Virou Filme: Carrie, a Estranha



Título: Carrie, a Estranha
Título Original: Carrie
Lançamento: 2013 (EUA)
Direção: Kimberly Peirce
Atores: Chlöe Grace Moretz, Julianne Moore, Judy Greer, Portia Doubleday, Alex Russel, Gabriella Wilde, Ansel Elgort, Yuri Lee Gandra.
Duração: 100 min.
Gênero: Terror Psicológico, Suspense, Drama.
Carrie White (Chloë Grace Moretz) é uma adolescente excluída, tímida, problemática e atormentada pelos colegas da escola que nunca compreenderam seu estranho comportamento e sua aparência. Além de super protegida e sofrer maus tratos em casa da mãe, Margaret White (Julianne Moore) que é profundamente religiosa, e que à impede de levar uma vida normal como as garotas de sua idade. Mas Carrie guarda um grande segredo, quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente. Durante o baile de formatura todos irão temer o seu poder após uma brincadeira de mau gosto.


Carrie White é uma garota tímida e desajeitada que sofre nas mãos de seus colegas de escola que não se cansam de lhe importunar. Isolada do convívio social, ela possui uma estranha ligação com sua mãe – uma fanática religiosa que a criou com base nos princípios que ela acreditara serem corretos e isentos de pecados. Por causa disso, Margaret ocultou informações importantes da filha que acabou se tornando uma pária social ainda maior ao protagonizar uma cena constrangedora no vestuário da escola na frente de todas as garotas que sempre a humilharam. Envergonhada pelo aconteceu, ela se fecha ainda mais no seu casulo quando alguém posta um vídeo do ocorrido na internet tornando-a motivo de piada dentro e fora da escola.

Em decorrência dessa brincadeira de mau gosto, Carrie acaba tendo um acesso de raiva onde ela descobre que possui poderes paranormais. Determinada a aperfeiçoar seus dons, as coisas começam a se tranquilizar na sua vida quando ela passa praticar seus poderes em segredo. O que ela não sabe é que está sendo alvo das tramas de uma estudante que foi punida pelo vazamento do vídeo e proibida de ir ao baile anual. Por estar alheia a tudo isso, ela aceita o inesperado convite que recebe para ir ao baile e se prepara com esmero para o grande dia. Entretanto, pouco tempo depois de chegar no lugar, ela se vê alvo de uma armadilha perversa e que ela não está disposta a deixar barato. Os alunos podiam não saber, mas naquela noite todos eles iriam padecer.

Uma das coisas mais importantes a se fazer quando se assisti a um remake de uma história de sucesso é evitar procurar na nova produção coisas que se admirava na original. No entanto, como toda boa tarefa ela é quase impossível de ser cumprida. A menos, é claro, que você nunca tenha tido contato com a obra que serviu de inspiração. Por sorte, esse foi o meu caso. Pois sem nunca ter lido o livro de Stephen King ou ter assistido o filme de Brian de Palma, durante todo o tempo em que assisti ao longa eu me mantive confortável por ter apenas umas poucas lembranças da adaptação de 2002 que não me permitiam criar grandes expectativas. Mas para a minha surpresa desde o início eu me vi cativada pela história e no fim já havia formulado uma opinião sobre a adaptação: a nova versão de Carrie não só tinha conseguido capturar a essência da história, como também, tinha conseguido conversar com os jovens da atualidade de modo que a identificação com a trama era imediata.

Inevitavelmente as críticas que o filme recebeu tiveram os seus argumentos embasados justamente nos pontos que me pareceram ser os mais fortes. Não foram poucos os comentários que eu li de fãs da obra de Brian de Palma julgando essa, como sendo uma adaptação desnecessária. Para eles, o original atendia tão bem as expectativas e gostos dos espectadores que eles realmente não enxergavam razão para a filmagem desse filme. O que me incomodou, é que alguns disseram isso como se esse remake anulasse (ou ofendesse) de alguma forma a obra original. Quando na verdade o que eu vi nessa versão foi um novo olhar lançado pelos roteiristas que não só acrescentou mais modernidade a uma história que tem exatos 40 anos de publicação, como também, ofereceu um vislumbre mais eficaz das consequências da prática do bullying. 


No quesito produção, os efeitos da filmagem é o ponto principal do longa, já que a diretora trabalhou com closes o suficiente para fornecer aos espectadores cenas que causam aflição e repulsa na mesma proporção, e que se tornam ainda mais surpreendentes pelas atuações impecáveis de Chloë Moretz e Julianne Moore. Quem gosta dessas atrizes certamente se encantará com a forma natural com que elas interpretaram suas personagens e deram vida as mulheres mais complexas de toda a trama. Em suma, uma obra que pode não agradar a gregos e troianos, mas que vai agradar a todo aquele que gosta de histórias de suspense com qualidade. Por isso, deem uma chance!




--- Isabelle Vitorino ---

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