Mês Temático: Terror, Fantasia, Ficção Científica... e Edgar Allan Poe!

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O mês de outubro chegou e eu quis fazer algo especial para os leitores que assim como eu, são apaixonados por terror, fantasia e ficção científica. Contudo, eu não quis apenas trazer resenhas dos livros que fazem parte destes gêneros, por isso, decidi que se iria fazer algo especial pra vocês, teria que ter um homenageado. Não precisei pensar muito para que o nome do Edgar Allan Poe surgisse em minha mente. Mas se vocês ainda não conhecem o autor, não se preocupem, pois hoje irei falar um pouco do considerado pai da ficção policial que apesar de ter deixado uma obra pequena – para tanto talento –, contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento do terror e da ficção científica na literatura mundial.

Vida:

Edgar Allan Poe 1809-1849

Edgar Poe nasceu em Boston na data de 19 de janeiro de 1809, filho de um casal de atores, tornou-se órfão aos dois anos de idade. Contudo, logo depois foi adotado por uma família abastada que lhe proporcionou recursos financeiros para que ele frequentasse por certo período a Universidade da Virgínia depois de passar uma temporada em Londres. Durante esse tempo, ele esteve constantemente envolvido com mulheres e bebidas, mas uma discussão com o seu pai, John Allan, fez com que ele fugisse de casa e se alistasse nas forças armadas.

Entretanto, diversos fatores o fizeram ser expulso da corporação e em 1831 ele acabou nas ruas, sem dinheiro e sozinho. Na época ele já escrevia, mas não possuía nenhum tipo de reconhecimento. Nesse ínterim tumultuado de sua vida, ele acabou se casando com sua prima Virginia Clem de apenas 13 anos de idade. Dedicando-se um pouco mais aos seus escritos, tornou-se editor de vários jornais e revistas, porém os problemas com o alcoolismo e a saúde frágil da sua esposa, contribuíram para o seu insucesso financeiro apesar dos seus valorosos esforços.

E foi no dia 07 de outubro de 1849 que Poe morreu após ser encontrado nas ruas de Baltimore. Até hoje os motivos que o levaram a morte permanecem uma incógnita, alguns dizem que a causa foi a embriaguez, outros colocam a culpa nas mais variadas doenças, mas a verdade, bem, ninguém sabe qual é.

Obra:

Durante a maior de sua vida Poe se dedicou a escrita. Entre seus trabalhos estão várias poesias, contos, ensaios e apenas um romance. Todos eles permeiam os mais variados gêneros, porém o terror, a ficção científica e a ficção policial – gênero do qual é considerado o pioneiro – podem ser encontrados na maior parte do seu legado literário. Em suas obras o leitor pode esperar a abordagem de elementos populares, de situações do cotidiano e do terror psicológico, porém é a morte que se torna sua grande protagonista, podendo ser encontrada em grande parte de sua obra.

Suas principais obras são:

Contos

Ligeia (1837)

A Queda da Casa de Usher (1839)

William Wilson (1839)

Os Assassinatos da Rua Morgue (1841)

O Poço e o Pêndulo (1842)

A Máscara da Morte Rubra (1842)

O Retrato Oval (1842)

O Gato Preto (1843)

O Coração Delator (1843)

O Barril de Amontillado (1846)

Poesias

O Corvo (1845)

Annabel Lee (1849)

Os Sinos (1849)

Romance

A Narrativa de Arthur Gordon Pym (1837)

Não lembro como se deu o meu primeiro contato com Poe, mas recordo-me perfeitamente que desde que descobri sua obra fiquei fascinada pela genialidade com a qual ele conduziu cada um dos seus escritos. Por inúmeras razões, a tarefa de escolher um de seus trabalhos como predileto é difícil, contudo, posso dizer com toda a certeza que ‘A Máscara da Morte Rubra’ detém um pedaço cativo do meu coração, principalmente porque sei que jamais encontrarei nada tão excepcional quanto o desfecho que ele forneceu neste conto para os seus leitores. E se vocês ficaram curiosos para conhecer um pouco mais do trabalho deste autor que até os dias de hoje continua encantando milhares de leitores, fiquem de olho no blog que esse mês trarei resenhas especiais para vocês de alguns dos seus contos.