Virou Filme: A Fera


Em épocas de tantas releituras intragáveis de histórias clássicas que marcaram a vida de tantas pessoas, é sempre bom ter a oportunidade de ver algo que emocione com sutileza e que possua erros tão irrelevantes a ponto de você nem lembrar que eles ocorreram. E é por isso que hoje estou aqui para falar um pouquinho para vocês do universo encantador do filme A Fera, cujo erro maior é apenas o de ser tão curto...

Título: A Fera
Título original: Beastly
Lançamento: 2011 (EUA)
Direção: Daniel Barnz
Atores: Alex Pettyfer, Vanessa Hudgens, Mary-Kate Olsen, Lisa Gay Hamilton, Neil Patrick Harris, Erik Knudsen, Rock LaFortune.
Duração: 86 min.
Gênero: Fantasia, Drama, Romance
Kyle (Alex Pettyfer) era um jovem bem sucedido e cobiçado pelas mulheres, que defendia que a aparência era tudo. Um dia, ao tentar humilhar Kendra (Mary-Kate Olsen), ela lhe lança um feitiço que o deixa com o rosto desfigurado. Envergonhado com o visual, ele se esconde e passa a viver isolado em um apartamento comprado pelo pai, tendo a companhia de sua empregada Zola (Lisa Gay Hamilton) e Will (Neil Patrick Harris), um professor cego contratado para lhe dar aulas particulares. A maldição tem o prazo de um ano, sendo que caso Kyle consiga fazer com que uma mulher consiga amá-lo pelo que ele é, não por sua aparência, ela será desfeita. Desiludido, Kyle volta a ter esperanças quando se aproxima de Lindy (Vanessa Hudgens), uma colega de colégio bem diferente das mulheres com quem conviveu até então.

Kyle é um jovem estudante que desde cedo mostra qual a imagem que o mundo requer para que alguém seja bem sucedido e cobiçado, ou seja, ter beleza e poder de persuasão. Mas não é apenas o mundo que acredita nisso, sua criação extremamente arraigada a valores dispares mostra que ele, assim como seu pai, pretende passar para as pessoas o poder da imagem. Entretanto, além de pessoas como ele, na sua escola há pessoas como Kendra, um jovem bruxa que está cansada de ser alvo de tentativas de humilhação por parte de Kyle e seu grupo e lança um feitiço nele, onde o seu exterior torna-se a imagem e semelhança daquilo que ele é por dentro. 

Desesperado para encontrar uma forma de reverter aquela maldição, ele é informado de que terá o prazo de 12 meses para fazer com que alguém lhe diga eu te amo antes da maldição se tornar irreversível, esperando ser ajudado pelo pai que o olha como se ele fosse um monstro, ele torna-se um ser recluso que compartilha sua vida apenas com Zola, a empregada, e Will, seu tutor. E é dessa forma que os meses passam e ele não faz nada para encontrar um solução para os seus problemas, até que um dia ele se reencontra com Lindy, uma garota da sua escola que acima de tudo é meiga e compassiva, compelido a se aproximar dela, aos poucos ele a conhece e com isso passa a aprender importantes lições, sendo a mais importante delas, a que nenhum amor é feio.

Uma coisa que eu nunca entendo é que o porquê da discrepância entre o que o telespectador sente comparado ao que a crítica acredita. A Fera é aquele típico filme que a crítica detona e que os telespectadores adoram. Quem acompanha o blog com frequência sabe que eu caminho sob uma linha tênue de amor e ódio com os filmes que assisto, principalmente quando há segundas intenções no enredo que vai além do romance no qual nós todos estamos esperando por se tratar, no caso, da releitura de A Bela e a Fera. Mas o que aconteceu comigo ao assistir este filme foi totalmente diferente do que de costume, pois eu não só entendi e apreciei a analogia e a metáfora presente no enredo, como também, me apaixonei novamente pelo meu conto de fadas predileto. 

Pois é em meio a gestos carinhosos e cenários especiais que a história de A Fera se desenvolve. Com uma trilha sonora que me emocionou e que foi bem colocada, o longa possui no seu elenco atores que surpreenderam e que encenaram de modo perfeito os seus personagens (destaque para Alex que estava perfeito como a Fera). Mas nem por isso ele foi isento de erros, alguns em maior proporção como a falta de explicação a cerca dos poderes de Kendra (já que em plenos século XXI a existência de uma bruxa com visual moderno e descolado em meio a tantos estudantes ficou estranho, já que não teve nenhuma elucidação e ela apenas existia e era o que era e ponto final)  e o modo acelerado em que tudo acontece (creio que se eles tivessem desenvolvido a história um pouco mais lentamente tudo teria sido impecável), e em menores como a falta de desenvolvimento da história após a quebra da maldição, deixaram  o filme com um gostinho de quero mais que nós sabemos que não será saciado, pois nem o filme, nem o livro pertence a uma série, mas sim de uma história única que certamente vai conquistar a todos que tiverem a oportunidade de conhecê-la. Com certeza um filme que eu recomendo muito, principalmente para os românticos de plantão.



Playlist:

Tim Martin – Garden Of Exile (esta música é linda, vale a pena escutar)

--- Isabelle Vitorino ---

12 comments

Amanda.. 13 de novembro de 2012 às 10:14

è como vc disse as criticas detonam, tanto que eu tenho o filme e nunca assisti, mas assim que tiver um tempinho, vou ver..

Dany 13 de novembro de 2012 às 19:52

Eu vi o filme e gostei bastante.
Não li o livro, mais pretendo. A história e muito boa,embora não faça parte dos meus filmes favoritos ele é muito bom.
Bjos...

Jadi Soares 13 de novembro de 2012 às 23:14

*-*
Amei esse filme. Tava super ansiosa para assitir, pq tem o Alex (que é mt mtmt mt tmt tmt lindo) e tem a Vanessa que gosto mt. Mas ai fiquei esperando chegar nos cinemas, e foi aquela longa espera que tava virando quas enovela mexicana. E ai ja tava disponivel na net e acabei assistindo na net, dois meses depois, se nao me engano, chegou nos cinemas. Depois de todo mundo ter assistido na net já...
Amei a historia moderna de A bela e A fera. essas adaptaçoes de historias desse jeito e que se tornam mais modernas ficam mt boas (pelo menos a maioria) kkkkk.
bjim

Paula Camargo 14 de novembro de 2012 às 22:21

Nem sabia que tinha livro :O!
Ah,apesar das críticas eu gostei do filme,achei muito bonito o cuidado que a personagem tem com A fera! Indico assistirem o filme!

llivroseletras.blogspot.com

Rosana Apolonio 16 de novembro de 2012 às 09:43

Eu li a sua resenha e não comentei, porque fiquei muito curiosa para assistir o filme, e foi o que eu fiz. E OMG! Assisti com minha mãe e até ela amou o filme. Achei ele de uma delicadeza tremenda e se eu pudesse eu teria um Kyle (Hunter) só para mim.

Para mim, o filme teria mais meia hora e eu iria continuar babando no romance entre Kyle e Lindy. Vou comprar o livro porque espero sinceramente que tenha mais informações que no filme, porque tem perguntas que eu quero respostas! (a louca)

Super obrigada por indicar o filme. ;)

P.S. A trilha sonora é um show a parte mesmo.

Unknown 16 de novembro de 2012 às 12:29

Muito bom o filme, assisti esse ano e me apaixonei por ele (lê-se Alex), espero que ele possa fazer com que goste de vários filmes que estão por vim.

http://devaneioselivros.blogspot.com
Devaneios e Livros
Viviane de Andrade

Unknown 17 de novembro de 2012 às 09:33

Lembro de ter esperado quase dois meses pra esse filme sair no cinema e nao saiu (fiquei fula) quando eu vi o filme ja só estava nas locadoras da minha cidade. Depois eu assistir ele online e adorei! A atuação do Alex foi demais, (alem do fato dele ser bonito u.u) tambem gostei da atuação da bruxa (esqueci o nome) unica coisa que nao gostei dela foi o cabelo (parece um caixo de abelha).

Unknown 19 de novembro de 2012 às 12:57

Nunca li o livro, mas já vi o filme e gostei muito, cheguei até a chorar.

Amor de Livros 19 de novembro de 2012 às 21:41

Adoro!!!! Tanto o filme quanto o livro.
Adorei a resenha.
sou apaixonada por A Bela e a Fera, e adorei essa adaptação.

Bjs

Cassia 20 de novembro de 2012 às 21:29

Só assisti o filme mais gostei bastante...e a quanto tempo eu não via a Mary-Kate Olsen quando vi ela no filme fiquei tipo "Gente eu assisti todos os filmes dela quando era menor"
hahaha

Mais serio adorei o filme
xoxo

Manuh H. 21 de novembro de 2012 às 09:54

Que legal, já tinha lido algo sobre o filme, mas não o suficiente para me convidar a assistir.
Achei bem interessante e fica a reflexão sobre a aparência, os valores, a beleza. Adorei, quero conferir.

Manuh H. 27 de novembro de 2012 às 16:58

Já vi algumas cenas do filme numa noite dessas de zapear pela tv. Não dei muito crédito e agora... estou completamente arrependida!

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