa em criar uma atmosfera de suspense mesmo em um livro voltado para o
público jovem. Dando destaque as emoções dos seus personagens e os dramas
vividos por cada um deles, ela segue uma vertente pouca explorada nos livros do
gênero e não torna o romance adolescente no principal trunfo de sua história.
Em “Corpos Imortais”, por exemplo, o leitor é levado de volta a Weirdsville,
uma pequena cidade inglesa que é lar de segredos antigos e fantasmas que por
algum motivo estão presos ao lugar. Lá,
os quatro amigos que tiveram que encarar a verdade que até então estava oculta,
são confrontados novamente com acontecimentos ainda mais estranhos que começam
a encurralá-los após estudantes de um internato usarem um tabuleiro Ouija para contatar espíritos em uma
brincadeira pouco inocente.
Trabalhando de modo ainda mais
enfático as indecisões dos seus personagens, nesse livro o medo e o terror
parecem ser os principais componentes dessa história, pois apesar de ser
relativamente curta, não são raros os momentos em que vemos os personagens
tendo que confrontar seus maiores temores que parecem ganhar forma de uma vez
só. O Hashim, apesar de ser um dos meus personagens prediletos junto com a
Kelly, me irritou bastante nesse livro. Mas isso só aconteceu porque ele perdeu
muito tempo tendo um conflito existencial enquanto todos corriam sérios riscos
para tentar entender o que aconteceu no internato. A verdade é que apesar do
grupo como um todo ser importante para as coisas acontecerem, ele é a peça
fundamental para eles conseguirem vencer e eles não podem dar a ele o capricho
de seguirem sem ele. Ainda bem que de um jeito ou de outro ele entendeu e se
redimiu com os seus amigos (e comigo também).
Além disso, assim como no primeiro
livro, “Corpos Imortais” terminou em um cliffhanger
absurdo e que me deixou ainda mais ansiosa para ler uma próxima história
protagonizada por esses personagens tão carismáticos e intensos. Infelizmente,
eu não sei se isso irá acontecer, já que até agora a autora não deu nenhum
sinal de que irá escrever uma sequência para uma das séries sobrenaturais mais
envolventes que eu já tive o prazer de ler. Ademais, o único ponto negativo mais sério
que vi no livro não tem nada a ver com a história em si, mas com a revisão que
foi feita. Não foram poucos os erros que notei no decorrer da leitura e isso me
incomodou bastante, principalmente quando esses erros começaram a influenciar
de modo aterrador o entendimento de certas passagens da história. Mas tirando
isso, não tenho nenhuma reticência para indicar esse livro com veemência a todos
aqueles que gostam de boas histórias de terror juvenil.
[...] O destino não é uma coisa que dá para controlar se tiver mesmo que acontecer. Ele vai pegando você aos poucos e, quando você menos espera, é surpreendido. Pág. 66
Playlist:
--- Isabelle Vitorino ---
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