Resenha: Resident Evil - Retribuição por John Shirley

Fiquei um pouco decepcionado. Esperava muito mais do filme e do livro também, a única coisa que fez o livro ser melhor do que o filme foi uma estória paralela criada pelo autor do livro, John Shirley. Este é o único ponto (mais alguns diálogos e pequenas cenas) que diferenciam o livro do filme, fora isto a estória é a mesma, com seus erros e acertos.

Título: Resident Evil - Retribuição
Série: Resident Evil #1
Autor: John Shirley
Editora: Galera Record
Páginas: 304
Ano: 2012
A Terra está devastada por zumbis e aberrações geradas por mutações do T-vírus. Para sobreviver à nova realidade global, Alice luta ao lado de sobreviventes de um movimento de resistência e reencontra velhos conhecidos na contínua batalha contra a Umbrella Corporation e os mortos-vivos. A contagem regressiva já começou, e a esperança da raça humana recai sobre os ombros da incansável Alice.

A estória do livro e do filme começa exatamente de onde terminou o quarto filme da franquia, Residente Evil – Recomeço. Todos os sobreviventes do navio Arcadia foram liberados, mas não por muito tempo. Um “enxame” de V-22 da Umbrela vem para capturar, quem conseguirem, e matar, quem não conseguirem capturar. Muita gente morre, alguns escapam e Alice é capturada pela Umbrela, mais uma vez.
Ela tinha que fazer com que ficassem seguros.
Mas os V-22 eram rápidos. De frente eles enganavam, e, antes que ela pudesse se dar conta, os enormes helicópteros negros voavam com muita velocidade em sua direção, com rotores rugindo e os artilheiros disparando enquanto se aproximavam. Os projéteis explodiam no convés, que instantaneamente viravam fogo e destroços. Alice correu, gritando para que os outros recuassem, encontrassem abrigo, mas o vasto convés era como um campo de futebol, aberto, plano e amplo, e não havia cobertura. (Pág. 23)

Antes de despertar em uma sala octogonal e sem saída, Alice tem um estranho sonho onde sua vida é completamente diferente; Ela é casada, feliz e tem uma linda filha, mas tudo muda quando ela se vê no meio de um novo apocalipse zumbi. Apos o estranho sonho ela é torturada e quando parece não poder mais aguentar a tortura, ela recebe ajuda para fugir da sala octogonal.

Mas Alice ainda tem que enfrentar muitas coisas para escapar das instalações da Umbrela, e uma destas coisas é se aliar a um antigo inimigo seu. Ela passará de Moscou para Nova Iorque, de Tóquio para um simples Subúrbio Americano, todos cenários da Umbrela para seus sádicos testes.
Tóquio. À Noite.
Especificamente, no cruzamento de Shibuya. Ela estava na “Times Square” de Tóquio, onde várias ruas importantes se cruzavam, luzes néon ardiam como emoções quentes contra a noite, e os JumbosTrons lampejavam anúncios intermináveis.
Alice esteve ali, fazendo compras, antes da chegada dos mortos-vivos, e era exatamente como se lembrava... A não ser por uma coisa. Agora não havia ninguém. Nem carros nem trânsito. (Pág. 62)

A estória paralela criada pelo autor, narra a fuga de Dori e JudyTech das instalações da Umbrela. Como já falei no começo, esse é um dos pontos que diferenciam o livro do filme, já que no vídeo as duas não aparecem, mas tem grande participação no livro, sem, porém, interagirem com os personagens principais, ou seja, os que descendem do filme.

Dori é um clone, mas não como os outros. Ela não teve memórias artificiais implantadas, como os outros clones que são jogados para morrer em um dos testes da Umbrela; JudeTech a criou sabendo de tudo, e até transferindo alguns traços de Alice para a garota. JudeTech é uma das responsáveis pelos clones, uma das poucas ainda humanas e sem o escaravelho que controla a mente na equipe. Jude nunca pode ter filhos, então escolheu Dori para criar como filha, escondendo a garota em uma das salas da Umbrela e esperando o momento certo para escapar juntas daquele lugar horrível. Clama, clama... Não vou estragar tudo contando o final da estória delas, mas vou dizer uma coisa; eu ficava mais empolgado com a narrativa das duas, do que com a dos personagens do filme. E tem mais uma coisinha; aparecem mais personagens que não aparece no filme.

Se você quer saber mais sobre a estória eu recomendo que você leia o livro, realmente gostei desta brincadeira que o autor fez ao acrescentar novos personagens, criar cenas adicionais e diálogos que não estão no filme. É claro que algumas coisas foram cortadas do filme no processo de edição, e poderia que uma destas cenas ou diálogos (que estão no livro) tenham sido excluídas do filme (bem que poderiam lançar uma versão estendida, né?). O livro é um pouco mais estendido, mas os dois (filme e livro) estão no mesmo grau mediano. É muito interessante ler o livro e depois assistir o filme comparando os pontos que os distinguem.

P.S.: Senti falta dos irmão Redfield, tanto no livro como no filme.


--- Jackson Fernandes ---

7 comments

Thais Priscilla 4 de fevereiro de 2013 às 13:08

Não sei, não acho que este livro seja meu estilo.
Mas a capa é bonita :)

Beijinhos,
Thais Priscilla
http://thaypriscilla.blogspot.com.br

Dany 4 de fevereiro de 2013 às 20:13

Eu vi o filme é esperava mais. Bem mais.
Fiquei curiosa pra ler o livro, crio que deva ser bom vê a história desse ponto de vista.
Bjos...

Neny 5 de fevereiro de 2013 às 19:19

Engraçado que no começo da serie eu amava os filmes e agora não é mais para mim...até fui no cinema assistir o último, mas não é mais aquilo tudo que era no começo...
E o livro, quem sabe eu gostaria dele, quem sabe se um dia eu comprar/ganhar eu o leia, beijos.

Anônimo 6 de fevereiro de 2013 às 17:58

Eu não li o livro, mas o filme me decepcionou :(
Eu esperava uma história muito melhor, principalmente com a chegada do Leon, um dos melhores personagens dos jogos, mas o filme ficou numa mesmice extremamente cansativa e não trouxe nenhuma novidade.
Se tiver um próximo filme, espero que tragam novamente o que implementaram no primeiro filme: terror e uma história cativante.

Anônimo 6 de fevereiro de 2013 às 18:54

Eu acho que prefiro o livro já que nele sempre tem algo diferente que te faz desejar não ter lido o livro.
então eu prefiro não terlo lido.

Rosana Apolonio 8 de fevereiro de 2013 às 10:34

Apesar de não estar tão conectada com os lançamentos literários, tenho notado um grande número de adaptações de jogos e filmes. O maior problema disto é que a maioria das vezes o livro decepciona os fãs e é por isso que não sei se vou arriscar algum livro do gênero. ;)

Unknown 3 de março de 2013 às 08:25

Eu realmente nao gosto desse livro nem dos filmes, somente o jogo que eu gosto. Não tem nada haver com o jogo o filme!! (indignada)

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