tag:blogger.com,1999:blog-56934579452631947112024-03-15T22:09:34.994-03:00Mundo dos LivrosO Mundo dos Livros é um blog feito para apaixonados por literatura que traz novidades do mundo literário, resenhas, entrevistas, promoções e muito mais. Visite-nos!Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/04905255803771506743noreply@blogger.comBlogger995125tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-69340915984756555752021-03-25T21:27:00.003-03:002021-03-25T21:51:17.630-03:00Resenha Especial: Auto da Compadecida por Ariano Suassuna<div style="text-align: justify;">Sou pernambucana e todos os integrantes deste blog são nordestinos. Amamos a cultura popular dessa região e, nada mais coerente, do que exaltá-la. Assim, hoje venho falar um pouco sobre uma das minhas histórias favoritas: Auto da Compadecida.<br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-PN90GeiHI5s/YFj3HQgzpMI/AAAAAAAAMeY/uG59J_j-ymwEdE7AyPa881FHdHux5I3AACLcBGAsYHQ/s2048/Auto%2Bda%2BCompadecida.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1329" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-PN90GeiHI5s/YFj3HQgzpMI/AAAAAAAAMeY/uG59J_j-ymwEdE7AyPa881FHdHux5I3AACLcBGAsYHQ/s320/Auto%2Bda%2BCompadecida.jpg" /></a></div><br />Título:</b> Auto da Compadecida</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Autor: </b>Ariano Suassuna</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Editora:</b> Nova Fronteira</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Páginas: </b>280</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Ano: </b>2018</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Onde comprar: </b><a href="https://amzn.to/3sfUAmr" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/81b0f817de" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/818234f9e4" target="_blank">Submarino</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><blockquote><b>Sinopse:</b> <i>"<span style="text-align: left;">O 'Auto da Compadecida' consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas. Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi 'o texto mais popular do moderno teatro brasileiro'.</span>"</i></blockquote></span></div><span><i><a name='more'></a></i></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">João Grilo e Chicó são amigos inseparáveis. Ambos dividem das mesmas desventuras ao trabalhar para um padeiro, pouco esperto mas muito apaixonado por sua mulher, em uma pequena cidade do interior nordestino. E como se não bastasse todos os maus tratos dos patrões, agora eles precisam resolver uma difícil situação: convencer o padre a benzer o cachorro da mulher do padeiro que está à beira da morte. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Inteligente como ele só, João Grilo prepara uma armadilha para o padre envolvendo o nome do Major Antônio Moraes, um importante senhorio da região, mas tudo acaba em uma grande confusão. A confusão só não é maior do que aquela que sucede a aparição de cangaceiros liderados por Severino, que promovem não só um verdadeiro arrastão na cidade, como também uma chacina que só se resolve no julgamento dos mortos presidido por Deus, contando com o Diabo na acusação e Nossa Senhora na defesa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ariano Suassuna nasceu na Paraíba, mas viveu muitos anos em Pernambuco. Defensor da cultura popular, liderou a criação do Movimento Armorial, em meados da década de 70, como forma de se opor ao estrangeirismo e enaltecer o patrimônio cultural nacional - independente das criações serem produto ou não do Nordeste. Em que pese "Auto da Compadecida" ter sido escrito muitos anos antes do surgimento desse movimento, é impossível não identificar na peça alguns dos seus elementos característicos, em especial, os contornos do regionalismo presentes na narrativa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um dos pontos que é interessante ressaltar está ligado às inspirações do dramaturgo na confecção de sua história. Isso, porque, essa peça traz alguns aspectos de três folhetos, a saber, "O Dinheiro", que narra o enterro de um cachorro promovido por um reverendo com o auxílio de um vigário e que recebe o aval do bispo após este saber da quantia em dinheiro que lhe foi deixada pelo animal, "História do cavalo que defecava dinheiro", que aponta a existência de um cavalo que expelia minérios de grande valor, e "O Castigo da Soberba", que trata da intercessão de Nossa Senhora em um julgamento de uma alma.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outro aspecto possível de encontrar não só nesta peça, como também em outras obras de Suassuna, é o realismo mágico, notadamente sertanejo, que mescla a vida do interior com acontecimentos sobrenaturais. É, portanto, uma obra marcante e que oferece ao leitor doses de questões morais diluídas em pitadas um humor ácido e contundente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar de já ter assistido diversas vezes a adaptação para o cinema e para a televisão dessa história, isso não tirou a minha empolgação em acompanhar as desventuras de João Grilo e Chicó, pelo contrário, observar o desenrolar dessa história no formato idealizado pelo dramaturgo me fez entender ainda mais das críticas sociais contidas em seu texto e ter uma afeição muito amor por esses personagens que já me eram tão queridos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Gosto especialmente dos contrastes dos personagens e da ideia de que ninguém é de todo bom nem de todo mal. João Grilo, por exemplo, ao mesmo tempo em que ele é extremamente sagaz e consegue articular muito bem aquilo que deseja, não teve oportunidades da vida e é, acima de tudo, um sobrevivente. Já Severino, o líder do cangaço, é um homem impiedoso, mas que tem a sua própria violência como reflexo daquela que lhe vitimou. Além dessa dualidade, outros aspectos também são tratados na peça, tais como, a religiosidade e o racismo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esses são apenas alguns dos temas tratados em "Auto da Compadecida" que eu gostaria de compartilhar com vocês como uma forma de incentivá-los a ler a obra de Ariano Suassuna ainda que conheçam cada frase icônica propagada pelas adaptações ("não sei, só sei que foi assim"). E, como argumento final, vou fazer uma confissão: este foi o primeiro livro que li esse ano que me fez dar gargalhadas e trazer um pouco de luz para esses tempos sombrios que estamos vivendo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-KU1Y2srAHTc/WIFNepWUQNI/AAAAAAAAJUk/sEQH3P-yPbIVMBqHNTl0PFCVvUbMkQSngCPcBGAYYCw/s1871/5.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="521" data-original-width="1871" src="https://1.bp.blogspot.com/-KU1Y2srAHTc/WIFNepWUQNI/AAAAAAAAJUk/sEQH3P-yPbIVMBqHNTl0PFCVvUbMkQSngCPcBGAYYCw/s320/5.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><blockquote><i>É verdade, o cachorro morreu. Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tu do o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre!</i> <b>- Págs. 53-54</b></blockquote><b></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">--- Isabelle Vitorino ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/13622147191454665365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-17066093561346772822021-03-02T21:08:00.001-03:002021-03-02T21:08:58.632-03:00Resenha: O Beijo no Asfalto por Nelson Rodrigues<div style="text-align: justify;">Enquanto leitora, sempre tive alguns planos literários. Um dos principais é conhecer mais escritores brasileiros, principalmente os nomes que inovaram de algum modo o cenários da literatura no Brasil. Assim, ler Nelson Rodrigues era algo que invariavelmente iria ocorrer, porém, aconteceu antes do que eu imaginava e me conquistou mais do que eu pensava.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-7JmSaluVwx0/YDwC_iYzPsI/AAAAAAAAMdU/29jYaAoaGGc3OVhlcbDwTM2LRDNrd_ffwCLcBGAsYHQ/s2048/O%2BBeijo%2Bno%2BAsfalto.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1329" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-7JmSaluVwx0/YDwC_iYzPsI/AAAAAAAAMdU/29jYaAoaGGc3OVhlcbDwTM2LRDNrd_ffwCLcBGAsYHQ/s320/O%2BBeijo%2Bno%2BAsfalto.jpg" /></a></div>Título: </b>O Beijo no Asfalto</div><div style="text-align: justify;"><b>Autor: </b>Nelson Rodrigues</div><div style="text-align: justify;"><b>Editora:</b> Nova Fronteira</div><div style="text-align: justify;"><b>Ano:</b> 2019</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas:</b> 160</div><div style="text-align: justify;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/3r5im3Q" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/59eac08f7f" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/59b1481a38" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b></b><blockquote><b>Sinopse:</b> <i>"<span style="background-color: white; text-align: left;">Arandir, um homem casado, beija a boca de outro homem, que acaba de ser atropelado, realizando assim o último desejo deste. A cena é presenciada por Amado Ribeiro, um jornalista que resolve tirar proveito do episódio. Com o destaque do caso, Arandir se isola, sofrendo com a descrença de todos à sua volta, e se vê compelido a um destino que não consegue modificar. Sexualidade, intrigas, falta de ética da imprensa e da polícia e crise familiar são os ingredientes desta famosa peça de Nelson Rodrigues, escrita em 1960.</span>"</i></blockquote></span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Arandir é um homem de vida comum. É casado com Selminha, trabalha e têm problemas com o sogro, Aprígio. Certo dia, voltando do banco, um homem é atropelado na sua frente. Institivamente, ele corre até a vítima e se aproxima dela, porém, surpreende a todos os presentes ao beijá-lo na boca. Dentre os espectadores estava Amado Ribeiro, um jornalista espertalhão, que decide usar o caso como forma de se autopromover e, ao mesmo tempo, de ficar em bons termos como o delegado Cunha, com quem tinha tido um desentendimento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Assim, aquele singelo beijo ganha as manchetes dos jornais e muda completamente a vida de Arandir. Sujeito à piadas de todo o tipo no ambiente de trabalho, desacreditado pelos vizinhos e objeto de desconfiança pela sua esposa. Esse homem simples se torna vítima de diversas armadilhas que visam alçá-lo ao patamar de criminoso ao transformar aquele gesto em um indício de um crime passional com reviravoltas surpreendentes, onde nada nem ninguém é o que parece.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nelson Rodrigues é considerado o principal dramaturgo brasileiro, esta peça, por exemplo, foi um pedido da atriz Fernanda Montenegro. Escrita em apenas 21 dias, a história foi publicada no início da década de 60 e traz diversos assuntos polêmicos em suas poucas páginas. É interessante observar que a forma de abordagem do escritor está longe de ser floreada ou rebuscada, pelo contrário, com uma escrita extremamente ágil e uma linguagem direta, ele direciona os leitores de maneira eficaz para o cerne dessa tragédia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os diálogos apresentados no decorrer da peça alternam as perspectivas dos principais personagens, mostrando não só as dificuldades enfrentadas pelo Arandir e sua família, como também, toda a armação idealizada por Amado e Cunha. O interessante é que esses diálogos são interrompidos sempre por um sinal de ponto final, deixando os leitores sem saber o que poderia vir a seguir, e qual a melhor hipótese para completar essa lacuna. No começo, senti um certo estranhamento com essa interrupção brusca, mas depois fui me habituando.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pelo que já narrei até o momento, vocês podem inferir que toda a controvérsia dessa história está centrada no beijo que foi dado por Arandir no defunto, em um momento de extrema tensão e sensibilidade. A questão da possível homoafetividade é tratada, em especial, sob a perspectiva do choque da sociedade em tomar conhecimento de um beijo entre homens que ocorreu publicamente e que foi parar nas manchetes dos jornais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Isto é, se era algo que antes escandalizava apenas pela possibilidade de acontecer no privado, agora confronta cada um dos integrantes daquela comunidade pela certeza de que, de fato, pessoas do mesmo sexo se relacionavam. E isso é algo para se refletir pois, na época, o país estava em vias de sofrer um golpe, cujos líderes reprimiam aqueles que tinham comportamentos considerados "desviantes"*. No entanto, com isso não quero dizer que o escritor tivesse a intenção de defender o grupo LGBTQIA+ e ir contra aos ideais apregoados pelos poderosos, já que, segundo Flávio Aguiar, professor da USP que assina o posfácio da edição, Nelson Rodrigues apoiou o golpe**. É somente um dado a mais para tecermos um paralelo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sobre os personagens, um dos grandes destaques certamente é o jornalista, Amado Ribeiro. Desprovido de qualquer humanidade no trato jornalístico, ele não precisa de qualquer incentivo para tomar as decisões que tornaram a vida de Arandir e de sua família em um verdadeiro inferno. Pelo contrário, ele é quase um gênio do mal, que age reforçando psicologicamente no Cunha todas as suas ideias de tornar aquele ocorrido em uma tragédia policial muito suculenta a partir da qual ambos poderiam obter prestígio e reconhecimento social.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar de curta e dinâmica, essa peça traz algumas reviravoltas que chocam os seus leitores, fazendo-os se renderem aos caprichos do escritor. Além disso, mesmo diante das dificuldades iniciais em me acostumar com o estilo de escrita de Nelson, ao fim, me encantei com a peça e fiquei ansiando por conhecer outras obras, especialmente, aqueles com bastante drama. Finalmente, indico essa obra para aqueles que gostam de histórias curtas, com personagens emblemáticos, escrita ágil e algumas reviravoltas intrigantes. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-8e4H2-C5cZY/UKFIUQygQoI/AAAAAAAAB6A/ytSTPm_-ee0FuDUGE51LwNzxGALE76eEQCPcBGAYYCw/s500/04%2BAvalia%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="117" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-8e4H2-C5cZY/UKFIUQygQoI/AAAAAAAAB6A/ytSTPm_-ee0FuDUGE51LwNzxGALE76eEQCPcBGAYYCw/s320/04%2BAvalia%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><blockquote><i>"Eu acho, entende? Acho que, nunca mais, em emprego nenhum. Acho que em todos os empregos, os caras vão me olhar como se. As mesmas piadinhas, em toda a parte."</i></blockquote></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">* Recomendo a leitura do artigo do sítio eletrônico "<a href="http://memoriasdaditadura.org.br/lgbt/" target="_blank">Memórias da Ditadura</a>".</div><div style="text-align: justify;">** Informação corroborada pela <a href="https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/nelson_rodrigues" target="_blank">FGV</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">--- Isabelle Vitorino ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/13622147191454665365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-44251880972458066812021-02-15T20:30:00.002-03:002021-02-19T21:19:10.492-03:00Resenha: A Justiça Chama por Annie Bellet<div style="text-align: justify;">Um dos meus genêros literários favoritos é a fantasia, se ela for <i>urban fantasy</i>, melhor ainda. E em "A Justiça Chama" encontrei justamente um cenário fantástico, com muitas referências e uma narrativa bem rápida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-JcEDX94W6wA/YCCYNCSQYtI/AAAAAAAAMbo/58uH2r-4FG86RZEhEn_6RQjrKZUgHqKpACLcBGAsYHQ/s1097/A%2BJusti%25C3%25A7a%2BChama.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1097" data-original-width="723" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-JcEDX94W6wA/YCCYNCSQYtI/AAAAAAAAMbo/58uH2r-4FG86RZEhEn_6RQjrKZUgHqKpACLcBGAsYHQ/s320/A%2BJusti%25C3%25A7a%2BChama.jpg" /></a></div>Título:</b> A Justiça Chama</div><div style="text-align: justify;"><b>Série:</b> Magia em Jogo #1</div><div style="text-align: justify;"><b>Autora: </b>Annie Bellet</div><div style="text-align: justify;"><b>Editora:</b> AVEC</div><div style="text-align: justify;"><b>Ano: </b>2019</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas:</b> 120</div><div style="text-align: justify;"><b>Onde comprar: </b><a href="https://amzn.to/3jsYO6P" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/38c0586eee" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/38c75a045b" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><b></b><blockquote><b>Sinopse: </b><span style="font-family: inherit;"><i>"<span style="background-color: white; text-align: left;">Gamer. Nerd. Feiticeira. </span><span style="background-color: white; text-align: left;">Jade Crow vive uma vida tranquila em sua loja de quadrinhos e jogos em Wylde, Idaho. Depois de vinte e cinco anos fugindo de um feiticeiro poderoso que quer comer seu coração e tomar seus poderes. Cercada por amigos ainda menos humanos do que ela, Jade acredita que está finalmente segura. Contanto que ela não use sua magia! </span><span style="background-color: white; text-align: left;">Quando os poderes escuros ameaçam a vida de seus amigos, aparece um executor transmorfo sexy. Ele é o juiz, o júri e o carrasco de um mundo pouco mundano e acha que Jade é o culpada. Para limpar seu nome, salvar seus amigos, e parar o vilão, ela terá que usar seu juízo ... e seus poderes de feiticeira.</span>"</i></span></blockquote><span style="font-family: inherit;"></span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Jade Crow é uma feiticeira, uma das boas, pelo menos era até o momento em que teve que fugir de um feiticeiro poderoso que não media esforços para obter todo o poder que desejava. Mas ela não é a única pessoa com uma faceta oculta, pelo contrário, Wylde possui diversos moradores metamorfos. Dentre eles estão alguns amigos muito especiais como a Harper, uma metamorfo-raposa que acaba de descobrir que a sua mãe foi "empalhada".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E para piorar toda essa confusão, Jade é confrontada por Aleksei Kirov, um transformo sexy, que não só é um Juiz do Conselho dos Nove, como também acredita que a feiticeira está escondendo um crime. No entanto, antes de executar o seu veredito, ele acabado sendo envolvido pela teia intrincada de acontecimentos na pequena cidade, a qual revela que a mãe da Harper era apenas uma das vítimas de um ser que estava mexendo com magia antiga e profunda.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"A Justiça Chama" é um livro divertido e muito rápido de ser lido. Com diversas referências ao universo <i>geek</i>, temos uma protagonista que comanda uma loja de games, revistas em quadrinhos e itens direcionados aos fãs desse mundo. Apesar de esse ser o seu trabalho, ela esconde de todos alguns segredos, e isso acaba deixando-a em uma posição difícil que é: se expor e ajudar a sua amiga ou fugir do seu algoz deixando todos os que ama para trás.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seria um dilema complexo, mas as coisas se resolvem rapidamente e logo acompanhamos Jude nessa jornada perigosíssima. No decorrer disso, os leitores são apresentados aos elementos fantásticos criados pela escritora, como, por exemplo, a existência de um conselho mágico, os poderes e as formas de acesso à magia de um feiticeiro, as peculiaridades de Wylde, e, a existência de um espírito protetor junto a protagonista.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entretanto, não se enganem! Como mencionei anteriormente, o livro foi construído para ser célere, logo, a apresentação de tudo se dá de forma tão veloz e rasa que invariavelmente o leitor se vê ansiando por mais informações. É claro que há pontos positivos em uma narrativa mais rápida, especialmente, para quem gosta de ler obras em pouco tempo, porém, quando o autor deixa de explorar e mostrar a grandiosidade de um mundo, isso acaba me deixando incomodada e pouca conectada à história.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">À parte da falta de profundidade, este é um livro que agrada por oferecer um desfecho à trama que foi iniciada, deixando tão somente alguns caminhos a serem percorridos nos próximos volumes, principalmente, com relação à vida pessoal Jade e o Aleksei. Outro aspecto relevante, é que mesmo trazendo algumas passagens sensuais, não é um livro <i>hot</i>, assim, quem não gosta desse tipo de abordagem mas tem interesse por esse tipo de fantasia, pode ler tranquilamente "A Justiça Chama".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por fim, o que posso dizer é que a obra possui pontos positivos e negativos. De forma geral, gostei bastante da proposta da autora, pois apesar de ter sentido falta de um aprofundamento, a narrativa foi coesa e interessante o suficiente para me deixar curiosa para ler as sequências. Por ser uma leitura que se volta apenas para o entretenimento, ela cumpre bem o seu papel, o que me faz indicá-la para vocês, ainda que tenha apontado algumas ressalvas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Y3gj-01LRNg/YCCc2B_0OsI/AAAAAAAAMb0/ODLGPlNXLxczr9nyIODenXp13KPf4AQsgCLcBGAsYHQ/s1600/Avalia%25C3%25A7%25C3%25A3o%2B3.0.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="1600" src="https://1.bp.blogspot.com/-Y3gj-01LRNg/YCCc2B_0OsI/AAAAAAAAMb0/ODLGPlNXLxczr9nyIODenXp13KPf4AQsgCLcBGAsYHQ/s320/Avalia%25C3%25A7%25C3%25A3o%2B3.0.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; box-sizing: inherit; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><blockquote style="text-align: justify;"><i>Os momentos mais transformadores da vida são uns canalhas sorrateiros. Muitas vezes, demoramos a saber que nada mais será igual e só olhando para trás é que conseguimos dizer: olha lá! Foi isso que mudou tudo!</i></blockquote></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">--- Isabelle Vitorino ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/13622147191454665365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-53449832315998488532021-02-08T20:30:00.003-03:002021-05-25T12:58:59.516-03:00Resenha Especial: Úrsula por Maria Firmina dos Reis<div style="text-align: justify;">O ano passado, mais precisamente no mês de novembro, li "Úrsula". Era uma obra que eu ansiava conhecer por todo o contexto histórico de sua escrita, porém, algumas questões da narrativa me deixaram em dúvida com relação ao que senti. Assim, passei um tempo refletindo e hoje estou aqui para conversar com vocês sobre esse livro e tudo o que eu encontrei.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-S7ItdDs_hgA/YCBqTQfLwnI/AAAAAAAAMaw/PaicabYDOkIxzhwtbWWBSvMV073K-WPoQCLcBGAsYHQ/s500/%25C3%259Arsula.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="345" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-S7ItdDs_hgA/YCBqTQfLwnI/AAAAAAAAMaw/PaicabYDOkIxzhwtbWWBSvMV073K-WPoQCLcBGAsYHQ/s320/%25C3%259Arsula.jpg" /></a></div>Título: </b>Úrsula</div><div style="text-align: justify;"><b>Autora:</b> Maria Firmina dos Reis</div><div style="text-align: justify;"><b>Editora:</b> Edições Câmara</div><div style="text-align: justify;"><b>Ano: </b>2018</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas:</b> 289</div><div style="text-align: justify;"><b>Onde comprar: </b><a href="https://amzn.to/3rAAVNt" target="_blank">Amazon</a> (e-book gratuito) | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/38d0091b3e" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/3844acd137" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><b></b><blockquote><b>Sinopse: </b><span style="font-family: inherit;"><i>"<span style="background-color: white;">A Edições Câmara traz mais um volume da série Prazer de Ler, a coletânea com as obras de Maria Firmina dos Reis, primeira escritora negra de que se tem notícia em nossa literatura e pioneira na denúncia da opressão a negros e mulheres no Brasil do século XIX. </span><span style="background-color: white;">A coletânea inclui o romance Úrsula, seu texto mais publicado, o conto abolicionista A escrava, o indianista Gupeva e a antologia de poesias Cantos à beira-mar, reunidos pela sua inequívoca qualidade literária. </span><span style="background-color: white;">Com o lançamento deste livro, a Edições Câmara busca reafirmar a importância da obra de Firmina, mulher, negra, educada, maranhense e uma voz da resistência feminina. A força de sua literatura é um convite à reflexão sobre temas como a escravidão, o sexismo e o lugar da mulher na sociedade paternalista e escravocrata da qual foi contemporânea</span>".</i></span></blockquote><span style="font-family: inherit;"><i></i></span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Úrsula é uma jovem branca que está cuidando da sua mãe acamada e à beira da morte. Em razão de uma antiga desavença entre a sua mãe e a família, ela não possui acesso aos seus familiares, assim, as únicas companhias que possui são Suzana e Túlio, duas pessoas escravizadas e que trabalham no lugar há muito tempo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em um dos passeios de Túlio, ele encontra Tancredo, um jovem aparentemente abastado e que parece acometido de alguma moléstia que não lhe permitia seguir viagem, e oferece a sua ajuda. Firme em seu propósito de ampará-lo, Túlio o conduz para a casa de Úrsula e lá, sob a linha tênue da vida e da morte, Úrsula e Tancredo se apaixonam.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em 11 de novembro de 1917 a escritora Maria Firmina dos Reis faleceu. Considerada a primeira romancista brasileira, ela nasceu em São Luís, no estado do Maranhão. </span><span style="font-family: inherit;">Seu livro, intitulado “Úrsula”, foi publicado originalmente em 1859 e traz em sua essência uma crítica à escravidão e aponta a necessidade de permitir que as dores dos seus personagens sejam narradas por eles mesmos. É, portanto, um texto abolicionista.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-HBnq214OfvY/YCCI9SV69CI/AAAAAAAAMbY/7joJYZz1p64fESTiuX4-hrdC5mcJgNY1QCPcBGAYYCw/s1080/Maria%2BFirmina%2Bdos%2BReis%2B02.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-HBnq214OfvY/YCCI9SV69CI/AAAAAAAAMbY/7joJYZz1p64fESTiuX4-hrdC5mcJgNY1QCPcBGAYYCw/s320/Maria%2BFirmina%2Bdos%2BReis%2B02.png" /></a></div>Sendo uma mulher negra, a escritora não só sofreu</span><span style="font-family: inherit;"> um apagamento, já que seu livro só foi recuperado em 1962 pelo historiador paraibano, Horácio de Almeida, como também um embranquecimento na reprodução de sua imagem. Isso, porque, em que pese haja </span><span style="font-family: inherit;">descrições oriundas de ex-alunos e conhecidos de Maria, os seus traços originários não foram representados no busto que atualmente está exposto na Praça do Pantheon no centro de São Luís.</span></div></span><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></span><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-VpDAcJvvSqI/YCCI4dkwVJI/AAAAAAAAMbc/VqXDE7MlZuQzn9ekjL-lAiWQ-t12LPZNACPcBGAYYCw/s1080/Maria%2BFirmina%2Bdos%2BReis%2B01.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-VpDAcJvvSqI/YCCI4dkwVJI/AAAAAAAAMbc/VqXDE7MlZuQzn9ekjL-lAiWQ-t12LPZNACPcBGAYYCw/s320/Maria%2BFirmina%2Bdos%2BReis%2B01.png" /></a></div>Note-se também, que a escritora já foi retratada como uma mulher branca em um quadro localizado na Câmara de Vereadores de Guimarães, município em que faleceu. </span><span style="font-family: inherit;">Na pintura, teve sua aparência ilustrada como similar a da escritora gaúcha, Maria Benedita Câmara, popularmente conhecida como Délia. Inclusive, estudos apontam que mesmo sabendo que aquela não era Maria Firmina, o quadro foi exposto por muitos anos, sendo removido entre 2012 e 2013.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A partir dessas informações, é possível que vocês percebam que esta é uma obra de imensurável valor histórico, pois traz consigo não só os precedentes de um preconceito enraizado na sociedade, como também, revelam um pouco de como era a vida de alguém que viu de perto os desdobramentos da escravidão no Brasil.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nesse sentido, destaco que a abordagem </span>abolicionista<span style="font-family: inherit;"> foi o que me fez chegar até a obra e lê-la. Queria entender mais dos aspectos histórico-culturais brasileiros na época e esse livro parecia ser um bom ponto de partida. No entanto, ao iniciar a leitura fui surpreendida com uma escrita própria do romantismo e com algumas digressões que foram tornando a leitura bastante morosa para mim.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Como mencionei anteriormente, apesar de existir dois personagens escravizados, o foco central da narrativa não é nas questões experienciadas por eles. Pelo menos, não na maior parte do livro. Isto é, a maior parte do texto é dedicado a descrever a trágica história de amor do casal jovem, branco e abastado, que sofre os dissabores de uma perseguição protagonizada por um homem que não aceita o fato de que uma mulher não lhe quer.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Sim, isso revela também outra faceta importante da época, qual seja, o machismo e as influências políticas e religiosas na comunidade. Entretanto, mais uma vez aponto que essas questões acabam sendo sufocadas pelo estilo de narrativa, que, em muitos momentos se assemelha com um enredo </span><i>shakespeariano</i><span style="font-family: inherit;">.</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;">As questões atinentes ao abolicionismo são introduzidas de maneira muito sútil, mas não deixam de impactar o leitor quando descritas, porém, são mais ideias, o que não permite um aprofundamento maior no tema. Interessante observar, que uma das possibilidades interpretativas que os participantes do nosso <a href="https://www.instagram.com/blogmundodoslivros/" target="_blank">clube de leitura coletiva</a> levantaram foi que essa inserção mais suavizada desses temas seria uma estratégia de Maria Firmina dos Reis para tornar o livro mais palatável para os leitores de seu tempo e, assim, viabilizar a sua publicação.</div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><br /></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;">Diante de tudo isso, posso dizer que "Úrsula" é um livro com ideias que merecem ser propagadas e que possui um valor histórico imensurável. Jamais se pode negar a grandeza dessa obra escrita por uma mulher negra e que viveu em momento contemporâneo à escravidão no Brasil. No entanto, também não vou omitir o fato de que o estilo literário da obra oferece alguns óbices na leitura dos leitores modernos e, talvez, isso implique em algumas desistências.</div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><br /></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-jTu0DeqWlsM/XiejrO_PnNI/AAAAAAAALII/aNghxSHhaLsbBXI5JB4Mc4VP9lFAP7a3ACPcBGAYYCw/s1871/3%252C5.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="1871" src="https://1.bp.blogspot.com/-jTu0DeqWlsM/XiejrO_PnNI/AAAAAAAALII/aNghxSHhaLsbBXI5JB4Mc4VP9lFAP7a3ACPcBGAYYCw/s320/3%252C5.png" width="320" /></a></div></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i><blockquote>Troco escravidão por liberdade, por ampla liberdade!</blockquote></i></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Fonte de pesquisa: "</span><span style="font-family: inherit;">Com rosto ainda desconhecido, primeira escritora negra do Brasil é redescoberta após décadas de anonimato" de Leonardo Neiva para <a href="https://www.bbc.com/portuguese/geral-53411587" target="_blank">BBC</a>.</span></div></span><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><div style="text-align: center;">--- Isabelle Vitorino ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/13622147191454665365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-71309109152033770662021-01-27T22:14:00.004-03:002021-05-25T12:48:55.717-03:00Resenha Especial: O Velho e o Mar por Ernest Hemingway<div style="text-align: justify;">E hoje vamos falar sobre a obra-prima de Ernest Hemingway.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-JGf3ZNIKgck/YBIHO4sgXCI/AAAAAAAAMaE/v2xCLhT3daYU7HQgPB6nAW_KGPYJVV4qwCLcBGAsYHQ/s2048/O%2BVelho%2Be%2Bo%2BMar.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1377" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-JGf3ZNIKgck/YBIHO4sgXCI/AAAAAAAAMaE/v2xCLhT3daYU7HQgPB6nAW_KGPYJVV4qwCLcBGAsYHQ/s320/O%2BVelho%2Be%2Bo%2BMar.jpg" /></a></div>Título: </b>O Velho e o Mar</div><div style="text-align: justify;"><b>Autor: </b>Ernest Hemingway</div><div style="text-align: justify;"><b>Editora: </b>Bertrand Brasil</div><div style="text-align: justify;"><b>Ano: </b>2013</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas: </b>126</div><div style="text-align: justify;"><b>Onde comprar: </b><a href="https://amzn.to/3a9RXe7" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/27059516df" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/278ad72f68" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><b></b><blockquote><b>Sinopse:</b><span style="font-family: inherit;"><i><b> </b>"<span style="background-color: white; text-align: left;">Depois de anos na profissão, havia 84 dias que o velho pescador Santiago não apanhava um único peixe. Por isso já diziam se tratar de um salão, ou seja, um azarento da pior espécie. Mas ele possui coragem, acredita em si mesmo, e parte sozinho para alto-mar, munido da certeza de que, desta vez, será bem-sucedido no seu trabalho. Esta é a história de um homem que convive com a solidão, com seus sonhos e pensamentos, sua luta pela sobrevivência e a inabalável confiança na vida. Com um enredo tenso que prende o leitor na ponta da linha, Hemingway escreveu uma das mais belas obras da literatura contemporânea. Uma história dotada de profunda mensagem de fé no homem e em sua capacidade de superar as limitações a que a vida o submete.</span>" </i></span></blockquote><span style="font-family: inherit;"><i></i></span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Santiago está há 84 dias sem pescar um só peixe. O belo mar não lhe fornecia nada há tanto tempo que os moradores do lugar já o tratavam como alguém sem sorte e, por isso, os pais do seu aprendiz decidiram que seria melhor que ele trabalhasse em outro barco. A contragosto, Manolim abandona a embarcação do seu mentor, mas não deixa de fazer tudo o que está ao seu alcance para tornar a vida dele melhor, apesar do velho jamais dar sinais de desesperança. E é de posse dessa coragem e determinação que ele parte para o mar sem saber que enfrentaria um de seus maiores desafios.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O escritor Ernest Hemingway viveu durante muitos anos em Cuba. E é nos mares do país que a história de Santiago, um pescador solitário, se desenvolve. O primeiro ponto de "O Velho e o Mar" que me saltou aos olhos foi a relação de amizade existente entre Santiago e Manolin, o seu jovem aprendiz que foi proibido pelos pais de acompanhar o velho nas suas expedições por ser considerado como alguém sem sorte. O cuidado e o afeto existente entre eles transcende as páginas e alcança o leitor já nas primeiras linhas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Isso, porque, ao mesmo tempo em que notamos como o jovem se preocupa com Santiago, fazendo tudo o que é possível para lhe trazer um conforto nesse momento difícil no qual toda a comunidade o ridiculariza, também notamos a reciprocidade do sentimento pelo pescador que, sofrendo os dissabores de estar sozinho em alto mar, sempre pensa no seu aprendiz e essas lembranças também o estimulam a perseverar e continuar firme no seu propósito de voltar para casa apenas quando vencer a resistência do enorme peixe que mordeu a sua isca.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por ser um livro construído em um fluxo de consciência, poucos são os diálogos com outros personagens, assim, toda a narrativa é apresentada sob a perspectiva de Santiago. Para alguns leitores é justamente esse ponto que causa certa resistência com a leitura, já que Hemingway detalha cada aspecto do embate entre o homem e o peixe e isso consome a maior parte da obra. Particularmente, não foi algo que me incomodou ou que tornou a minha experiência menos agradável.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pelo contrário, cada vislumbre daquele recorte da vida do pescador me inspirou reflexões de natureza existencialista. Há uma abordagem acerca da fraqueza do corpo em detrimento da fortaleza de espírito, das diferenças entre orgulho e esperança, e do quanto a mente humana é responsável pelo sucesso ou fracasso de uma empreitada na qual se está em jogo mais do que a força física. Em um último aspecto, também é possível perceber que nem sempre aquilo pelo qual lutamos, se conquistado, trará os resultados que almejamos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Como é possível perceber, a dualidade está presente na narrativa de maneira subliminar, mas também está naquilo que há mais exposto como o jovem e o velho, o homem e a natureza, a vida no mar e a vida na terra, o presente e o passado... Não obstante, a solidão foi um dos pontos que mais me tocaram. Lidar com a realida<span style="font-family: inherit;">de ao seu redor, a pressão de ser bem sucedido para não carregar um estigma e tudo isso com um corpo cansado à guisa de uma mente afiada, tornaram "O Velho e o Mar" em uma obra ímpar para mim.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É interessante observar que o autor refutava os simbolismos que os leitores enxergavam na obra. Em uma carta escrita para o crítico Bernard Berenson, teria dito: “O mar é o mar. O velho é um velho. Todo simbolismo do qual as pessoas falam é besteira”*. No entanto, é inegável a imensidão de interpretações que cabe nesse texto direto e sem muitos adjetivos. Para além das questões alegóricas, os estudiosos do escritor apontam um certo caráter biográfico na história, já que Santiago teria sido inspirado em um grande amigo de Hemingway, Gregório Fuentes.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O valor dessa obra é imensurável, inclusive, foi a responsável pelo reconhecimento do escritor através dos Prêmios Pulitzer (1953) e Nobel de Literatura (1954). No que toca a minha experiência como leitora, em que pese, este tenha sido o meu primeiro contato com os escritos de Ernest Hemingway, posso afirmar com absoluta certeza que não será o último, pois a forma com a qual os sentimentos humanos foram desnudados de maneira sútil me conquistou sobremaneira e me marcou indelevelmente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-VgiKICl8ijY/XqyAUIyX-PI/AAAAAAAALXU/0_ETl5R2E8UyfRADak4MawK0ptWAglk-QCPcBGAYYCw/s1871/4%252C5.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="1871" src="https://1.bp.blogspot.com/-VgiKICl8ijY/XqyAUIyX-PI/AAAAAAAALXU/0_ETl5R2E8UyfRADak4MawK0ptWAglk-QCPcBGAYYCw/s320/4%252C5.png" width="320" /></a></div><i><blockquote>[...] O que aconteceu é que acabou a minha sorte. Mas, quem sabe? Talvez hoje. Cada dia é um novo dia. É melhor ter sorte. Mas eu prefiro fazer as coisas sempre bem. Então, se a sorte me sorrir, estou preparado. <b>- Pág. 35</b></blockquote></i><div><br /></div><div>*Trecho extraído da <a href="https://revistacult.uol.com.br/home/ernest-hemingway-o-velho-e-o-mar-65-anos/#:~:text=%C3%9Altimo%20romance%20do%20autor%20publicado,Santiago%2C%20um%20velho%20pescador%20cubano.&text=No%20plano%20existencial%2C%20O%20velho,de%20uma%20carca%C3%A7a%20sem%20valor." target="_blank">Revista Cult</a>.</div><br /><div style="text-align: center;">--- Isabelle Vitorino ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/13622147191454665365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-23928310811386489982021-01-20T21:29:00.002-03:002021-01-23T11:29:46.058-03:00Resenha Especial: O Apanhador no Campo de Centeio por J. D. Salinger<div style="text-align: justify;">Se você é um leitor contumaz, provavelmente já deve ter sido deparado com algum texto sobre "O Apanhador no Campo de Centeio", e se você também é um curioso de assuntos criminais, em algum momento encontrou alguma menção à essa obra. Diante dessa complexidade, é com muita cautela que eu abraço a missão de falar sobre a obra de Salinger.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-aFn6CYOjviw/YAitFSd4NyI/AAAAAAAAMZI/aQkasJ2TlycLG4n4C_ncxo_9Js3qL22NACLcBGAsYHQ/s373/O%2BApanhador%2Bno%2BCampo%2Bde%2BCenteio.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="373" data-original-width="246" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-aFn6CYOjviw/YAitFSd4NyI/AAAAAAAAMZI/aQkasJ2TlycLG4n4C_ncxo_9Js3qL22NACLcBGAsYHQ/s320/O%2BApanhador%2Bno%2BCampo%2Bde%2BCenteio.jpg" /></a></div>Título: </b>O Apanhador no Campo de Centeio</div><div style="text-align: justify;"><b>Autor:</b> J. D. Salinger</div><div style="text-align: justify;"><b>Editora:</b> Todavia</div><div style="text-align: justify;"><b>Ano: </b>2019</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas:</b> 256</div><div style="text-align: justify;"><b>Onde comprar: </b><a href="https://redir.lomadee.com/v2/2051d978e0" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://www3.livrariacultura.com.br/o-apanhador-no-campo-de-centeio-2013389009/p" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2051d978e0" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><blockquote><b>Sinopse: </b><i>"<span style="background-color: white; text-align: left;">É Natal, e Holden Caulfield conseguiu ser expulso de mais uma escola. Com uns trocados da venda de uma máquina de escrever e portando seu indefectível boné vermelho de caçador, o jovem traça um plano incerto: tomar um trem para Nova York e vagar por três dias pela grande cidade, adiando a volta à casa dos pais até que eles recebam a notícia da expulsão por alguém da escola. Seus dias e noites serão marcados por encontros confusos, e ocasionalmente comoventes, com estranhos, brigas com os tipos mais desprezíveis, encontros com ex-namoradas, visitas à sua irmã Phoebe -- a única criatura neste mundo que parece entendê-lo -- e por dúvidas que irão consumi-lo durante sua estadia, entre elas uma questão recorrente: afinal, para onde vão os patos do Central Park no inverno? Acima de todos esses fatos, preocupações e pensamentos, paira a inimitável voz de Holden, o adolescente raivoso e idealista que quer desbancar o mundo dos "fajutos", num turbilhão quase sem fim de ressentimento, humor, frases lapidares, insegurança, bravatas e rebelião juvenil.</span>"</i></blockquote></span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Holden Caulfield é um jovem abastado que acabara de ser expulso da escola pela segunda vez. A sua dificuldade em lidar com os seus colegas, o sentimento de deslocamento e a ausência de interesse em se dedicar aos estudos, certamente contribuíram para isso. No entanto, ele não queria voltar para casa antes do Natal, assim, decide pegar suas economias e perambular por Nova York antes da data fatídica. Nessa jornada solitária, ele fala sobre a sua vida, sua família e, principalmente, suas percepções sobre um mundo que ele odeia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"O Apanhador no Campo de Centeio" não é um livro de fácil de leitura. Embora tenha se tornado popular entre o público jovem, por retratar um recorte na vida de um adolescente e por trazer questionamentos que invariavelmente são feitos nesta fase, há algumas camadas no texto que demonstram que Salinger tinha grandes e tortuosas questões para tratar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A primeira impressão que tive de Holden Caulfield foi de que ele era um mentiroso pessimista. Me explico. Desde o início da obra o personagem mostra que consegue mentir com muita facilidade e sem qualquer peso na consciência. Essas mentiras não são contadas para tirá-lo de qualquer situação comprometedora, mas pelo simples fato de que ele não quer falar a verdade para ninguém - muitas vezes até para ele mesmo. Como se esse traço de personalidade não fosse suficiente, ele foi associado à uma visão nada simpática da vida e da sociedade, cuja maioria dos integrantes são concebidos como "fajutos".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Logo, temos um protagonista que tem uma visão crítica do seu entorno, porém contaminada pelo pessimismo. E isso, por si só, se torna um verdadeiro desafio para o leitor graças à construção da narrativa no formato de fluxo de consciência. Além disso, tendo acesso tão somente aos pensamentos de Holden, a leitura muitas vezes é cansativa porque para ele não há nada de bom no mundo, com exceção de pouquíssimas coisas e pessoas, e ele faz questão de mostrar o quanto tudo lhe incomoda.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um aspecto da construção que também considero relevante são as divagações constantes de Holden. O personagem tem muita dificuldade de se ater a uma linha narrativa e mesmo quando está falando sobre o que aconteceu no seu dia invariavelmente seus pensamentos seguem por outro caminho e ele passa a tratar de coisas que não possuem uma relação aparente com o momento presente. Apesar de ter tido dificuldades em me acostumar com esse traço narrativo, é por meio dele que nos inteiramos sobre as crises de ansiedade experienciadas por ele, a ausência de simpatia com as pessoas à sua volta e uma verdadeira apatia perante a vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sim, Holden é um rebelde, mas não um rebelde que pensa em formas de intervir na sociedade em que está inserido, ele está mais para um que enxerga o mundo de forma cínica e que despreza aquilo que confronta a pureza, bondade e inocência que ele conserva como verdadeiros ideais. Isto é, há uma crítica feroz à sociedade e à forma como ela está sendo desenvolvida. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Também é possível perceber que o escritor faz menções à certos acontecimentos da época por meio de seu personagem, como, por exemplo, uma crítica ao cinema, que se tornava cada vez mais popular, através da ojeriza de Holden à essa arte que ele considera como inferior à literatura e que também é causa de um conflito entre ele e seu irmão D. B., um escritor que se tornou roteirista.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar do pessimismo e da descrença, este também é um personagem sensível. Ele gosta de crianças, especialmente de sua irmã Phoebe, tem curiosidade de saber para onde os patos do Central Park vão durante o inverno, está descobrindo sua sexualidade e... teme crescer. No fundo, um dos aspectos mais pujantes da narrativa é esse medo do amadurecimento e de todos os desdobramentos desse crescimento. Tanto é, que ele não consegue se comprometer com a escola, idealizar o futuro ou qualquer coisa similar, o que ele quer é uma rota de fuga.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esses detalhes revelam um possível indicativo do porquê a obra foi tão utilizada como "inspiração" por criminosos: ela mostra um personagem que repele à sociedade e se nega a aceitar o desenvolvimento dela tal qual como é. No entanto, há uma aparente contradição no uso de Holden como símbolo de oposição à grande massa para cometer tais atos porque Holden simplesmente não interfere nas situações que são descortinadas, mas tão somente tece críticas à essas ocorrências. Seu modo de viver é, portanto, apático.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por óbvio que são possíveis diversas interpretações da obra, aqui, trouxe apenas algumas possibilidades que vislumbrei. Por ser um livro considerado como de leitura fundamental, certamente a multiplicidade de concepções é uma constante, de modo que respeito qualquer opinião que seja diferente da minha. Finalmente, posso afirmar que apesar de Holden ter sido um personagem que não consegui estabelecer um vínculo maior, me sensibilizei com os seus sentimentos e pude entender muitos de seus conflitos internos. Afinal, quem nunca teve medo de crescer, não é mesmo?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-PsbP4ndySfE/WPJ7P2dvavI/AAAAAAAAJk0/iUBrktrOeo8Z-ma4zJj-IeoS9eqluJQlwCPcBGAYYCw/s1871/4.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="1871" src="https://1.bp.blogspot.com/-PsbP4ndySfE/WPJ7P2dvavI/AAAAAAAAJk0/iUBrktrOeo8Z-ma4zJj-IeoS9eqluJQlwCPcBGAYYCw/s320/4.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><i></i><blockquote><i>[...] O que me derruba mesmo é um livro que, quando você acaba de ler, você queria que o escritor fosse teu amigão de verdade, pra você poder ligar pra ele toda vez que desse vontade.</i> <b>- Pág. 27</b></blockquote><b></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">--- Isabelle Vitorino ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/13622147191454665365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-77064562060298387052020-12-19T21:12:00.000-03:002020-12-19T21:12:46.237-03:00Resenha: O Caderninho de Desafios de Dash e Lily por David Levithan e Rachel Cohn<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;">O Natal sempre foi uma das minhas épocas favoritas do ano e por isso sempre tentei deixar as minhas leituras com um clima leve, fofo e acolhedor. É certo que esse ano eu mudei um pouco e li algumas obras bem densas, mas, como contraponto, conheci esse livro que além de dar um baita quentinho no coração, foi adaptado pela Netflix.</div><br /></div><div style="text-align: left;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-1CsqlNmX_eo/X87kndWfS_I/AAAAAAAAMXU/9Ym7g1KVU0YBTrzCsJuQ4tAoeyqskgDtwCLcBGAsYHQ/s1551/O%2BCaderninho%2Bde%2BDesafios%2Bde%2BDash%2Be%2BLily.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1551" data-original-width="1000" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-1CsqlNmX_eo/X87kndWfS_I/AAAAAAAAMXU/9Ym7g1KVU0YBTrzCsJuQ4tAoeyqskgDtwCLcBGAsYHQ/s320/O%2BCaderninho%2Bde%2BDesafios%2Bde%2BDash%2Be%2BLily.jpg" /></a></div>Título: </b>O Caderninho de Desafios de Dash e Lily</div><div style="text-align: left;"><b>Autores:</b> David Levithan e Rachel Cohn</div><div style="text-align: left;"><b>Editora:</b> Galera Record</div><div style="text-align: left;"><b>Ano:</b> 2016</div><div style="text-align: left;"><b>Páginas: </b>256</div><div style="text-align: left;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/36TsOUq" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/34260ad100c" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/342814af6ad" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><b></b><blockquote><b>Sinopse: </b><span style="font-family: inherit;"><i>"<span style="background-color: white;">O mais novo livro de David Levithan, autor de Will & Will e Todo dia Lily sente que chegou a hora de se apaixonar. Para achar sua cara-metade, ela vai contar com a ajuda do irmão, que ajuda a garota a criar uma série de tarefas num caderno vermelho. Quem o encontrar, em meio às prateleiras da mais caótica livraria de Manhattan, deve aceitar ou não seu desafio. Dash, um lobo solitário, encontra o moleskine em sua livraria predileta, e os dois ousam trocar sonhos, desafios e desejos nas páginas do caderninho que será achado e perdido sucessivamente nos mais diferentes locais da cidade.</span>"</i></span></blockquote><span style="font-family: inherit;"><i></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span><a name='more'></a></span><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Dash é um jovem que odeia o Natal. Depois de enganar os seus pais, que não se falavam desde o divórcio, ele consegue ficar sozinho em Nova York na época mais festiva do ano. Leitor voraz, ele passeava por sua livraria favorita quando encontrou um caderninho vermelho bastante curioso. Lá, alguém o desafiava a sair à procura de uma mensagem secreta em meio à livros de assuntos quase que inconciliáveis. Sua mente afiada prontamente lhe propôs uma resolução, mas mais do que isso, logo ele se pôs a pensar em uma resposta boa o suficiente para a pessoa que estava por trás daquele moleskine. Uma que, talvez, fizesse aquele final de ano ser algo mais que tedioso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Lily é uma jovem que ama o Natal. Triste porque os seus pais viajaram, todas as suas tradições natalinas parecem estar ameaçadas e ela nunca se sentiu tão sozinha em Nova York como se sentia naquele ano. Leitora voraz, ela estava em casa, em uma longa sessão de autopiedade, quando o seu irmão lhe deu a ideia de fazer um desafio para animar os seus dias e, quem sabe, conhecer alguém legal. Foi assim que o caderninho de desafios foi parar nas prateleiras daquela livraria... o que ela não esperava era que alguém, além de decifrar a loucura proposta pelo seu irmão, devolvaria o moleskine com uma proposta para embarcar em uma grande aventura.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"O Caderninho de Desafios de Dash e Lily" foi um livro-surpresa para mim, especialmente, porque eu já não lia um <i>young adult </i>há muito tempo e não sabia se conseguiria entrar no clima da história em razão de não ser mais o público-alvo dessas publicações. No entanto, eu não só mergulhei de cabeça no enredo escrito por Levithan e Cohn, como dei boas risadas acompanhando esses jovens peculiares. Como vocês já devem imaginar pela breve descrição que fiz há pouco, Dash e Lily são opostos que imaginamos desde o início serem como água e óleo, ou seja, sem a menor chance de se misturarem. Assim, o grande ponto do livro é justamente o de tecer uma trama que consegue mostrar que os opostos podem sim se complementar de forma perfeita.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Narrado em primeira pessoa, os autores alternaram o ponto de vista dos personagens em cada capítulo nos fornecendo detalhes do que se passa na mente de cada um deles. Enquanto Dash é o garoto que consegue fazer amigos e transitar por vários grupos, apesar de ser sarcástico e irônico a maior parte do tempo, Lily é uma daquelas garotas tão diferentes da maioria que isso acabou afetando a sua autoestima, o que a faz se isolar, assim, ela quase não tem laços com pessoas da sua idade. É interessantíssimo acompanhar o desabrochar de Lily. Isso, porque, ela vai de uma jovem obediente e que tenta deixar todas as pessoas ao seu redor sempre felizes, a alguém que percebe que precisa de liberdade e um pouco de rebeldia para viver e desbravar o mundo. Nesse sentido, os desafios do Dash são ótimos para que ela dê cada vez mais espaço a essa Lily que sempre esteve lá, mas que só aparecia pontualmente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por outro lado, Lily oferece ao seu parceiro de desafios a oportunidade única de conhecer um lado mais leve da vida. Com o decorrer da história, é notório o quanto as tensões familiares transformaram seu jeito de ver as coisas, de modo que estar perto de alguém tão leve, o faz enxergar coisas que antes ele não percebia, ou se percebia, encarava com certo ceticismo. Eu me diverti bastante acompanhando o personagem, em especial, com as suas críticas literárias. Acreditem, ele não só é um fã de Salinger, autor de "O Apanhador no Campo de Centeio", como também é um crítico feroz de James Patterson e não perde a chance de fazer piadas sobre escritores que fizeram fama mesmo sem escrever verdadeiramente nada, apenas contratando <i>ghost writers</i>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Depois que li o livro me bateu a curiosidade de assistir a série, mas confesso que não gostei tanto assim. Apesar de ter muita coisa similar à obra escrita, modificaram algumas cenas em demasia, como, por exemplo, tirando completamente a emoção do primeiro encontro deles e tudo o que se segue após. Então se você viu a adaptação e não gostou, talvez goste mais do livro, e se você viu a adaptação e gostou, não tenho dúvidas de que gostará ainda mais do livro. A verdade é que apesar de não ser uma história com grandes conflitos (e que vai te fazer questionar o universo e tudo mais), ainda assim é capaz de ser uma ótima companhia para leitores que desejam passar um tempo na companhia de um enredo leve, divertido e que deixa o coração aquecido mesmo depois do ponto final. Tudo isso, é claro, acompanhado de um belo passeio por Nova York.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z7N444iTxMY/UMeDJrAsuTI/AAAAAAAACbQ/UVp0Ip241joypyMEwYnRSMpRMZnivQXRgCPcBGAYYCw/s500/04%2BAvalia%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="117" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z7N444iTxMY/UMeDJrAsuTI/AAAAAAAACbQ/UVp0Ip241joypyMEwYnRSMpRMZnivQXRgCPcBGAYYCw/s320/04%2BAvalia%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: justify;"><div><i></i></div></div><i><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>Desconfiava que, quando alguma coisa era começo e fim ao mesmo tempo, significava que só podia acontecer no presente.</blockquote></i></div></i><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">--- Isabelle Vitorino ---</span></div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/13622147191454665365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-68707588297334698662020-12-08T20:30:00.002-03:002020-12-08T21:07:30.595-03:00Comic Resenha: V de Vingança por Alan Moore e David Lloyd<div style="text-align: justify;">Tenho uma predileção curiosa por histórias que retratam governos totalitários, regimes autocráticos e ideias de oposição à tudo isso. Geralmente, leio histórias no formato romance, mas após assistir ao filme e adquirir há alguns anos essa HQ, resolvi que esse era o ano em que eu conheceria V e toda a sua glória.<br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-bEfcIhCRrfA/X81i3PkGbpI/AAAAAAAAMVk/Vb8tI6bqjcosKEy8_gI2l-6LXqyIk-5cgCLcBGAsYHQ/s1024/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="670" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-bEfcIhCRrfA/X81i3PkGbpI/AAAAAAAAMVk/Vb8tI6bqjcosKEy8_gI2l-6LXqyIk-5cgCLcBGAsYHQ/w209-h320/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a.jpg" width="209" /></a></div>Título: </b>V de Vingança</div><div style="text-align: left;"><b>Roteiro:</b> Alan Moore</div><div style="text-align: left;"><b>Arte: </b>David Lloyd</div><div style="text-align: left;"><b>Cores: </b>David Lloyd, Steve Whitaker e Siobhan Dodds</div><div style="text-align: left;"><b>Editora: </b>Panini</div><div style="text-align: left;"><b>Páginas: </b>304</div><div style="text-align: left;"><b>Ano:</b> 2012</div><div style="text-align: left;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/36OzAeb" target="_blank">Amazon</a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b></b><blockquote><b>Sinopse: </b><i>"<span style="background-color: white;">Uma poderosa e aterradora história sobre a perda da liberdade e cidadania em um mundo totalitário bem possível, V DE VINGANÇA permanece como uma das maiores obras dos quadrinhos e o trabalho que revelou ao mundo seus criadores, Alan Moore e David Lloyd. Encenada em uma Inglaterra de um futuro imaginário que se entregou ao fascismo, esta arrebatadora história captura a natureza sufocante da vida em um estado policial autoritário e a força redentora do espírito humano que se rebela contra esta situação. Obra de surpreendente clareza e inteligência, V DE VINGANÇA traz inigualável profundidade de caracterizações e verossimilhança, em um audacioso conto de opressão e resistência.</span>"</i></blockquote><i></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span><a name='more'></a></span><br /></div><div style="text-align: justify;">Um mundo futurista repleto de referência literárias e históricas. É assim que "V de Vingança" se apresenta para os leitores. Com alguns de seus contornos sendo delineados por Alan Moore no auge dos seus vinte anos, o enredo no formato que conhecemos foi sendo desenvolvido de forma paulatina e sendimentado por meio da parceria com o David Lloyd.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já nas primeiras páginas somos apresentados a Evey, uma jovem solitária e que está sofrendo os dissabores de não possuir uma família consigo. Na noite do dia 05 de novembro de 1997, em Londres, ela está planejando sair às ruas em busca de dinheiro por meio da prostituição, mesmo essa sendo uma atividade considerada criminosa, já que o seu trabalho na fábrica de munições não está sendo suficiente para custear suas despesas. Sem experiência, ela não consegue fazer uma boa leitura das pessoas à sua volta e acaba abordando um homem-dedo, uma espécie de agente do governo, que, junto com alguns companheiros passam a intimidá-la por meio da insinuação de um possível abuso. No meio dessa agitação surge um homem enigmático, que assassina a maioria dos seus algozes e lhe conduz para um telhado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-LBAzjEOuSig/X87G1FM4HrI/AAAAAAAAMWU/1aojw4paFuAA8bpDXmotY7hIvfX0vJPCwCPcBGAYYCw/s640/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B01.1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="304" data-original-width="640" height="304" src="https://1.bp.blogspot.com/-LBAzjEOuSig/X87G1FM4HrI/AAAAAAAAMWU/1aojw4paFuAA8bpDXmotY7hIvfX0vJPCwCPcBGAYYCw/w640-h304/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B01.1.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ainda atordoada com tudo o que aconteceu, Eve não entende o que ele espera dela, tampouco quais serão seus próximos passos. Todavia, ao ser conduzida para aquele local esmo e ver o parlamento explodir, ela começa a perceber que V não é alguém muito comum. Sozinha e se sentindo grata por ter sido salva, ela o acompanha até a Galeria das Sombras e é inserida pouco a pouco nos enigmas deste homem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E se vocês estiverem pensando que tudo o que eu falei é muita informação, tenho que alertá-los que este é um brevíssimo resumo do primeiro capítulo do primeiro tomo dessa história espetacular. Isso, porque, dividido em "Tomo I - A Europa depois do Reino", onde são apresentados os protagonistas e o plano de V começa a ser descortinado, "Tomo II - Este vil vabaré", com a exploração dos personagens secundárias onde a narrativa se centra em Eve, e "Tomo III - A Terra do faça o que quiser", no qual chegamos ao ápice do clímax e o encerramento brilhante da história, "V de Vingança" é uma história em quadrinhos extremamente densa e repleta de detalhes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-MCEUPQL15pE/X87IawcanyI/AAAAAAAAMWc/tbPD5-GfAWYiQw4h7DmU5SPj87zg8StwACLcBGAsYHQ/s640/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B01.2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="291" data-original-width="640" height="292" src="https://1.bp.blogspot.com/-MCEUPQL15pE/X87IawcanyI/AAAAAAAAMWc/tbPD5-GfAWYiQw4h7DmU5SPj87zg8StwACLcBGAsYHQ/w640-h292/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B01.2.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um dos principais pontos dessa HQ é a maneira como o enredo é construído, já que na vigência de um governo totalitarista, onde os direitos e garantias individuais foram mitigados e deram lugar à diversas imposições governamentais, o Estado controla tudo por meio de uma vigilância constante e uma manipulação massiva do povo - que se intensifica com a destruição de todo acervo histórico e cultural do país.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sabe-se que esse governo se originou após uma guerra nuclear, cuja subsistência da Grã-Bretanha ocorreu tão somente porque ela se desfez dos mísseis que estavam em seu solo, e um conflito entre grupos locais pelo poder após anos de descentralização. Nele, foram estabelecidos alguns ramos para controlar à população, tais como: a cabeça, representada pelo líder, a quem incumbia a tomada de decisões; a boca, caracterizada como sendo a mídia governamental, responsável pelos programas transmitidos na televisão e rádio - e pelo programa diário chamado a Voz do Destino; o nariz, sintetizado pela função investigatória; os ouvidos, órgão composto por agentes que controlavam a "privacidade" das pessoas; e o dedo, espécie de policiais que ficavam nas ruas para denunciar possíveis violações aos códigos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-KtrmWMWZoNQ/X87RR279JxI/AAAAAAAAMWs/bHdYAEiLYi4T-7xeyiu9eQeBKSLkWxZ6QCLcBGAsYHQ/s640/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B03.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="423" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-KtrmWMWZoNQ/X87RR279JxI/AAAAAAAAMWs/bHdYAEiLYi4T-7xeyiu9eQeBKSLkWxZ6QCLcBGAsYHQ/w265-h400/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B03.jpg" width="265" /></a></div><div style="text-align: justify;">Em meio a essa completa destruição da democracia, surge V, um homem dotado não de superpoderes mas sim de habilidades extraordinárias. Ele condensa tudo que o povo precisa para se libertar dos grilhões impostos pelos integrantes do governos, posto que além de uma biblioteca viva, ele é alguém extremamente inteligente e com uma ideal libertário que dificilmente alguém faria oposição. Todavia, se engana quem acha que é fácil decifrar suas motivações, origens e personalidade... Agindo de maneira dúbil, por vezes os seus atos podem ser considerados desnecessários e dotados de extrema frieza, porém, ele foi (literalmente) forjado no fogo, logo, ele não acredita em conceitos abstratos como felicidade e bondade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para mim, ele não é um antiherói. Isto, porque, em que pese ele tomar algumas atitudes questionáveis ao longo da narrativa, em nenhum momento as ações se disvirtuam do seus principais objetivos, que são restituir a liberdade da população e destruir o governo de modo que ele jamais possa se reestabelecer. Além disso, ele se aproveita das fraquezas que constata no próprio sistema, sem, no entanto, se aliar ao governo ou ter dúvidas do seu propósito para só ao final se redimir. Ele é, portanto, um justiceiro anarquista e acredita que a destruição também faz parte do processo de criação, logo, suas insanidades encontram justificativa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como mencionei anteriormente, o V está na busca por destruir o governo. A forma como ele faz isso é bem interessante, pois ele conhece todo o funcionamento dos órgãos e a linha de pensamento dos seus componententes, assim, todas as suas decisões são cirúrgicas na desestabilização da confiança que os agentes governamentais tem no sistema e na descredibilização destes perante o povo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-F1Ovnpm-JJU/X87RUY9OTGI/AAAAAAAAMW8/o2EAmVeIbIY_gCCuJxyKX_Vjdn9i3oqWACPcBGAYYCw/s640/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B04.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="330" data-original-width="640" height="330" src="https://1.bp.blogspot.com/-F1Ovnpm-JJU/X87RUY9OTGI/AAAAAAAAMW8/o2EAmVeIbIY_gCCuJxyKX_Vjdn9i3oqWACPcBGAYYCw/w640-h330/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B04.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para nos mostrar a precisão dos atos deste herói, Alan Moore e David Lloyd também exploram os personagens secundários e desenvolvem algumas narrativas paralelas. Temos desde um agente, que trata muito mal a mulher, e que acaba sendo assassinado trazendo para a esposa uma série de desgraças oriundas das antigas proibições que inviabilizaram o desenvolvimento dela, até de um integrante do governo traído e manipulado pela esposa que vê na crise governamental uma maneira de ascender ao poder.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além disso, é claro, temos o desenvolvimento da própria Evey, que inicia a narrativa com ares de personagem secundária e que vai se firmando como uma verdadeira protagonista. A sua história é triste e ela é submetida à diversos desafios no decurso de sua aproximação com o V, pois a medida em que ela vai se sentindo cada vez mais confortável com a aparente segurança trazida pelo seu protetor, ele busca por maneiras de ensiná-la, de lhe dar conhecimento e de tirá-la da sua zona de conforto. O sentimento de gratidão que ela sente por ele é tamanho que pouco a pouco ela se vê colaborando nos planos de V, porém, essa lealdade acaba esbarrando no seu próprio senso de justiça e moral. Ela é uma personagem grandiosa!</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-laA8NN33M2c/X87gwMcTeOI/AAAAAAAAMXI/OHk866ddkbAuqeLDtlVREPmeen3edb2fwCLcBGAsYHQ/s953/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B-%2BGuy%2BFawkes.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="953" data-original-width="833" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-laA8NN33M2c/X87gwMcTeOI/AAAAAAAAMXI/OHk866ddkbAuqeLDtlVREPmeen3edb2fwCLcBGAsYHQ/s320/V%2Bde%2BVingan%25C3%25A7a%2B-%2BGuy%2BFawkes.jpg" /></a></div>Ressalto que as referências colocadas na história são incríveis, pois iniciam com (muitas) citações de Shakespeare e alcançam a própria concepção do protagonista e do universo em que o enredo se encontra. Há uma abordagem aos horrores da Segunda Guerra Mundial, principalmente ao genocídio das minorias e aos experimentos científicos com humanos, bem como aos acontecimentos que permearam a vida de Guy Fawkes, um soldado católico, cujo rosto está esculpido na máscara de V, que tinha como plano principal mandar os integrantes do governo inglês pelos ares através da explosão do parlamento no dia 05 de novembro de 1605.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Inclusive, essa é uma data muito importante para a HQ, pois tudo começa em 05 de novembro de 1997 e se encerra antes do Natal de 1998. Nesse intervalo de tempo são tantas as coisas que acontecem que o leitor não tem descanso. O ritmo da história é alucinante e os fãs de enredos subversivos certamente irão se deslumbrar com todo o conceito trazido por Moore e Lloyd, seja na complexidade do enredo e na caracterização dos personagens, seja na paleta fria de cores que nos transporta diretamente para aquele fátidico ano libertário que essa Londres ficcional viveu.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Então se você é um fã de histórias como 1984, Fahrenheit 451 e Admirável Mundo Novo, "V de Vingança" não pode, nem deve, ficar de fora das suas leituras. Garanto que mesmo aquele que não está habituado a realizar leituras de histórias em quadrinhos irá se render ao enredo sensacional de Alan Moore. Em suma, brilhante em todos os níveis!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Qs3lQz25ulY/WOphzwAOvlI/AAAAAAAAJjA/JOUwpsJHn3UAqxlljbRvmhE2Yoqq9Ky-gCPcBGAYYCw/s1871/5.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="521" data-original-width="1871" src="https://1.bp.blogspot.com/-Qs3lQz25ulY/WOphzwAOvlI/AAAAAAAAJjA/JOUwpsJHn3UAqxlljbRvmhE2Yoqq9Ky-gCPcBGAYYCw/s320/5.png" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><i></i><blockquote><i>Você pede conhecimento, Eve. É isso que vou passar pra você. Conhecimento como o ar, é vital para a vida. Como o ar, não pode faltar.</i> -<b> Pág. 220</b></blockquote><b></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">--- Isabelle Vitorino ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/13622147191454665365noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-13038573715608536542020-11-28T22:03:00.001-03:002020-11-28T22:04:48.988-03:00Resenha: Olhos D'Água por Conceição Evaristo <div style="text-align: justify;">Com palavras fortes, pesadas, com neologismos, com composições-intensidade e muita sensibilidade, Conceição Evaristo nos traz uma coletânea de 15 contos cheios de poesia sobre o amor, a morte e o cotidiano negro em "Olhos D'Água".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-g-zqeImUMss/X8LsjB5aGjI/AAAAAAAAMU0/YR9axq2N87YyQhunRY_RJwy8IpyLASKqACLcBGAsYHQ/s500/Olhos%2BD%25C3%2581gua.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="333" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-g-zqeImUMss/X8LsjB5aGjI/AAAAAAAAMU0/YR9axq2N87YyQhunRY_RJwy8IpyLASKqACLcBGAsYHQ/s320/Olhos%2BD%25C3%2581gua.jpg" /></a></div><br />Título:</b> Olhos D'Água</div><div style="text-align: justify;"><b>Autora:</b> Conceição Evaristo</div><div style="text-align: justify;"><b>Editora:</b> Pallas</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas:</b> 116</div><div style="text-align: justify;"><b>Ano: </b>2014</div><div style="text-align: justify;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/3fMefVC" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/3333d126f85" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/3339b8f3a63" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Sinopse:</b> <i><blockquote>"<span style="background-color: white;">Em Olhos d’água Conceição Evaristo ajusta o foco de seu interesse na população afro-brasileira abordando, sem meias palavras, a pobreza e a violência urbana que a acometem. Sem sentimentalismos, mas sempre incorporando a tessitura poética à ficção, seus contos apresentam uma significativa galeria de mulheres: Ana Davenga, a mendiga Duzu-Querença, Natalina, Luamanda, Cida, a menina Zaíta. Ou serão todas a mesma mulher, captada e recriada no caleidoscópio da literatura em variados instantâneos da vida?Elas diferem em idade e em conjunturas de experiências, mas compartilham da mesma vida de ferro, equilibrando-se na “frágil vara” que, lemos no conto “O Cooper de Cida”, é a “corda bamba do tempo”. Em Olhos d’água estão presentes mães, muitas mães. E também filhas, avós, amantes, homens e mulheres – todos evocados em seus vínculos e dilemas sociais, sexuais, existenciais, numa pluralidade e vulnerabilidade que constituem a humana condição. Sem quaisquer idealizações, são aqui recriadas com firmeza e talento as duras condições enfrentadas pela comunidade afro-brasileira.</span>"</blockquote></i></span></div><span><a name='more'></a></span><div><br /></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Conceição é mineira, de família pobre, e traduz toda sua vivência e experiência em brilhantes palavras. Escritora, professora e militante ativa pelos movimentos de valorização da cultura negra no Brasil, Conceição Evaristo, desde sua estreia em 1990, tem identidade versátil em sua escrita, e brinca com a ficção, o conto, a crônica e a poesia. "Olhos D'Água", publicado em 2014, foi finalista do Prêmio Jabuti - o mais tradicional prêmio do Brasil - na categoria "Contos e Crônicas".</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Sem pudores para retratar a realidade da população afro-brasileira, violência urbana e desigualdade social, cada conto traz a história fictícia, porém muitíssimo realista, de uma personagem específica. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O conto de abertura, que dá o título ao livro, soa quase como uma memória autobiográfica, mas os detalhes da história evidenciam que não - ou talvez apenas disfarcem. São tantas minúcias da relação mãe e filha que se repetem, à semelhança de um livro de receitas de família passadas adiante herditariamente, assim como os genes da melanina. E logo aqui, já nos deperamos com a temática principal e recorrente: a marginalização e sofrimentos do povo negro.</span></div></span><div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>"Nós, princesas, em volta dela, cantávamos, cantávamos, sorríamos. A mãe só ria de uma maneira triste e com um sorriso molhado... Mas de que cor eram os olhos da minha mãe? Eu sabia, desde aquela época, que a mãe inventava esse e outros jogos para distrair a nossa fome. E a nossa fome se distraía."</blockquote></i></div></div><div><br /></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">"Ana Davenga" fala sobre uma mulher cheia de personalidade, beleza, ginga, amor e sensualidade. O samba faz parte desse conto quase como personagem viva, a dança vive na vida de Ana. Ana adota o sobrenome do amado, Davenga, quande une seus destinos, seu barraco. Todos aqueles em volta de Ana parecem saber seu destino também, no alto do morro da favela, e nada além disso. Restava agora gozar a vida, até que não mais.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O Conto "Duzu-Querença" denuncia a vida na prostituição, alternativa facilmente escolhida contra a mendicância. Abandonada pelos pais na cidade grande - pais em busca de emprego para prover o sustento - a menina vive num bordel e tem ali as suas primeiras experiências sexuais.</span></div></span><div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>"Ele, em cima da mulher, com uma das mais mãos, fazia carinho no rosto e nos seios da menina. Duzu tinha gosto e medo. (...) Ganhou muito dinheiro depois."</blockquote></i></div><div><br /></div><div>A história de "Maria" acontece dentro de ônibus. A chocante narração de uma mulher que encontra com um ex-companheiro ao tomar a condução com as compras retrata muito do que acontece com a mulher e o homem negro onde quer que ele for: ser morto por um crime que não é seu. O único crime de Maria foi se encontrar acidentalmente com o homem que um dia amou, pai de um filho seu.</div></div><div><br /></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Temas tabu, como o aborto, também são retratados. Mais comum do que tentam nos fazer imaginar. "Quantos filhos Natalina teve?" reflete sobre uma mulher que vive sua quarta gravidez. A pobreza, falta de instrução e de educação sexual, a violência e o abuso mostram a situação de uma mulher que desde os 14 anos viveu gravidezes indesejadas, e os danos psicológicos acumulados. O desfecho inesperado e cruel extremamente marcantes escancaram terríveis realidades.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Uma mulher em busca de amor e na luta pela guarda dos filhos é a história de "Salinda"; "Luamanda" descobre-se a si e a sua sexualidade. Em "O Cooper de Cida", a correria da vida para nas praias de Copacabana para contemplar o mar.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O fortíssimo conto "Zaíta esqueceu de guardar os brinquedos" nos traz mais ainda da violência na favela, onde uma criança é vítima de bala perdida num tiroteio. A problemática da estrutura familiar também faz parte do enredo, gritando sobre o desespero de famílias desestruturadas, mães solteiras, crianças sem pai. A inocência aqui é completamente aniquilida pelos horrores do mundo real.</span></div></span><div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>"Os moradores do beco onde havia acontecido o tiroteio ignoravam os outros corpos e recolhiam só o da menina. Naíta demorou um pouco para entender o que havia acontecido. E assim que se aproximou da irmã, gritou, entre o desespero, a dor, o espanto e o medo (...)"</blockquote></i></div></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar de focar em personagens femininas, temos alguns protagonistas masculinos também. "Di Lixão" está a beira da morte. "Lumbiá" é um exímio vendedor de flores, mas que as troca por chiclete por causa do lucro. Em "Os amores de Kimbá" mais uma vez falamos da sexualidade negra, o que acaba se tornando um fetiche objetificador do corpo preto. Aqui, Kimbá é um jovem que sonha em sair da favela, com uma vida diferente. "Ardoca" comete suicídio por não mais aguentar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Provavelmente conto de maior destaque do livro, "A gente combinamos de não morrer" traz três personagens principais: Dorvi, Bica e Dona Esterlinda. A família lida com o medo, a sobrevivência, a honra, a violência, a morte, o amor, o casamento, os filhos, irmãos, esperanças...</div><div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>"Deve haver uma maneira de não morrer tão cedo e de viver uma vida menos cruel. (...) Minha mãe sempre costurou a vida com fios de ferro. (...) Deve haver outros caminhos, saídas mais amenas."</blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Pra concluir, "Alowuya, a alegria do nosso povo", brinca com o idioma Iorubá e traz um pouco de leveza para um apanhado de histórias fortes e chocantes, com a mensagem de esperança por dias melhores. </span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">As palavras de Conceição Evaristo são mais do que arrebatadoras. São viscerais. E a realidade pode ser ainda mais férrea do que em seus contos. Mas a esperança permanece, o povo negro permanece. Isso não pode ser dito levianamente, não se pode esquecer da história e do sofrimento da gerações e mais gerações de um povo. Esperança é busca, luta e construção. Esse conjunto de contos é uma grande denúncia em forma de arte, e a sua beleza reside na resistência. E nesse mês, convido-os à leitura e a reflexão.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>"E quando a dor vem encostar-se em nós, enquanto um olho chora, o outro espia o tempo procurando a solução."</blockquote></i></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">--- Lorena Macêdo ---</div>Lorena Macêdohttp://www.blogger.com/profile/09940430314510511458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-72887864505252215002020-11-21T20:50:00.000-03:002020-11-21T20:50:07.690-03:00Resenha: Aimó por Reginaldo Prandi<div style="text-align: justify;">Se existissem contos de fadas na cultura negra, com toda a certeza "Aimó: Uma viagem pelo mundo dos Orixás" seria um deles. E nessa semana em que comemoramos a Consciência Negra, que forma melhor de celebrar nossa herança africana do que falando sobre a maravilhosa mitologia dos Orixás? Essa é a proposta de "Aimó", escrito por Reginaldo Prandi: trazer com leveza e dinamismo o entendimento do mundo dos Orixás, e quebrar o tabu construído em volta da belíssima mitologia Iorubá.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-JADO7-N3cIk/X7mepvnLjUI/AAAAAAAAMUI/fZaeZ5ndTbEnqbCNXlYYOI-BMpYQ2iqyQCPcBGAYYCw/s2048/Aim%25C3%25B3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1404" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-JADO7-N3cIk/X7mepvnLjUI/AAAAAAAAMUI/fZaeZ5ndTbEnqbCNXlYYOI-BMpYQ2iqyQCPcBGAYYCw/s320/Aim%25C3%25B3.jpg" /></a></div>Título: </b>Aimó</div><div style="text-align: justify;"><b>Autor: </b>Reginaldo Prandi</div><div style="text-align: justify;"><b>Editora: </b>Seguinte</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas:</b> 258</div><div style="text-align: justify;"><b>Ano: </b>2017</div><div style="text-align: justify;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/35WNR8t" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/32685403b5a" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/3260294641e" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><b></b><blockquote><b>Sinopse:</b> <i>"Imagine se encontrar, de uma hora para a outra, em um mundo totalmente desconhecido onde você não conhece ninguém e ninguém demonstra saber quem você é. É o que acontece com uma menina nascida na África e levada para o Brasil para ser escrava, e que de repente acorda em um lugar estranho, habitado pelos deuses orixás e pelos espíritos dos mortos que aguardam o momento de seu renascimento. Ela não sabe mais o próprio nome nem lembra de sua família — está sozinha e não tem a quem pedir socorro. Por isso, aliás, ganha o nome Aimó, "a menina que ninguém sabe quem é". Tudo o que ela quer é retornar ao seu mundo de origem, mas para tornar isso possível, Aimó vai partir em uma longa jornada através dos tempos mitológicos, guiada por Exu e Ifá, e vai acompanhar de perto muitas aventuras vividas pelos orixás. Só assim poderá reunir o conhecimento necessário para fazer uma escolha que lhe permita, enfim, voltar para casa."</i></blockquote><i></i></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Reginaldo Prandi é professor de sociologia da USP e um dos maiores estudiosos da cultura afrobrasileira. Entre seus diversos livros publicados, um dos seus grandes sucessos foi o livro "Mitologia dos Orixás", que traz centenas de mitos da cultura Iorubá e suas ilustres deidades antepassadas. "Aimó" é criado a partir desse livro, mesclando toda a tradição com uma fábula fictícia que conta a história da menina esquecida, chamada "Aimó".</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Um dos mais incríveis recursos utilizados pelo escritor nessa "contação de histórias" foi a utilização dos 'Odus'. Segundo a tradição Iorubá, tudo que acontece em nossas vidas é uma repetição do que já aconteceu um dia em histórias vividas pelos Orixás. Os Odus são os capítulos que identificam cada uma dessas histórias; no jogo de Búzios ou no Oráculo de Ifá, os Odus são representados. E cada Odu, dentre um total de 16, reúne um grupo de Mitos e Orixás relacionados. No final do livro, encontramos explicações mais detalhadas sobre esse tema. E, não por acaso, a história de "Aimó" possui 16 capítulos, cada um contando mitos de Orixás correspondentes aos seus Odus. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E para começar, o primeiro capítulo, o primeiro Odu, "A menina Esquecida", introduz a história da pequena Aimó. Perdida no Orum, o mundo dos Espíritos, Aimó descobre que não é capaz de voltar para o mundo dos Vivos, a Terra, o Aiê, porque foi esquecida. Não existem memórias suas no mundo dos vivos para que ela possa retornar. E para sair dessa prisão, ela precisará da ajuda dos Orixás.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aimó, depois de encontrar Olorum - o Orixá primordial, que criou os outros Orixás -, Ifá - o Orixá dos Oráculos, contador de histórias - e Exu - o Orixá mensageiro, da transformação - descobre que, em vida, foi levada de sua terra natal, num país africano, para o Brasil como escrava, após toda sua família ser morta. O tema escravidão é pincelado por diversas vezes no livro, mencionando seus horrores e o sofrimento da população negra africana sequestrada, escravizada e enviada para o Brasil dentro dos 'navios negreiros'. Essa sendo uma forma de nos lembrar como o nosso país foi construído e como foi a vida dos nossos antepassados - ainda hoje, mais de 50% da população brasileira é declaradamente negra, ou seja, descendente daquele povo.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">O costume Iorubá atribuía a cada família um Orixá, baseado na sua ascendência, já que os Orixás representam deuses que um dia já foram vivos nesta Terra. Então o Orixá regente de uma pessoa, aquele que o representa e o protege, normalmente seria passado hereditariamente. Mas Aimó não sabe seu nome de viva, nem de que familia veio, então ela não tem um Orixá regente. Aqui, vemos uma referência ao como o candomblé e a umbanda se estabeleceu no Brasil, onde não era possível descobrir a ascendência das famílias, então os praticantes da religião recebiam a ajuda de mães e pais de santo para descobrir seu Orixá regente. Para voltar à Terra, Aimó precisará de um Orixá regente - no seu caso específico, uma Orixá mulher, uma Aiabá. Não tenho certeza do motivo do autor pela escolha de uma Orixá Feminina, mas em vários momentos Aimó pede por sua mãe, o que indica uma decisão de afinidade, de preferência, como se a garota fosse escolher um modelo materno para se inspirar, de qualquer forma. E a jornada de Aimó se inicia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com a ajuda de Ifá e Exu, a garota viaja pelo mundo dos Espíritos para conhecer os mitos dos Orixás e escolher sua nova mãe. Durante sua viagem, entedemos também o sistema de oferendas que se costuma fazer para cada Orixá; também entendemos que, diferente de muitos deuses e deusas de diversas religiões, estes foram humanos um dia, e sua características, personalidades, qualidades e defeitos permanecem. Os Orixás não são seres perfeitos e inatingíveis, são seres muitos semelhantes a nós, porém dotados de forças e poderes diferenciados, recebidos por mérito para ajudar a humanidade.</div><br /><i><blockquote>"Presos à cintura, ela usava cinco lenços transparentes e esvoaçantes, e só. <br />Tinha o cabelo preso no alto da cabeça por fios de conta de vidro, os pés descalços, os braços carregados de pulseiras de ouro e de cobre. <br />Colares de peças miúdas de cerâmica, miçangas de louça e seguis de cristal preenchiam o vão entre seus seios nus e empinados. <br />Oxum dançava agora, já não caminhava mais."</blockquote></i><br /></div><div><div><div><div>A primeira Aiabá conhecida por Aimó é Oxum, Orixá do amor, da vaidade e da fertilidade, quando ela presencia a história de como ela trouxe Ogum de volta para o seu povo, atraindo-o de seu exílio com sua beleza. A segunda foi Euá, senhora dos segredos e das fontes, e Aimó conhece a Orixá através do conto onde ela engana a morte para salvar Orunmilá, outro nome para Ifá, e engravida dos gêmeos Ibeji. <br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><blockquote><i>"Euá agarrou sua cabacinha de segredos, fez cara de indiferente e recebeu a morte sem demonstrar medo nem desgosto."</i></blockquote></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em cada mito contado, nos deparamos com caracteristicas bastante humanas, como a luxúria. Não existem reprimendas a essas questões, a sexualidade é tratada com extrema naturalidade, como de fato deveria ser.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aimó prossegue com Ifá e Exu ao seu lado, assistindo a cada história contada como se estivesse acontecendo diante de si. E assim ela conhece Iansã, a Orixá considerada hoje protetora do feminismo, deusa do vento, do raio, das tempestades, aquela que carrega os espíritos para o outro lado, para renascer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><i></i></div><div style="text-align: justify;"><i></i></div><i><blockquote>"De um reino ao outro seu sopro percorria uma grande distância e chegava à forja e aviva o fogo.<br />E Ogum fabricava armas.<br />Quando a guerra ficava mais acirrada e a demanda de armamento aumentava, Iansã soprava mais forte."</blockquote></i><div style="text-align: justify;"><i></i></div><div style="text-align: justify;"><i></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Conhecendo a história Iansã e Xangô, no entanto, Aimó acaba passando por um situação inusitada, e com sua mania de acender tudo muito vivamente em sua cabeça, acaba por imaginar que causa um incêndio no reino de Xangô. A garota fica muito abalada e adoece.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Ifá e Exu levam a garota para Iemanjá, onde pela primeira vez Aimó interage como uma das Aiabás, a Orixá provavelmente mais popular no Brasil, deusa do mar, da maternidade e cuidadora do equilíbrio emocional, considerada mãe dos Orixás e de toda a humanidade. Lá eles contam com a ajuda também de Ossaim.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i></i></div><i><blockquote>"Olorum não teve duvida:<br />nomeou Iemanjá mãe da cabeça de toda a humanidade.<br />E não há lugar no mundo<br />em que seu nome hoje não seja venerado. "</blockquote></i><div style="text-align: justify;"><i></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Finalmente curada, a viagem prossegue, sendo que Aimó fica cada vez mais indecisa diante de tantas Aiabás incríveis e de personagens distintas. Ela conhece ainda mitos sobre Obá, a Orixá dos serviços domésticos, e Nanã, deusa da lama, senhora da sabedoria, além de diversos outros Orixás masculinos e também os sem sexo, ou que podem ser homem e mulher ao mesmo tempo.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Chegada a data marcada, com todos os Orixás reunidos, Aimó deve fazer sua escolha para voltar à vida na Terra. A garota, mais inteligente e entedida, depois de tudo que ouviu e presenciou finalmente faz a sua esperada passagem para o Aiê.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Após a leitura, uma nota do autor finaliza explicações, e os apêndices de glossário de termos em Iorubá, nome dos Orixás principais e esquema do Oráculo fecham com chave de ouro. "Aimó" é um belíssimo resgate cultural afrobrasileiro, e possui grande potencial para iniciar pessoas à cultura Iorubá e do Candomblé, desmistificando preconceitos e imagens negativas, e transformando tudo isso num incrível "conto de Orixás".</div><br /><i><blockquote>"Nesses momentos de alegria e veneração, homens e mulheres e seus pais e mães Orixás<br />comemoram a reunião do Orum com o Aiê. Enquanto dura o toque dos tambores,<br />o mundo dos Orixás e o mundo dos humanos, o Céu e a Terra, <br />tornam-se de novo um mundo só."</blockquote></i><div style="text-align: justify;"><i></i></div></div><div><br /></div><div style="text-align: center;">--- Lorena Macêdo ---</div></div></div></div>Lorena Macêdohttp://www.blogger.com/profile/09940430314510511458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-83051761353830187672020-11-13T21:00:00.002-03:002020-11-14T06:31:07.220-03:00Resenha: O Mistério da Estrela - Stardust por Neil Gaiman<div style="text-align: justify;">Em 10 de novembro de 2020 Neil Gaiman comemorou seus 60 anos de idade. Sendo um dos escritores responsáveis pela minha paixão por livros, eu não poderia deixar de trazer um texto sobre um dos meus livros favoritos: Stardust.</div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-gNhKkg3cPdA/X2BgpxyKeHI/AAAAAAAAAlM/YoEWyBp5B8YQHiWH0c0shgyO6bgPrxwXQCLcBGAsYHQ/s1600/O%2BMist%25C3%25A9rio%2Bda%2BEstrela.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="333" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-gNhKkg3cPdA/X2BgpxyKeHI/AAAAAAAAAlM/YoEWyBp5B8YQHiWH0c0shgyO6bgPrxwXQCLcBGAsYHQ/s320/O%2BMist%25C3%25A9rio%2Bda%2BEstrela.jpg" width="213" /></a></div>
<b>Título:</b> O Mistério da Estrela - Stardust<br />
<b>Autor:</b> Neil Gaiman<br />
<b>Editora:</b> Rocco<br />
<b>Ano: </b>2008<br />
<b>Páginas: </b>280<br />
<b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/3bXlFDw" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2593c36c7d4" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2594312cce1" target="_blank">Submarino</a><br />
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<b>Sinopse:</b> <i>"Tristran ama a jovem mais bela do vilarejo de Muralha. Para ser correspondido, ele atende aos caprichos da moça e lhe faz uma promessa quase impossível de cumprir. Uma estrela cadente que ambos veem cair do céu valerá a mão de Vitória em casamento. A determinação de trazer a estrela para o vilarejo fará com que o rapaz burle todas as regras e siga para a Terra Encantada, onde supostamente a estrela está. Então, Tristran se vê cercado por piratas voadores, gnomos guerreiros, bruxas esquisitas e sedentas por beleza e princesas do mal. Um mundo de magia está diante dele e tem início um conto de fadas surpreendente e nada convencional. Neste lugar, os caminhos podem ser belos e sombrios, tristes e alegres, suspeitos e óbvios, mas sempre cheios de segredos. E todos, não só Tristran, estão em busca daquela que parece guardar a solução para todos os problemas do reino mágico. Acontece que a estrela está triste e sem esperança. O maior desafio do jovem apaixonado, então, será fazer a estrela brilhar novamente. Eis a trama do conto de fadas moderno O mistério da estrela - Stardust, do cultuado escritor e quadrinista inglês Neil Gaiman, autor do premiado juvenil Coraline e do infantil Os lobos dentro das paredes. A publicação recupera o texto em prosa que deu origem à famosa história em quadrinhos, que chegou às telas do cinema em 2007, com estrelas como Claire Danes, Michelle Pfeiffer, Robert De Niro e Sienna Miller no elenco."</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a><br />
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</div>
Em um pequeno vilarejo chamado Muralha, vivia um jovem chamado Dunstan Thorn. Assim como todos os que habitavam esse pequeno lugar, ele sabia que não era permitida a passagem Para Lá da Muralha. A não ser, é claro, durante a Feira Encantada que ocorria a cada nove anos. Dunstan tinha uma vida pacata e sem grandes aventuras, mas era um rapaz trabalhador, honesto e gentil, assim, ele vai até a feira sem grandes expectativas, apenas observava os fantásticos itens postos à venda e pensava em comprar um presente para Daisy. No entanto, ele segue um som misterioso e conhece uma bela mulher que o deixa totalmente deslumbrado. Alguns meses depois, um bebê é deixado dentro de um cesta no limite da Muralha com um bilhete onde estava escrito "Tristran Thorn".<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Ad3OX-3J7iA/X2BnBso6zNI/AAAAAAAAAlo/BJz0FTRB0x8cmpqqd9piiMGrHxzhtljJACLcBGAsYHQ/s320/Stardust%2B-%2BCharles%2BVess%2B03.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="246" data-original-width="320" height="492" src="https://1.bp.blogspot.com/-Ad3OX-3J7iA/X2BnBso6zNI/AAAAAAAAAlo/BJz0FTRB0x8cmpqqd9piiMGrHxzhtljJACLcBGAsYHQ/s640/Stardust%2B-%2BCharles%2BVess%2B03.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Feira Encantada por Charles Vess</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Tristran Thorn era um jovem atrapalhado e um pouco azarado, mas que sempre tivera a certeza de que Victoria Forester era a mulher da sua vida. Com dezessete anos e, ainda um pouco desengoçado, ele trabalhava como ajudante em um armazém e sonhava acordado com o dia em que Victoria lhe daria uma chance, por isso quando ela aceita que ele a acompanhe até em casa, ele não perde a oportunidade de tentar convencê-la disso. Para provar o quão seriamente comprometido ele estava, ele tece juras e promessas à sua amada, que, divertidamente, aceita a sua proposta de lhe trazer uma estrela que acabara de cair em troca de qualquer coisa que ele desejasse. Assim, Tristran segue Para Lá da Muralha em busca da estrela caída.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-1opGzAQo1ng/X2BrqYoMqJI/AAAAAAAAAmE/jUX8OeFTtTk8bW7gZHh5IwNKNx7IR9hDwCLcBGAsYHQ/s1600/Stardust%2B-%2BCharles%2BVess%2B02.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="566" data-original-width="400" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-1opGzAQo1ng/X2BrqYoMqJI/AAAAAAAAAmE/jUX8OeFTtTk8bW7gZHh5IwNKNx7IR9hDwCLcBGAsYHQ/s400/Stardust%2B-%2BCharles%2BVess%2B02.jpg" width="282" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Yvaine/Estrela por Charles Vess</td></tr>
</tbody></table>
"O Mistério da Estrela" é daqueles livros extremamente difíceis de se falar sobre ele em virtude da profusão de acontecimentos que permeiam cada página. Isso, porque, apesar da narrativa estar focada na jornada de herói vivenciada por Tristran, há outros dois núcleos bem interessantes que se desenvolvem de forma paralela, mas que rumam para o mesmo ponto central: o resgate da estrela. Um desses núcleos está centrado na corrida pela coroa da Fortaleza Tempestade vivenciada por três irmãos inescrupulosos após o pai se desfazer do colar, que dá ao seu portador os domínios do lugar, antes de falecer. Já o outro, volta-se para as irmãs Lilim, rainhas das bruxas e adeptas da magia negra, que desejam o coração da estrela para serem jovens novamente.<br />
<br />
Narrado em terceira pessoa, Gaiman convida os leitores a acompanhar cada um desses personagens na busca pela estrela. Em seu conto de fadas para adultos, não há espaço para as suavizações que geralmente se encontram nesse tipo de texto na atualidade, de modo que a sua obra se aproxima muito da narrativa mais crua que encontramos nas histórias originais escritas por nomes como os Irmãos Grimm. Há cenas de sexo e violência explícita, de modo que por mais que tenha sido uma história difundida pelo cinema como adequada para crianças, não é uma obra aconselhável para esse nicho. A partir dessas informações, imagino que vocês devem ter notado que há algumas diferenças bem acentuadas entre o livro e o filme. E isso de fato acontece. Eu que conheci primeiro a adaptação, tive surpresas reiteradas durante a leitura, já que não só personagens foram retirados, inseridos ou modificados, como também o próprio desfecho foi alterado.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-3-BuOb_QSu8/X2BviTvZk2I/AAAAAAAAAmg/f1LONpgiI80tuzlA4WwJEAbBZE1mxqHYwCLcBGAsYHQ/s1600/Stardust%2B-%2BCharles%2BVess%2B01.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1100" height="464" src="https://1.bp.blogspot.com/-3-BuOb_QSu8/X2BviTvZk2I/AAAAAAAAAmg/f1LONpgiI80tuzlA4WwJEAbBZE1mxqHYwCLcBGAsYHQ/s640/Stardust%2B-%2BCharles%2BVess%2B01.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tristran e Yvaine encontram o unicórnio por Charles Vess</td></tr>
</tbody></table>
<br />
Apesar das diferenças serem bastante significativas, enxergo o livro e o filme como complementares. O tom fantástico e onírico de Neil Gaiman dificilmente conseguiria se encaixar em uma adaptação cinematográfica, assim, as mudanças realizadas foram críveis e tornaram a história fluída o suficiente para agradar ao público. É certo que o tom mais linear da obra pode não agradar a todos os leitores, principalmente aqueles que buscavam algo similar ao que foi entregue no filme, porém, entendo que sendo um conto de fadas voltado para o público adulto e focado no desenvolvimento do protagonista, é uma história completa, melancólica e irônica - algo muito característico do autor.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-uw22zIBENEQ/X2ByzFfTF6I/AAAAAAAAAm8/bwUsrdgbFKwsRCCzUiPNbu9i6ONu4KKuACLcBGAsYHQ/s1600/Stardust%2B-%2BCharles%2BVess%2B04.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="654" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-uw22zIBENEQ/X2ByzFfTF6I/AAAAAAAAAm8/bwUsrdgbFKwsRCCzUiPNbu9i6ONu4KKuACLcBGAsYHQ/s400/Stardust%2B-%2BCharles%2BVess%2B04.jpg" width="326" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tristran e Yvaine por Charles Vess</td></tr>
</tbody></table>
Para além da incontestável beleza da história e da escrita de Gaiman, gostei da forma como ele trabalhou os seus personagens. Os protagonistas possuem pontos muito bem definidos em sua personalidade e isso fica evidente a todo o momento. Yvaine é uma das personagens mais encantadoras que acompenhei, pois além de forte e determinada, ela não esconde a sua natureza. Por outro lado, Tristran chega a ser irritante em alguns momentos por causa da sua obstinação com a Victoria - ignorando completamente que a estrela é uma pessoa e não uma coisa -, mas que evolui bem ao ponto de se torna um bom herói. No entanto, não foram esses os meus personagens favoritos, mas sim o pai do nosso mocinho, o Dunstan. Ele que foi o precursor da confusão entre mundos, era alguém que eu gostaria de ter lido mais sobre, porém, ele acabou sumindo na narrativa - o que foi bem triste.<br />
<br />
Falar de "O Mistério da Estrela" é como falar de um velho amigo: eu gosto e me faz bem. Esse é o tipo de obra que eu indicaria facilmente para qualquer leitor que gosta de fantasia e de narrativas com elementos mágicos, posto que a escrita visual de Neil Gaiman é incapaz de decepcionar quem o leia. Conforme mencionei anteriormente, quem estiver à procura de uma história muito similar ao filme irá de deparar com diferenças que podem não agradar, porém, se você for de coração aberto certamente terá uma experiência incrível e encantadora. É daqueles livros que nascem de uma ideia fantástica e que se desenvolve tão bem que, ao final, queremos permanecer um pouco mais naquelas páginas só para estar mais perto da Muralha e de sua magia.<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-qQa9CSFGGjQ/XgE127A-HFI/AAAAAAAAAWw/YAI13m3SiD8MeBLKdlZUrqiSAO7nVbHlwCPcBGAYYCw/s1600/5.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="446" data-original-width="1600" height="89" src="https://1.bp.blogspot.com/-qQa9CSFGGjQ/XgE127A-HFI/AAAAAAAAAWw/YAI13m3SiD8MeBLKdlZUrqiSAO7nVbHlwCPcBGAYYCw/s320/5.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<i>– Não é difícil possuir uma coisa. Ou tudo. Você só precisa saber que ela é sua e depois estar disposto a se desapegar dela.</i></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<b>Esse livro foi lido para a categoria "virou filme/série" do <a href="https://www.mundodoslivros.com/2020/01/desafio-literario-mundo-dos-livros.html" target="_blank">Desafio Literário Mundo dos Livros</a>.</b><br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
--- Isabelle Vitorino ---</div>
Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/04905255803771506743noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-49729745673096230532020-11-06T18:22:00.000-03:002020-11-06T18:22:13.853-03:00Resenha: A Mercadoria Mais Preciosa - Uma Fábula por Jean-Claude Grumberg<div style="text-align: justify;">
Ler sobre o Holocausto é sempre um misto de dor e de reflexão. Em "A Mercadoria Mais Preciosa", o escritor francês Jean-Claude Grumberg conseguiu acrescentar o surpreendente elemento da delicadeza.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-HlD1aCjSCjA/X2BGTeb-s_I/AAAAAAAAAjw/jHyFY1hj2GUeGrWaUWg0IA1JgTJs6qd_QCLcBGAsYHQ/s1600/A%2BMercadoria%2BMais%2BPreciosa.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1228" data-original-width="810" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-HlD1aCjSCjA/X2BGTeb-s_I/AAAAAAAAAjw/jHyFY1hj2GUeGrWaUWg0IA1JgTJs6qd_QCLcBGAsYHQ/s320/A%2BMercadoria%2BMais%2BPreciosa.jpg" width="211" /></a></div>
<b>Título:</b> A Mercadoria Mais Preciosa - Uma Fábula<br />
<b>Autor:</b> Jean-Claude Grumberg<br />
<b>Editora:</b> Todavia<br />
<b>Ano: </b>2019<br />
<b>Páginas: </b>80<br />
<b>Onde comprar: </b><a href="https://amzn.to/2E4yNuc" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/259c55158b8" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2593dd7c4a7" target="_blank">Submarino</a><br />
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<b>Sinopse:</b><span style="font-family: inherit;"><i> "Um casal de lenhadores observa, diariamente, comboios atulhados de gente passarem diante de seus olhos. Ingênua, a mulher sempre espera por um aceno ou mesmo um presente. Para onde vão essas pessoas?, ela se pergunta. Até que alguém joga o presente que ela jamais pensou receber: um bebê. Neste breve relato, o autor, à maneira das fábulas, fala de um dos capítulos mais tenebrosos da história da humanidade: a deportação de milhões de judeus para os campos de concentração nazistas."</i></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">O Lenhador e a Lenhadora vivem em um Bosque onde a fome é uma dor constante, mas da qual eles já estavam habituados. Sonhadora, a Lenhadora observa dia após dia os comboios de trens passarem próximo ao lugar em que habita. Lá, ela acena, grita e espera que quem quer que esteja ali, a presenteie com algo que certamente será fantástico. Com o sonho de ser mãe, mas sem nunca conseguir realizá-lo, a Lenhadora apenas fica às margens e espera.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Ela não sabe, mas dentro das locomotivas pessoas estão sendo transportadas. Elas rumam para um destino aterrador pelo simples fato de serem quem são. Há idosos, homens, mulheres e crianças, inclusive, bebês. E enquanto eles aguardam pelo fim trágico, eles sentem fome e medo. Assim, movido pelo desespero de mudar, nem que seja um pouco as coisas, um pai enrola um dos seus filhos gêmeos em uma echarpe e o lança por sobre o trem em direção ao Bosque. A Lenhadora recebeu seu presente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
"A Mercadoria Mais Preciosa" é daqueles livros que o leitor já inicia com um certo incômodo. Afinal, não há como acompanhar menções aos terríveis atos perpetrados durante a Segunda Guerra Mundial sem sentir certo nível de dor. Descrito como uma fábula, a obra traz ares de fantasia e um claro intuito de concluir com algum pensamentos sobre os valores basilares para se viver em sociedade. Assim, mesmo sendo apresentado em pouquíssimas páginas, o livro não só traz promessas para o leitor, como também as cumprem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A maneira ágil e direta com a qual Grumberg desenvolve o seu texto é quase crua. Enquanto lia, senti a fome do pobre casal de lenhadores, a aflição dos judeus, o medo daqueles que já sentiram na pele o terror da guerra, mas também senti a esperança brotar com a nova chance dada a uma bebê que encontraria um destino cruel se continuasse no trem. Acerca deste ponto, destaco a forma incrível que a maternidade foi retratada na obra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso, porque, o escritor aponta toda a força de uma mãe para salvar a sua filha independente de ter com ela laços consanguíneos. Em seu texto, não há espaço para afastamentos emocionais, logo somos envolvidos pela forma de lutar de uma mulher de meia-idade que foi agraciada com a realização do seu desejo mais profundo e que não aceitará perdê-la, seja para a fome, seja para o ódio que alcança até mesmo o Bosque gelado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Discordo com a classificação de que esse livro seja para todas as idades, pois mesmo que a criança em questão tenho acesso pleno ao contexto histórico da narrativa, ainda assim há cenas fortes e chocantes, que, apesar de não ser um retrato biográfico aponta para situações que de fato poderiam ter acontecido em uma situação similar, assim, aconselho aos adultos que leiam e avaliem se o jovem leitor já está preparado para encarar essa leitura. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não obstante, é inconteste que "A Mercadoria Mais Preciosa" é uma obra que além de ser lida, deve ser refletida, pois mesmo que por meio de um texto curto, Grumberg conseguiu renovar em mim todos os sentimentos que sempre se manifestam quando estou diante da maldade humana, sendo, o principal deles, o desejo feroz de que algo tão terrível jamais volte a acontecer. Por fim, indico este livro principalmente para aqueles que estão iniciando as leituras sobre o fator humano na Segunda Guerra Mundial, já que traz elementos suficientes para instigar uma pesquisa mais aprofundada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-iEB2s8kUVx0/XvtY6IiZugI/AAAAAAAAAh8/VQAnFOF0k4oP_wORsLaxsKaHr084Y0SqwCPcBGAYYCw/s1600/4%252C5.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="1600" height="89" src="https://1.bp.blogspot.com/-iEB2s8kUVx0/XvtY6IiZugI/AAAAAAAAAh8/VQAnFOF0k4oP_wORsLaxsKaHr084Y0SqwCPcBGAYYCw/s320/4%252C5.png" width="320" /></a></div>
<blockquote class="tr_bq">
<i>O amor que faz com que, apesar de tudo o que existe, e de tudo o que não existe, o amor que faz com que a vida continue.</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Esse livro foi lido para a categoria "conheceu em um blog/canal literário" do <a href="https://www.mundodoslivros.com/2020/01/desafio-literario-mundo-dos-livros.html" target="_blank">Desafio Literário Mundo dos Livros</a>.</b></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;">--- Isabelle Vitorino ---</span></div>
</div>
Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/04905255803771506743noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-47234922486483605612020-10-30T21:00:00.001-03:002020-10-30T21:00:08.179-03:00True Crime: Marcelo Costa de Andrade - o vampiro de Niterói<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-b3a3LUaY1jU/X5yUPY1AcNI/AAAAAAAABBM/YSrX-kcpLjoyHz2q9-of2_-j6CgTKX8qACLcBGAsYHQ/s1747/Marcelo%2BCosta%2B-%2BBlog.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-b3a3LUaY1jU/X5yUPY1AcNI/AAAAAAAABBM/YSrX-kcpLjoyHz2q9-of2_-j6CgTKX8qACLcBGAsYHQ/w640-h454/Marcelo%2BCosta%2B-%2BBlog.png" width="640" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Niterói, Rio de Janeiro, 1991. Dois irmãos (11 e 6 anos), de família humilde, saem de casa com a finalidade de conseguirem algum alimento na rua, e no meio do caminho, encontram com um estranho que lhes ofereceu pão e fez uma proposta para que vendessem velas no altar de São Jorge por 3 mil cruzeiros. As crianças aceitaram e ficaram felizes em finalmente ver uma alma boa disposta a ajudá-los. Mas o caminho trilhado por esse estranho não dava para o altar de São Jorge, mas sim para uma tubulação de esgoto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Lá, o homem se apresentou com o nome de Marcelo e encurralou as duas crianças, forçando-as a entrar na tubulação. Marcelo bateu violentamente no menino mais novo, o sodomizou e largou seu corpo já sem vida em uma poça d’água. O irmão mais velho não conseguiu nem olhar para o lado de tanto medo que sentia. O homem o convidou para morar com ele e disse que se ele tentasse fugir ou gritar seria morto, então a criança não viu alternativa a não ser seguir Marcelo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span><a name='more'></a></span><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Marcelo o levou até seu local de trabalho (era panfleteiro), e o deixou sentado em um canto na rua. O menino ao se ver sozinho conseguiu fugir e chegar em casa. Mas não falou a verdadeira história para a mãe, disse apenas que seu irmão havia se perdido, no entanto, sua irmã mais velha notou que havia algo errado e depois de muita insistência tirou a verdade do menino. Após alguns dias, o corpo da pequena criança foi encontrado no Instituto Médico Legal com escoriações por todo corpo, com evidências de ataque sexual. A causa da morte foi asfixia por afogamento.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ri_UdNzzC7g/X5yUcXSI8HI/AAAAAAAABBQ/93-ZdnXKSFonaG_yvC_cFE02toAUyYCLQCLcBGAsYHQ/s1080/Marcelo%2BCosta%2B-%2BCuriosidade.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-ri_UdNzzC7g/X5yUcXSI8HI/AAAAAAAABBQ/93-ZdnXKSFonaG_yvC_cFE02toAUyYCLQCLcBGAsYHQ/s320/Marcelo%2BCosta%2B-%2BCuriosidade.png" /></a></div>No início do ano de 1992 Marcelo Costa de Andrade foi preso em seu local de trabalho. </span><span style="font-family: inherit;">Na delegacia ele confessou todos os crimes anteriores a este, e os justificou com a religião, disse que “crianças mortas de forma violenta ganhariam o reino dos céus” e que, segundo seu pastor, as que morriam antes dos 13 anos iriam diretamente para o céu.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Marcelo teve uma infância e juventude marcadas com características que já demonstravam um possível futuro tenebroso. Pai com problemas com álcool, aos 5 anos foi morar com os avós, gostava de maltratar animais, foi estudar em colégio interno e fugiu logo em seguida. Era abusado sexualmente por adultos e aprendeu a ganhar dinheiro se prostituindo. Passava por longos períodos na rua, foi internado na Febem e Funabem várias e várias vezes. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Os crimes se iniciaram em 1991, e os atrativos para as crianças eram sempre os mesmos: comida, doces ou dinheiro. Num período curto de 9 meses, Marcelo matou 13 meninos de maneira brutal e cruel. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-jBPM3Taqpoc/X5yU37KgVRI/AAAAAAAABBk/NIUs3_2DMO44BG4aR9RSP7j__EFVOSMXgCLcBGAsYHQ/s1080/Marcelo%2BCosta%2B-%2BRefer%25C3%25AAncia%2B%25281%2529.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-jBPM3Taqpoc/X5yU37KgVRI/AAAAAAAABBk/NIUs3_2DMO44BG4aR9RSP7j__EFVOSMXgCLcBGAsYHQ/s320/Marcelo%2BCosta%2B-%2BRefer%25C3%25AAncia%2B%25281%2529.png" /></a></div>Marcelo Costa de Andrade foi considerado psicopata, frio, sem a capacidade de se controlar e portador de transtornos mentais. Foi instaurado o incidente de sanidade mental e Marcelo foi considerado inimputável (não era capaz de compreender o mal que fazia, logo não poderia ser imputada uma pena), e internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, de onde fugiu após um deslize de um guarda que deixou o portão aberto durante o banho de sol, mas logo foi encontrado. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Anualmente é realizado em pacientes que cumprem medida de segurança o chamado Exame de Cessação de Periculosidade, uma avaliação para verificar as condições mentais do paciente. Esta avaliação é enviada para o juiz da Vara de Execução Penal que pode ou não seguir as recomendações dos peritos. Marcelo não “passou” em nenhuma avaliação, em 2003 foi transferido para outro Hospital de Custódia, sem previsão de libertação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">--- Tina Viana ---</span></div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/04905255803771506743noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-26659051269819858762020-10-28T23:07:00.003-03:002020-10-28T23:07:55.181-03:00Comentando o Conto: Na Cripta por H.P. Lovecraft<div style="text-align: justify;"><div>Porque nem só de frutos do mar super desenvolvidos vivia a dieta do pai do terror cósmico.</div><div><br /></div><div><span style="font-family: inherit;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-d8QnD4lmAek/X4ogxavBwrI/AAAAAAAAA4o/uWDgGU-HnUoF-t3s6AhQEQibuY0puoAMgCLcBGAsYHQ/s2048/Contos%2BCl%25C3%25A1ssicos%2Bdo%2BTerror.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1356" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-d8QnD4lmAek/X4ogxavBwrI/AAAAAAAAA4o/uWDgGU-HnUoF-t3s6AhQEQibuY0puoAMgCLcBGAsYHQ/s320/Contos%2BCl%25C3%25A1ssicos%2Bdo%2BTerror.jpg" /></a></div>Conto:</b> Na Cripta</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><b>Autor: </b>H.P. Lovecraft</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><b>Livro:</b> Contos Clássicos de Terror</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><b>Editora</b>: Companhia das Letras</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><b>Páginas:</b> 408 (312-325)</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><b>Ano: </b>2018</span></div><div><span style="font-family: inherit;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/37fuFng" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/29052058ccf" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2900f40a7b8" target="_blank">Submarino</a></span></div><div><span style="font-family: inherit;"><b></b><blockquote><b>Sinopse</b><span style="font-family: inherit;"><b>:</b><i> "</i></span><i><span style="text-align: left;">O melhor das histórias de medo, uma seleção de tirar o fôlego e perder o sono. Neste livro, Stephen King, Shirley Jackson, Machado de Assis e outros dividem as páginas para mostrar toda a potência das histórias assustadoras.</span><b style="text-align: left;"> </b><span style="background-color: white; text-align: left;">Transitando entre o gótico, o horror e o terror ― mas sem se afiliar a nenhuma dessas categorias com exclusividade ―, os dezenove contos deste livro reúnem o melhor das histórias de medo. De Machado de Assis e João do Rio a Lygia Fagundes Telles; de Edgar Allan Poe e Robert Louis Stevenson a Stephen King, grandes nomes da literatura mostram ao leitor toda a potência do gênero. </span><span style="background-color: white; text-align: left;">Com seleção e introdução de Julio Jeha, esta antologia traz uma história de H. P. Lovecraft inédita no Brasil, além de uma nova tradução do conto "A loteria", de Shirley Jackson. Em</span><span style="background-color: white; text-align: left;"> </span><span style="text-align: left;">Contos clássicos de terror</span><span style="background-color: white; text-align: left;">, o mal absoluto, o sofrimento de ocasião e até a maldade disfarçada de bem revelam personagens complexos e narrativas impressionantes.</span>"</i></blockquote></span></div></div><div style="text-align: justify;"><span><a name='more'></a></span><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-LRg9pyjOUYw/X5ojy6wRQfI/AAAAAAAABAw/YsjaqVFVwsY8kz6iy394s6s3DHmM3TGNQCLcBGAsYHQ/s1747/Na%2BCripta%2B-%2BBlog.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-LRg9pyjOUYw/X5ojy6wRQfI/AAAAAAAABAw/YsjaqVFVwsY8kz6iy394s6s3DHmM3TGNQCLcBGAsYHQ/w640-h454/Na%2BCripta%2B-%2BBlog.png" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nesse tenso e macabro conto, acompanhamos o ex coveiro George Birch. Nunca merecedor de ser o funcionário do mês, pois era comum chegar embriagado para o ofício e também por não ter respeito algum pelos corpos que era responsável por fazer caixões, Birch se vê numa enrascada em uma noite da véspera de um feriado, ao ficar preso na cripta com 8 corpos, com o único ser vivo próximo sendo o cavalo de sua carruagem, que ficou a esperar do lado de fora. </span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Birch agora precisa de algum modo expandir um vão que fica acima da porta, cujo ferrolho enferrujado e sem manutenção emperrou, contando com poucas ferramentas e uma escada de caixões com cadáveres. Ou será que não são meros cadáveres? Lemos então, em poucas e claustrofóbicas páginas, o relato de seu médico, ao qual Birch confidenciou o episódio macabro, responsável por sua aposentadoria por invalidez.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Um conto bem curto, mas intenso e dinâmico, seguimos o pobre coveiro atrapalhado numa luta contra o tempo, para se libertar desse cativeiro macabro, enquanto o dia se transforma em noite. O terror do conto é algo bastante curioso, pois é algo tão subjetivo e sugestivo, que acabamos por duvidar que algo realmente sobrenatural possa estar acontecendo, algo que me recordo bastante em alguns de meus contos favoritos de Edgar Allan Poe.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Meu contato com Lovecraft ainda é bem escasso, admito, resumido a seu conto mais famoso, "O Chamado de Cthulhu", então fui pego de surpresa ao ver algo que não é vinculado a sua mitologia cosmológica, mas nem por isso menos interessante.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A escrita do autor é algo deveras polido e pode ser considerado um pouco maçante por alguns, mas ao pegar o gosto da história e a vontade de descobrir o desfecho dessa desventura pavorosa, o leitor logo se vê suando frio ao chegar no final e se perguntar se de fato algo sobrenatural rondou aquele cemitério ou se tudo não foi feito de um coveiro cansado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-CfevuTTlJlE/X5oRpAIMh7I/AAAAAAAABAU/Qu6VMamSbJce8Fa2RznnCp01SJUfNVQbACLcBGAsYHQ/s3874/35.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="812" data-original-width="3874" src="https://1.bp.blogspot.com/-CfevuTTlJlE/X5oRpAIMh7I/AAAAAAAABAU/Qu6VMamSbJce8Fa2RznnCp01SJUfNVQbACLcBGAsYHQ/s320/35.jpg" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i><blockquote>"Ele permaneceu aleijado pelo resto da vida [...]; mas acho que o maior aleijamento foi o da alma." - <b>Pág. 323</b></blockquote><b></b></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: center;">--- Marcel Elias ---</div>Marcel Eliashttp://www.blogger.com/profile/05451846430180041016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-4868814564006914822020-10-27T22:15:00.000-03:002020-10-27T22:15:11.710-03:00True Crime: Paul Bernardo e Karla Homolka - O casal assassino<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-OetqnzE9txQ/X5jFnW5aq7I/AAAAAAAAA_4/8QSDwI-DCJ8geSmid4rhIZTODLhExQClQCLcBGAsYHQ/s1747/Paul%2BBernardo%2Be%2BKarla%2BHomolka%2B-%2BBlog.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-OetqnzE9txQ/X5jFnW5aq7I/AAAAAAAAA_4/8QSDwI-DCJ8geSmid4rhIZTODLhExQClQCLcBGAsYHQ/w640-h454/Paul%2BBernardo%2Be%2BKarla%2BHomolka%2B-%2BBlog.png" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O ano era 1987 e uma série de estupros estavam ocorrendo no bairro Scarborough em Toronto, Canadá. Os crimes continuaram no ano seguinte e o número de vítimas subia para 13. Uma das vítimas alegou ter visto uma mulher junto com o estuprador, segurando o que parecia uma câmera, mas isso foi totalmente desacreditado naquele momento. </span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Após uma análise do perfil do estuprador ser feita, pode-se perceber que o padrão de suas vítimas era de mulheres consideradas com baixo risco, com idade entre 15 e 21 anos, todas habitantes do mesmo bairro, baixa estatura e pesando entre 41 e 61kg. Quanto ao criminoso, seu padrão de ataque era sem pressa, e feito ao ar livre à noite, e morava na mesma região que suas vítimas e as atacava pelas costas para que assim não fosse identificado. </span></div></span><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Porém, houve uma vítima com quem ele agiu de forma diferente, se aproximou de frente e assim a moça conseguiu ver seu rosto por alguns segundos. Demonstrava raiva e vocabulário de baixo calão, partindo para humilhações e satisfação em demonstrar seu total controle sobre suas vítimas, como quando fez uma delas implorar pela própria vida apenas para satisfazer seu sadismo. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Após uma vítima conseguir dar uma descrição detalhada do estuprador, que seu retrato falado foi divulgado. Isso ocorreu apenas em 1990. Alguns dos colegas de Paul Bernardo o identificaram através desse retrato falado, e apesar de não parecer em nada com um suspeito de estupro, foram colhidas amostras de sangue, saliva e cabelo para testes. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-11Ai-XbA26Q/X5jCTjLsGqI/AAAAAAAAA_Q/UN6WISSkPQcaIRM-yKwKj8ZqYA7sftwpQCLcBGAsYHQ/s1080/Paul%2Be%2BKarla%2B-%2BRefer%25C3%25AAncia.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-11Ai-XbA26Q/X5jCTjLsGqI/AAAAAAAAA_Q/UN6WISSkPQcaIRM-yKwKj8ZqYA7sftwpQCLcBGAsYHQ/s320/Paul%2Be%2BKarla%2B-%2BRefer%25C3%25AAncia.png" /></a></div>Além dele, a amostra de mais de 200 homens foram coletadas, mas em apenas 5 delas havia o tipo sanguíneo do criminoso e Paul era um deles, o problema que surgiu foi que, enquanto os testes estavam sendo feitos, o estuprador parou com suas atividades, logo, os testes de Paul foram engavetados. Em 1991 os crimes voltaram a acontecer, desta vez com vítimas fatais. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em 1993 Karla Homolka, esposa de Paul Bernardo, pediu ajuda a uma amiga pois seu marido a havia espancado. O marido dessa amiga era policial, todo o procedimento legal foi realizado, enquanto isso, as investigações sobre os estupros foram se intensificando. Como o nome de Paul já havia sido mencionado antes, a polícia resolveu entrevistar Karla, foram retiradas suas impressões digitais e lhe questionaram sobre o relógio do Mickey Mouse que ela estava usando, muito parecido com o que uma das vítimas possuía. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Aproveitando o ensejo, colheram novamente amostras de sangue, saliva e sêmen de Paul, o resultado foi: 100% compatível com o material genético encontrado em 3 vítimas do “Estuprador de Scarborough”. Karla foi interrogada por horas, e ao perceber que a polícia já havia associado os estupros com os recentes homicídios, não viu outra alternativa a não ser falar sobre seu marido e os crimes que ele cometeu. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-dy6whyq411Y/X5jCDjXr7PI/AAAAAAAAA_M/unIkyxRt5woup6j4bC7u1Pv7f0sgbeaQgCLcBGAsYHQ/s1080/Paul%2Be%2BKarla%2B-%2BCuriosidade.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-dy6whyq411Y/X5jCDjXr7PI/AAAAAAAAA_M/unIkyxRt5woup6j4bC7u1Pv7f0sgbeaQgCLcBGAsYHQ/s320/Paul%2Be%2BKarla%2B-%2BCuriosidade.png" /></a></div>O que Karla não esperava era que a polícia fizesse uma busca na casa do casal e lá encontrasse um diário onde Paul contava cada detalhe sórdido de seus crimes, além de fitas de vídeo contendo toda sua barbárie. E em um desses vídeos, havia Karla, participante ativa da conduta criminosa, tendo relações com duas das vítimas. Os advogados de Karla conseguiram livrá-la da prisão, acordaram que ela ficaria em um hospital psiquiátrico desde que contasse absolutamente tudo sobre sua participação nos crimes. </span><span style="font-family: inherit;">Paul foi condenado a prisão perpétua, e considerado um criminoso cruel, que só parou de praticar seus terríveis atos por forças externas, alheias à sua vontade.</span></div></span><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">--- Tina Viana ---</span></div></span>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/04905255803771506743noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-44596463031923992272020-10-24T20:59:00.000-03:002020-10-24T20:59:34.581-03:00Resenha Especial: O Corvo por Edgar Allan Poe<div style="text-align: justify;">Então eu li "O Corvo" de Edgar Allan Poe.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-z5XR9rKI0bE/X5S6npr9xyI/AAAAAAAAA-s/9F_Ecp4Ll0EY_3tMyhdvRkuqyHSivLisQCLcBGAsYHQ/s2048/O%2BCorvo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1366" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-z5XR9rKI0bE/X5S6npr9xyI/AAAAAAAAA-s/9F_Ecp4Ll0EY_3tMyhdvRkuqyHSivLisQCLcBGAsYHQ/s320/O%2BCorvo.jpg" /></a></div>Título:</b> O Corvo</div><div style="text-align: justify;"><b>Autor: </b>Edgar Allan Poe</div><div style="text-align: justify;"><b>Editora: </b>Companhia das Letras</div><div style="text-align: justify;"><b>Ano:</b> 2019</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas:</b> 200</div><div style="text-align: justify;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/35L74bV" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/29855ff2714" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2980d7a0ab9" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><b></b><blockquote><b>Sinopse: </b><span style="font-family: inherit;"><i><span style="background-color: white; text-align: left;">"A morte de uma mulher bela é, sem sombra de dúvida, o tema mais poético do mundo." Assim Edgar Allan Poe justificaria a gênese de "O corvo", poema publicado sob pseudônimo originalmente em 1845. Mas o que faz com que esses versos hipnotizantes sobre perda e desejo, escritos de modo tão calculado pelo mestre do terror há quase dois séculos, tenham merecido tantos elogios e tamanha controvérsia? </span><span style="background-color: white; text-align: left;">Nesta edição, o leitor vai conhecer as traduções mais notáveis de "O corvo" para a nossa língua ― as de Fernando Pessoa e Machado de Assis ―, analisadas pelo poeta, tradutor e professor Paulo Henriques Britto, que também traduz três textos fundamentais de Poe sobre poesia ("A filosofia da composição", "A razão do verso" e "O princípio poético") e examina a faceta ensaística do escritor.</span></i></span></blockquote><span style="font-family: inherit;"><i><span style="background-color: white; text-align: left;"></span></i></span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em "O Corvo" conhecemos a história de um estudioso, que em horas avançadas da noite, cercado de textos antigos, está quase adormecendo quando escuta um som próximo a sua porta. Apesar de ignorar essa quebra de silêncio, posteriormente, vai verificar a origem da perturbação e se vê surpreendido pela chegada de um Corvo. Com a entrada do estranho visitante, ele passa a divagar sobre a perda da mulher amada e dos seus amigos, e já se ressente com a provável partida da ave, a quem lhe pergunta o nome e este lhe responde com um "Nunca mais".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ansiando por descobrir o que mais o Corvo poderia saber, passa a lhe fazer perguntas sobre o futuro, principalmente, se voltará a se reencontrar com a amada, se irá esquecê-la, mas não obtem nenhuma resposta diferente do "Nunca mais". Cada vez mais angustiado com a presença perturbadora da ave, ele ordena que o Corvo parta da sua casa imediatamente, não deixando nenhum vestígio de sua passagem. No entanto, novamente ele ouve: "Nunca mais".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Edgar Allan Poe foi um contista exímio e deixou um enorme legado para nós. Foi precursor das histórias detetivescas, com o investigador Auguste Dupin, e isso só mostra o seu olhar inovador para a literatura. "O Corvo" é um produto desse <i>feeling</i>, pois, como o escritor aponta no ensaio "A Filosofia da Composição", este poema foi pensado de maneira calculada para apresentar a estrutura, o desenvolvimento e o ritmo que podemos observar na leitura.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Assim, essa poesia foi pensada para ser lida de uma única vez, logo, toda a ideia por trás dele é de promover um encantamento que levasse a uma quase hipnose. Isto é, que inconscientemente o leitor continuasse a leitura sem sequer pensar em pausá-la. É válido dizer que na mesma medida em que Poe conseguiu admiradores ferozes como Charles Baudelaire e Mallarmé, ele também despertou a desconfiança de escritores como Henry James que, apesar de gostar dos contos deste, não apreciava a sua poesia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na edição publicada pela Companhia das Letras, cuja organização ficou a cargo de Paulo Henriques Britto, além de estarem postas as traduções de Fernando Pessoa e de Machado de Assis, há o original do poema, e também três ensaios escritos pelo próprio Edgar Allan Poe. O primeiro é "A Filosofia da Composição", na qual o autor apresenta toda a ideia dele para a concepção do poema, "A Razão do Verso", onde ele trata dos ideais de métrica inglesa, sendo este um texto valioso para os estudiosos da poesia e "O Princípio Poético", na qual ele faz críticas bem contudentes ao ideal vitoriano de que todo poema deveria trazer um moral em sua essência.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O posfácio "Um Raven e Dois Corvos", escrito pelo próprio Britto, traz uma análise a respeito das traduções de Fernando Pessoa e Machado de Assis. Nele, o especialista em literatura aponta que a tradução de Pessoa preserva não só o conteúdo do poema de Poe, como também, a sua estrutura - é como se você estivesse lendo exatamente o mesmo texto, apesar de estar em outro idioma. O que não acontece com a tradução de Machado, que optou por modificar muito do poema, de modo que mesmo contendo a síntese de "O Corvo", não chega a se assemelhar daquilo que se tem no original, tornando-se, portanto, em outra produção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu, sendo a leiga que sou nos aspectos técnicos da poesia e da tradução, só posso dizer que, enquanto leitora, gosto mais da tradução de Fernando Pessoa. Isso, porque, ele despertou em mim o que Poe ansiava despertar nos seus leitores: o sentimento de que eu não poderia deixar para depois aquela poesia. A única ausência que senti foi a omissão do nome Lenore. Sim, a amada que partiu, e que é a causa de todo o sofrimento do protagonista de Edgar, não é nomeada por Pessoa em parte alguma - há apenas a sugestão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para Britto, isso pode ser visto quase como um aprimoramento do texto original, que, em tese, carrega a contradição desta mulher possuir um nome no mundo além, não possuir um nome na terra, mas mesmo assim ter o nome mencionado por alguém que está vivo. Apesar desse ocultamento aprofundar o mistério em torno dessa mulher, de que pouco se sabe, gosto da forma em que o original revela seu nome e torna essa amada mais real do que seria se permanecesse inominada para alguém que tanto sente a sua falta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ler "O Corvo" foi uma experiência única para mim, pois mesmo não sendo alguém que se sente tão confortável lendo poesia, tudo o que já me é tão caro nos contos de Edgar Allan Poe está presente nessa produção, de modo que consegui me conectar de imediato com o protagonista e o seu estado de ansiedade, o cenário noturno, o mistério que ronda a chegada deste outro personagem que é o Corvo, o sofrimento pela ausência de sua Lenore e, principalmente, o desejo por saber o que acontece depois do último "Nunca mais".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-b941pPyJFNE/X5S5jojdaHI/AAAAAAAAA-g/d6rOBjLaI_wWQGYOGHo9ETf4fc-ZKZfGgCLcBGAsYHQ/s3874/50.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="812" data-original-width="3874" src="https://1.bp.blogspot.com/-b941pPyJFNE/X5S5jojdaHI/AAAAAAAAA-g/d6rOBjLaI_wWQGYOGHo9ETf4fc-ZKZfGgCLcBGAsYHQ/s320/50.jpg" width="320" /></a></div><i></i><blockquote><i>A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,<br />Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.<br />Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,<br />E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -<br />Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.<br />Isto só e nada mais.</i><b> Pág. 12 (Tradução de Fernando Pessoa)</b></blockquote><b></b><br /><br /><div style="text-align: center;">--- Isabelle Vitorino ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/04905255803771506743noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-38802965779454889662020-10-21T18:00:00.046-03:002020-10-21T18:00:00.461-03:00Comentando o Conto: A Selvagem por Bram Stoker<div style="text-align: justify;">Moral dessa história: estadounidenses são loucos e a cantiga infantil "Atirei o Pau no Gato" nunca teria sido escrita.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-d8QnD4lmAek/X4ogxavBwrI/AAAAAAAAA4o/uWDgGU-HnUoF-t3s6AhQEQibuY0puoAMgCLcBGAsYHQ/s2048/Contos%2BCl%25C3%25A1ssicos%2Bdo%2BTerror.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1356" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-d8QnD4lmAek/X4ogxavBwrI/AAAAAAAAA4o/uWDgGU-HnUoF-t3s6AhQEQibuY0puoAMgCLcBGAsYHQ/s320/Contos%2BCl%25C3%25A1ssicos%2Bdo%2BTerror.jpg" /></a></div>Conto:</b> A Selvagem</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Autor: </b>Bram Stoker</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Livro:</b> Contos Clássicos de Terror</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Editora</b>: Companhia das Letras</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Páginas:</b> 408 (148-166)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Ano: </b>2018</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/37fuFng" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/29052058ccf" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2900f40a7b8" target="_blank">Submarino</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b></b><blockquote><b>Sinopse</b><span style="font-family: inherit;"><b>:</b><i> "</i></span><i><span style="text-align: left;">O melhor das histórias de medo, uma seleção de tirar o fôlego e perder o sono. Neste livro, Stephen King, Shirley Jackson, Machado de Assis e outros dividem as páginas para mostrar toda a potência das histórias assustadoras.</span><b style="text-align: left;"> </b><span style="background-color: white; text-align: left;">Transitando entre o gótico, o horror e o terror ― mas sem se afiliar a nenhuma dessas categorias com exclusividade ―, os dezenove contos deste livro reúnem o melhor das histórias de medo. De Machado de Assis e João do Rio a Lygia Fagundes Telles; de Edgar Allan Poe e Robert Louis Stevenson a Stephen King, grandes nomes da literatura mostram ao leitor toda a potência do gênero. </span><span style="background-color: white; text-align: left;">Com seleção e introdução de Julio Jeha, esta antologia traz uma história de H. P. Lovecraft inédita no Brasil, além de uma nova tradução do conto "A loteria", de Shirley Jackson. Em</span><span style="background-color: white; text-align: left;"> </span><span style="text-align: left;">Contos clássicos de terror</span><span style="background-color: white; text-align: left;">, o mal absoluto, o sofrimento de ocasião e até a maldade disfarçada de bem revelam personagens complexos e narrativas impressionantes.</span>"</i></blockquote><i></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span><a name='more'></a></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-4xkk60XtNtQ/X4oomdERBNI/AAAAAAAAA6M/cn_JiqS-PHE_NOISJK3BgJ6FQDpqohcLQCLcBGAsYHQ/s1747/A%2BSelvagem%2B-%2BBlog.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-4xkk60XtNtQ/X4oomdERBNI/AAAAAAAAA6M/cn_JiqS-PHE_NOISJK3BgJ6FQDpqohcLQCLcBGAsYHQ/w640-h454/A%2BSelvagem%2B-%2BBlog.png" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div>Neste conto, acompanhamos um casal europeu recém-casado. Estando em sua segunda semana de lua de mel (aceitemos isso como a realidade europeia de outrora), o casal curiosamente já se sente incomodado com a companhia um do outro (visualiza esse casamento) e anseia por contato com outros indivíduos.</div><div><br /></div><div>Eis então que, na cidade de Frankfurt, eles encontram o americano Elias P. Hutcheson. Hutcheson está a passeio pela Europa, é um desbravador aventureiro, do estilo cowboy americano mais clássico possível, e o casal logo se anima com esse interessante turista. Juntos, os três partem para a cidade de Nuremberg, na Bavária. A presença do turista dá um novo gás ao casal, que revive a gostosura de namorar às escondidas e aguça o interesse pelas narrativas do novo amigo.</div><div><br /></div><div>Após uma rotina animada turistando pela cidade, os três resolvem finalizar esse período indo para o castelo da cidade, conhecido como Kaiserburg. Durante o caminho, em um fosso do local, o trio se depara com uma gata preta descansando, enquanto seu pequeno filhote se diverte.</div><div><br /></div><div>O americano, numa tentativa de interagir com os felinos, decide por atirar uma pedra no animalzinho. Porém, o trajeto foi mal calculado e a pedra termina por acertar a cabeça do pobre gatinho, de modo a matá-lo.</div><div><br /></div><div>Tomada por um ódio, a gata tenta de todas as maneiras subir o fosso e acertar as contas com o americano, que desdenha da morte do animalzinho. Deixando ali a furiosa mamãe, os três partem para o castelo, mais especificamente para sua torre de tortura, mal sabendo que não seria a última vez que veriam a gata com sede de vingança.</div><div><br /></div><div>Um conto pequeno e dinâmico, onde Bram Stoker nos leva à um rápido turismo por uma das principais cidades da Bavária. É curioso que ele não se importa muito em retratar sobre o narrador e sua esposa. Não sabemos o nome dele, apenas o primeiro dela e, fora o fato de estarem casados há pouco tempo e que no futuro teriam filhos, nada mais é falado sobre esses personagens.</div><div><br /></div><div>Se torna claro então que o foco da história é o americano, ou pelo menos uma visão bastante europeia do que é ser um americano. Egoísta, fanfarrão e inconsequente, o homem vindo da terra do tio Sam é uma caricatura do homem capitalista metido a aventureiro, sem nunca pensar muito sobre suas ações e mais interessado na sensação de aventura.</div><div><br /></div><div>O elemento de terror se torna presente com a chegada do trio a tal torre do castelo que era voltada para a tortura dos prisioneiros. Claramente como faz com sua obra mais famosa, Bram Stoker traz toda uma atmosfera pesada e tensa ao narrar os terríveis instrumentos de tortura, bem como o ambiente sombrio e macabro. Recomendo bastante, para quem tem estômago, que pesquise imagens dos objetos citados, caso não consigam imaginar, dá um outro patamar no horror.</div><div><br /></div><div>A única coisa que me incomodou um pouco nessa história é algo que considero uma particularidade minha, que seria a falta de emoção. Mesmo a narração sendo feita por um personagem, achei tudo um tanto quanto frio e cru na narrativa, o que me dificultou inclusive em gostar dos personagens. Em contrapartida, uma narração assim deixa as coisas mais reais, inclusive dando um embrulho no estômago com o desfecho dessa história.</div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-eHYgyZs-w4Y/X4ofKqverPI/AAAAAAAAA4g/MArFdf3JvPkVZa1puc9uDmlJyn6Y_W6lwCPcBGAYYCw/s3874/35.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="812" data-original-width="3874" src="https://1.bp.blogspot.com/-eHYgyZs-w4Y/X4ofKqverPI/AAAAAAAAA4g/MArFdf3JvPkVZa1puc9uDmlJyn6Y_W6lwCPcBGAYYCw/s320/35.jpg" width="320" /></a></div><i></i><blockquote><i>"'Está vendo!', observei. 'É o poder de sim homem verdadeiramente forte. Mesmo esse animal, em meio a sua fúria, reconhece a voz de um líder e se curva diante dele!'</i><div><i>'Como uma selvagem!'" </i><b>- Pág. 154</b></div></blockquote><div><b></b><div style="text-align: justify;"></div><div><br /><div style="text-align: center;">--- Marcel Elias ---</div></div></div>Marcel Eliashttp://www.blogger.com/profile/05451846430180041016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-49068189652843104372020-10-19T18:00:00.008-03:002020-10-19T18:00:13.071-03:00Filmes: Halloween Sem Terror<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-sEk-J1zXX2o/X40SgEHORgI/AAAAAAAAA9g/KfKsCRVH_kgHJVlO4VzADAQxkqQjPt7GwCLcBGAsYHQ/s1747/Halloween%2BSem%2BTerror.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-sEk-J1zXX2o/X40SgEHORgI/AAAAAAAAA9g/KfKsCRVH_kgHJVlO4VzADAQxkqQjPt7GwCLcBGAsYHQ/w640-h454/Halloween%2BSem%2BTerror.png" width="640" /></a></div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">É certo que o medo é algo muito particular e pode se manifestar das mais diversas formas a depender da pessoa que esteja recebendo a informação. Alguns temem aranhas, como o Ronald Wesley, e não querem sequer chegar perto delas. Outros se assustam como histórias de horror, como o Joey Tribbiani e a sua relação com "O Iluminado" do Stephen King, mas continuam consumindo esse tipo de leitura. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">No entanto, hoje selecionamos alguns títulos interessantes para assistir nesse mês especial de Halloween, inclusive, para os mais medrosos. Como não poderia ser diferente, optamos por alguns filmes clássicos e que marcaram época - temos até alguns que foram adaptações de livros! Por isso se você é um cinéfilo ou quer apenas se divertir revisitando algumas histórias imperdíveis, confere as nossas indicações.</span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-mbWCdZaZcH4/X40QIldzCfI/AAAAAAAAA8Q/IFKLJtoYavYcIyY9JNzSGDV6MMUJZk68gCLcBGAsYHQ/s512/A%2BFam%25C3%25ADlia%2BAddams.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="349" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-mbWCdZaZcH4/X40QIldzCfI/AAAAAAAAA8Q/IFKLJtoYavYcIyY9JNzSGDV6MMUJZk68gCLcBGAsYHQ/s320/A%2BFam%25C3%25ADlia%2BAddams.jpg" /></a></div>A Família Addams</u></b> </span><div><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><span style="font-family: inherit;">Antes de ser eternizada nos telões de cinema, a Família Addams foi inicialmente concebida como HQ em 1932, e adaptado como série de TV em 1964. O criador do clã, Charles Addams, deu à vida a personagens super excêntricos e mórbidos como uma forma de crítica às famílias tradicionais de sua época. Nesse filme, nos infiltramos na mansão gótica da família junto com um impostor que finge ser Fester - o irmão de Gomez, desaparecido há 25 anos no Triângulo das Bermudas. O humor macabro e a irreverência são a marca definitiva da Família Addams.</span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-align: start;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><b><u><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-qs-B4YR8stE/X40QOC5831I/AAAAAAAAA8U/K12QqQWg-vYHPooo1OPgHvrs_W5FBTwmwCLcBGAsYHQ/s512/Abracadabra.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="349" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-qs-B4YR8stE/X40QOC5831I/AAAAAAAAA8U/K12QqQWg-vYHPooo1OPgHvrs_W5FBTwmwCLcBGAsYHQ/s320/Abracadabra.jpg" /></a></div>Abracadabra</u></b></span></div></span><div><br /></div><span style="font-family: inherit; text-align: start;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Um dos maiores clássicos das nossas infâncias, apesar de ser um filme de 1993, Abracadabra nunca fica velho! Na noite de Halloween, um trio de jovens acidentalmente liberta de sua prisão secular as irmãs Sanderson - Winnie, Mary e Sarah - as terríveis e atrapalhadas bruxas de Salem, que capturam crianças para transformar suas almas em um feitiço para que as irmãs nunca envelheçam. Com ajuda de um gato preto falante e um zumbi bonzinho, os jovens terão de salvar a cidade dos poderes malignos das bruxas.</span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-align: start;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-A5WhnJS_iMw/X40QTEjKmYI/AAAAAAAAA8Y/Qj_Gt5Xwmr8zcLAQZ3PsF9C6Y-7TyoGzwCLcBGAsYHQ/s512/As%2BCa%25C3%25A7a%2BFantasmas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="349" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-A5WhnJS_iMw/X40QTEjKmYI/AAAAAAAAA8Y/Qj_Gt5Xwmr8zcLAQZ3PsF9C6Y-7TyoGzwCLcBGAsYHQ/s320/As%2BCa%25C3%25A7a%2BFantasmas.jpg" /></a></div>Caça-Fantasmas</u></b></span></div></span><div><br /></div><span style="font-family: inherit; text-align: start;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O <i>reboot</i> do original dos anos 80, lançado em 2016, dessa vez é composto por um elenco de protagonistas feminino: Erin e Abby, fisicistas pesquisadoras do paranormal, Holtzman, engenheira nuclear, e Patty, funcionária de um metrô. Essas são as Caça-Fantasmas! Recheado de referências à franquia original, o roteiro segue a proposta de investigar a aparição de fantasmas super gosmentos em NYC e, com muita parafernália tecnológica e efeitos especiais, salvarem a cidade. Impossível ouvir a música tema e não cantar junto!</span></div></span></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Mm9zVgM01SI/X40QYOW8emI/AAAAAAAAA8c/G-nTG190aCYwQzvJwdIhdKKDLhUL9Hq4ACLcBGAsYHQ/s512/Da%2BMagia%2B%25C3%25A0%2BSedu%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="349" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-Mm9zVgM01SI/X40QYOW8emI/AAAAAAAAA8c/G-nTG190aCYwQzvJwdIhdKKDLhUL9Hq4ACLcBGAsYHQ/s320/Da%2BMagia%2B%25C3%25A0%2BSedu%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" /></a></div>Da Magia à Sedução</u></b></span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Adaptado do romance de Alice Hoffman, o filme nos conta a história das irmãs Sally e Gillian, ambas descendentes da linhagem de bruxas da família. Muito diferentes porém unidas por um laço de amor maior do que qualquer magia, as duas carregam na memória a morte dos pais, supostamente resultado de uma "maldição do amor". Nessa trama, acompanhamos as perigosas paixões e deliciosos encantos das maravilhosas irmãs Owens.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; text-align: start;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-dq5Fa8JgbSw/X40QduOEyMI/AAAAAAAAA8o/BBOn6r-DFkMGpsGJevRcEE-E7cnUKCHLgCLcBGAsYHQ/s512/Donnie%2BDarko.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="349" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-dq5Fa8JgbSw/X40QduOEyMI/AAAAAAAAA8o/BBOn6r-DFkMGpsGJevRcEE-E7cnUKCHLgCLcBGAsYHQ/s320/Donnie%2BDarko.jpg" /></a></div>Donnie Darko</u></b></span></div></span><div><br /></div><span style="font-family: inherit; text-align: start;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">28 dias, 6 horas, 42 minutos e 12 segundos: esse é o tempo que falta para o fim do mundo, nesse clássico cult. Após ser visitado por um sinistro coelho gigante, Donnie Darko recebe a mensagem que o mundo irá acabar na Noite de Halloween. Inteligente, antissocial e bastante excêntrico, após se envolver com Frank, Donnie decide perturbar o status quo - e a se aventurar nos estudos teóricos e práticos sobre a viagem no tempo.</span></div></span></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></u></b></span></div></span><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-9GYBti7PEek/X40QjK2-VKI/AAAAAAAAA8w/SqQdSgYzM1cxLIG1izEQt4bGLTk47T9wwCLcBGAsYHQ/s512/Festival%2BRocky%2Bde%2BTerror.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="349" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-9GYBti7PEek/X40QjK2-VKI/AAAAAAAAA8w/SqQdSgYzM1cxLIG1izEQt4bGLTk47T9wwCLcBGAsYHQ/s320/Festival%2BRocky%2Bde%2BTerror.jpg" /></a></div>Festival Rocky de Terror</u></b></span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Essa subversiva produção, adaptada do teatro, é para os fãs de musicais. Cheia de Rock'n'roll e irreverência, sarcasmo e cenas super selvagens e sensuais, a história acompanha o casal Brad e Janet numa aventura. No meio de uma grande tempestade, os dois são abrigados na mansão do insano cientista dr. Frank - um alienígena do planeta Transexual - numa noite muito especial: a revelação da sua mais nova criação, Rocky.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-TU2Ow_6AaqA/X40QosKcXfI/AAAAAAAAA80/Iqq0E5MXSucDEM_hOeenOL9cTdme3MtSACLcBGAsYHQ/s512/Meu%2BNamorado%2B%25C3%25A9%2Bum%2BZumbi.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="349" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-TU2Ow_6AaqA/X40QosKcXfI/AAAAAAAAA80/Iqq0E5MXSucDEM_hOeenOL9cTdme3MtSACLcBGAsYHQ/s320/Meu%2BNamorado%2B%25C3%25A9%2Bum%2BZumbi.jpg" /></a></div>Meu Namorado é um Zumbi</u></b></span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Apesar do nome parecer tratar de um filme de comédia trash, estamos falando de um romance com uma bela reflexão existencialista. O zumbi R não tem memórias de sua vida, e não compreende a diferença entre estar vivo ou morto, mas sabe que algo não está certo. Após uma caçada, ele conhece Julie e decide salvá-la, contrariando sua "natureza". O convívio entre R e Julie despertam vários sentimentos que mais tarde vêem a se tornar uma possível cura para a humanidade.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-pMH7zbZ_rAc/X40Qtwq0mVI/AAAAAAAAA88/R8wgWsE9nMsm7_mDVe3PJ-ecX8tTtDCcwCLcBGAsYHQ/s512/Sombras%2Bda%2BNoite%2B-%2BFilme.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="349" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-pMH7zbZ_rAc/X40Qtwq0mVI/AAAAAAAAA88/R8wgWsE9nMsm7_mDVe3PJ-ecX8tTtDCcwCLcBGAsYHQ/s320/Sombras%2Bda%2BNoite%2B-%2BFilme.jpg" /></a></div>Sombras da Noite</u></b></span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Dirigido por Tim Burton e com um super elenco feminino, esse filme conta a história de Barnabas e a família Collins. Amaldiçoado por Angelique, uma bruxa que teve seu "amor" rejeitado, Barnabas é um vampiro do século 18 que sai de sua tumba após 300 anos preso. Quando finalmente retorna para a superficie, Barnabas precisa ajudar sua família a se libertar das maldições de Angelique; enquanto isso, ele se adapta as mudanças promovidas pelo tempo e se apaixona novamente.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Aproveitem para deixar nos comentários mais sugestões de filmes legais para se assistir nessa época do ano, mas que não causam tanto medo assim.</b></span></div></span><div><span style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 13px; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><div style="text-align: center;">--- Lorena Macêdo ---</div>Lorena Macêdohttp://www.blogger.com/profile/09940430314510511458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-20238194078928980512020-10-18T18:00:00.029-03:002020-10-19T00:26:08.184-03:00Comentando o Conto: As Crianças no Milharal por Stephen King<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Se você gosta de histórias macabras e que envolvem crianças, vem comigo!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-F99H2xyGgp4/X4oiQ07ToMI/AAAAAAAAA5E/q45zTLbsgF83IeaKQaEIA80S1ENnoC0_QCLcBGAsYHQ/s2048/Sombras%2Bda%2BNoite.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1425" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-F99H2xyGgp4/X4oiQ07ToMI/AAAAAAAAA5E/q45zTLbsgF83IeaKQaEIA80S1ENnoC0_QCLcBGAsYHQ/s320/Sombras%2Bda%2BNoite.jpg" /></a></div>Conto:</b> As Crianças no Milharal</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Autor:</b> Stephen King</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Livro: </b>Sombras da Noite</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Editora:</b> Suma</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Páginas: </b>416 (324 a 356)</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Ano:</b> 2013</span></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Onde comprar:</b></span><span style="font-family: inherit;"> <a href="https://amzn.to/3lYNwH9" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/29082fb0c61" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2903bcf9a92" target="_blank">Submarino</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b></b></span><blockquote><span style="font-family: inherit;"><b>Sinopse:</b> </span><span style="font-family: inherit;"><i>"<span style="background-color: white; text-align: left;">Stephen King reúne aqui vinte de suas mais inquietantes obras curtas – relatos de acontecimentos bizarros e atos impensáveis, que surgem daquele momento de crepúsculo, onde ruídos nas paredes e sombras perto da cama prenunciam algo terrível que ronda à solta. Os cenários são familiares e acima de qualquer suspeita: um colégio, uma fábrica, uma lanchonete rodoviária, uma lavanderia, um milharal. Mas, no mundo de Stephen King, qualquer lugar pode servir como território sobrenatural. São necessárias apenas uma hora propícia da noite e a distração das vítimas. Alguns desses clássicos inspiraram filmes memoráveis como As crianças do milharal, Último turno e Às vezes eles voltam.</span>"</i></span></blockquote><span style="font-family: inherit;"><i></i></span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-IkVQJDs7uhU/X4omENTWn-I/AAAAAAAAA50/DbELmhSescoZ_xbHXrdOLOVfaLy2lGvzgCPcBGAYYCw/s1747/As%2BCrian%25C3%25A7as%2Bno%2BMilharal%2B-%2BBlog.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-IkVQJDs7uhU/X4omENTWn-I/AAAAAAAAA50/DbELmhSescoZ_xbHXrdOLOVfaLy2lGvzgCPcBGAYYCw/w640-h454/As%2BCrian%25C3%25A7as%2Bno%2BMilharal%2B-%2BBlog.png" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Há dois anos, a vida não anda nada boa para o casal Burt e Vicky Robeson. O casamento se tornou um martírio e, em uma última tentativa de fazer as coisas funcionarem, os dois dirigem para uma viagem rumo à Califórnia, para a casa do irmão de Vicky.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Passando pelo Nebraska, os dois decidem pegar uma rota fora da rodovia principal e logo se arrependem. Numa calorosa discussão, passando por uma estrada longe de tudo, com apenas um grande milharal que vai além do que os olhos podem alcançar, Burt acaba por atropelar uma criança que surgiu inesperadamente. </span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ao investigar o corpo, o casal descobre que o menino não sobreviveria muito tempo, pois um profundo corte em sua garganta denunciava que seu destino definitivo era a morte. Ao chegar na pequena cidade de Gatlin, a mais próxima do milharal, o casal se depara com uma estranha realidade: a cidade está deserta e abandonada, tomada apenas por crianças fanáticas.</span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Narrado em terceira pessoa, porém sob a perspectiva de Burt, embarcamos nessa história frenética e violenta, onde mais uma vez temos um personagem masculino autoritário e deveras misógino. </span><span style="font-family: inherit;">Apesar da narração ser em terceira pessoa, é notável a parcialidade da mesma, pois vemos a história através do filtro do Burt. A interação do casal é claramente caótica e desordenada, o que ajuda o desfecho de ambos.</span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Além dos protagonistas complicados, um fator bastante presente e forte aqui é o que me faz amar os romances do Stephen King: a ambientação de suas narrativas. </span><span style="font-family: inherit;">Claro que por ser um conto, a coisa toda se desenrolou mais rápido e resumido, mas a todo o momento me senti tragado por aquele ambiente de cidade fantasma, com a constante impressão de estar sendo observado. E, não bastando o clima tenso entre o casal e a ambientação quase fúnebre de tão vazia, surge o elemento mais tenso de todos: a igreja macabra. </span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Me processem (mentira, não tenho dinheiro), mas amo quando o terror ou horror pegam uma concepção certa e imaculada e distorce a mesma para algo profano e a ser temido. E aqui o autor faz isso com maestria. </span><span style="font-family: inherit;">A gente não sabe o que é essa criatura, como ela veio, como interage, mas sabemos que ela está lá, e ela vai ter o que quer. Arrisco até a dizer que tal criatura e o culto à ela foi nada menos que o Stephen King dando aquela piscadela marota pra Lovecraft (o que foi uma homenagem melhor que uma certa aranha cósmica...).</span></div></span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Em apenas 30 páginas rápidas e dinâmicas, King mostra mais uma vez o intrincado mundo de sua mente, deixando-nos avisos para sabermos sobre aquele macabro e misterioso lugarejo que um dia foi Gatlin. Não é à toa que esse conto sérvio de base para a série de filmes "Colheita Macabra" (que eu jamais poderia opinar, por motivos de que sou medroso).</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-u-_pll1jXmU/X4UUaex9rrI/AAAAAAAAMSg/bMdsolfxjs8lG2lM692p_A0GVzgCMUxxwCPcBGAYYCw/s3874/40.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="812" data-original-width="3874" src="https://1.bp.blogspot.com/-u-_pll1jXmU/X4UUaex9rrI/AAAAAAAAMSg/bMdsolfxjs8lG2lM692p_A0GVzgCMUxxwCPcBGAYYCw/s320/40.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><blockquote><i>O retrato era tosco, mas eficiente. [...] - um Cristo do Antigo Testamento, ou um Cristo pagão que poderia matar seu rebanho em sacrifício, em vez de conduzi-lo.</i> <b>- Pág. 342</b></blockquote><b></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: center;">--- Marcel Elias ---</div></span></div>Marcel Eliashttp://www.blogger.com/profile/05451846430180041016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-54105150375674158472020-10-17T18:04:00.006-03:002020-10-17T18:17:41.497-03:00Resenha: A Pequena Sereia e o Reino das Ilusões por Louise O'Neil<div style="text-align: justify;">Este não é um conto de fadas para crianças. Na verdade, este não é um conto de fadas. Também não é uma simples narrativa rasa, com inspirações feministas. Esta é uma história sobre sobrevivência.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-0AX1sWHTzKM/X4tTLiUSXBI/AAAAAAAAA6o/Zxpa_IZLQKMVG5bOJFqBdDZZBfQedeclQCLcBGAsYHQ/s500/A%2BPequena%2BSereia%2Be%2Bo%2BReino%2Bdas%2BIlus%25C3%25B5es.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="360" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-0AX1sWHTzKM/X4tTLiUSXBI/AAAAAAAAA6o/Zxpa_IZLQKMVG5bOJFqBdDZZBfQedeclQCLcBGAsYHQ/s320/A%2BPequena%2BSereia%2Be%2Bo%2BReino%2Bdas%2BIlus%25C3%25B5es.jpg" /></a></div>Título:</b> A Pequena Sereia e o Reino das Ilusões</div><div style="text-align: justify;"><b>Autora: </b>Louise O'Neil</div><div style="text-align: justify;"><b>Editora:</b> DarkSide</div><div style="text-align: justify;"><b>Ano:</b> 2019</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas:</b> 224</div><div style="text-align: justify;"><b>Páginas:</b> <a href="https://amzn.to/3j9uqwq" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2916eacba96" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/29148203fe6" target="_blank">Submarino</a></div><div style="text-align: justify;"><b></b></div><blockquote style="text-align: justify;"><b>Sinopse:</b> <i>"Esqueça as histórias sobre sereias que você conhece. Esta é uma história diferente ― e necessária. E tudo começa no fundo do mar. Com uma garota chamada Gaia, que sonha em ser livre de seu pai controlador, fugir de um casamento arranjado e descobrir o que realmente aconteceu à sua mãe desaparecida. Em seu aniversário de quinze anos, quando finalmente sobe à superfície para conhecer o mundo de cima, Gaia avista um rapaz em um naufrágio e se convence de que precisa conhecê-lo. Mas do que ela precisa abrir mão para transformar seu sonho em realidade? E será que vale a pena? A Pequena Sereia e o Reino das Ilusões chega para trazer um pouco mais de contos de fadas para a linha DarkLove, da DarkSide® Books. Mas não do jeito que você espera; aqui, a história original de Hans Christian Andersen ― e também suas versões coloridas e afáveis em desenhos animados ― é reimaginada através de lentes feministas e ambientada em um mundo aquático em que mulheres são silenciadas diariamente ― um mundo que não difere tanto assim da sociedade em que vivemos. No reino de ilusões comandado pelo Rei dos Mares, as sereias não recebem educação, não têm direito de fala, devem se encaixar em um padrão de beleza impossível e sempre sorrir. É neste cenário que a autora irlandesa Louise O’Neill apresenta uma história sobre empoderamento e força feminina. Com narrativa e olhar afiados, a autora ainda desenvolve aspectos do conto original que passaram batido, como o relacionamento de Gaia com as irmãs e as camadas complexas da Bruxa do Mar. A Pequena Sereia e o Reino das Ilusões, que chega ao mundo acima da superfície da água com o padrão de qualidade que virou marca registrada da DarkSide® Books, mostra como, em um reino comandado pelo patriarcado, ter uma voz é arriscado. Mas também como querer usá-la é uma atitude extremamente poderosa e valiosa. Ainda mais em tempos tão sombrios."</i></blockquote><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Inspirado na combinação entre o conto original de Hans Christian Anderson, de 1837, e o filme produzido pela Disney, de 1989, "A Pequena Sereia e o Reino das Ilusões" traz novos elementos que emergem na construção de uma história bastante sombria - e cruelmente realista. A releitura de Louise O'Neil remodela drasticamente nossas memórias infantis da Pequena Sereia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Conhecemos aqui a mais bela sereia de Mar Verde, dona de muitos nomes ao longo da história: Gaia, Muirgen, Grace... Com aparência semelhante à nossa conhecida de longa data, Ariel - longos cabelos vermelhos, olhos azuis profundos e cauda de escamas verde reluzentes, dona da mais bela voz - Gaia na verdade se baseia com maior profundidade na sereia do conto antigo. O universo desta pequena sereia não tem nenhum musical divertido ou companheiro marinho de aventuras aos quais nos acostumamos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Gaia é a filha mais nova e favorita do Rei dos Mares e acaba de completar 15 anos. A garota perdeu a mãe ainda bebê, com apenas 1 ano de idade, em circunstâncias misteriosas; além de um relacionamento problemático com as irmãs, Muirgen é também explorada de diversas formas por seu pai, e está noiva do assustador Zale, general do exército de Mar Verde.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dadas tais circunstâncias, não é de todo surpreendente que a sereia se apaixone à primeira vista por Oliver durante um naufrágio e decida deixar seu palácio submerso e toda sua vida para trás para integrar o mundo dos humanos. Como toda mulher oprimida numa sociedade patriarcal, Gaia só deseja ser livre.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>Vovó raspa minhas escamas, ignorando meu suspiro de dor. (...) 'A beleza não vem de graça', diria ela. 'Há sempre um preço a se pagar', e aí ela gesticularia para a própria cauda, com suas doze pérolas. Minha avó não nasceu na realeza, então de fato é esperado que que ela seja grata pelo adorno, concedido a ela por seu genro, o Rei dos Mares (...)</blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A automutilação compõe a rotina das mulheres sereias, que precisam costurar pérolas na sua própria carne para agradar os tritões e exibir seu elevado status social. O assunto é abordado de forma recorrente, em vários momentos em que Muirgen e as outras sereias recusam comida para manter seus corpos tão perfeitos quanto lhes é exigido. As princesas ouvem sempre o quanto a maior qualidade de uma mulher é sua beleza, chegando a se tornar inadmissível na corte mulheres "diferentes" - sendo muitas delas banidas junto aos indesejáveis para Longemar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A tradição das sereias, ao completar 15 anos, é nadar até a superfície; e como é esperado, Gaia emerge até a linha do horizonte junto com o sol nascente. Essa parte da história todos nós conhecemos bem: um navio é surpreendido por uma tempestade em alto mar e naufraga, e um jovem humano é resgatado das ondas revoltas pela pequena sereia, e deixado à beira da praia. No entanto, para salvá-lo, Gaia desafia as terríveis Russalka, negociando a vida do "seu humano" - Oliver - e colocando em risco a trégua da guerra entre o Reino dos Mares e o Mar de Sombras, governado pela Bruxa do Mar. Após o resgate, a garota retorna a sua vida de sempre.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De volta à sua rotina sufocante, Gaia se vê obrigada a aproximar-se do tritão com quem deverá se casar quando completar 16 anos. Zale é a personificação de tudo o que um homem produto da cultura do estupro pode se tornar. Ele é um homem muito mais velho que ela, injusto e violento. Após descobrir sobre a aventura da pequena sereia, Zale passa a chantageá-la, rompendo com os limites do consentimento e refletindo também as inclinações pedofílicas não só dele, mas da maioria dos homens no reino sirênico. Mesmo assim, Cosima - irmã e, durante a infância, melhor amiga de Gaia - se ressente. Ela era a primeira escolha para o casamento, prometida desde a infância pelo Rei dos Mares ao general. Mas quando Gaia atingiu a puberdade e se mostrou a mais "especial" - a mais bela, mais parecida com sua mãe e a portadora da mais bela voz - o tritão mudou de ideia. Cosima foi trocada por Muirgen. A pequena sereia se viu presa num compromisso pertubador e perdeu a sua melhor amiga. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>'Observa o peixe e você entenderá'. (...) O peixe macho perseguindo a fêmea sem parar, mordicando suas barbatanas, beliscando sua cauda, esperando que ela caísse em exaustão para enfim reinvindicá-la como sua. Eu não sabia dizer se eles estavam brigando ou fazendo amor. Talvez no final seja tudo a mesma coisa.</blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por tais experiências e pela forma completamente deturpada de entender um relacionamento conjugal a garota acaba nutrindo cada vez mais sua paixão por Oliver, esperando pela perfeita história de amor. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ela não deixa de pensar também no desaparecimento de sua mãe, Muireann. As histórias contam que Muireann foi capturada e morta por humanos, e Gaia acredita que indo para além da superfície irá descobrir mais sobre o acontecimento. E em meio a tanto medo e insegurança, Gaia toma sua decisão. Ela deixa o seu reino, e vai até a Bruxa do Mar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Após atravessar Longemar - aquele local para onde os indesájaveis habitam miseravelmente, ela alcança o Mar das Sombras. Ceto - a Bruxa do Mar - é tudo o que ela jamais imaginara, diferente de todas as histórias contadas. Fora dos padrões, bela, independente e poderosa, muito poderosa! Ceto deixa sua cabeça cheia de questões. Por que Ceto foi banida? Por que ela tem poderes? Quem são as Russalka? O que realmente aconteceu à sua mãe? Por que Mar Verde é governado sob tantas lei e regras terríveis?? E afinal, concede o desejo da pequena sereia é concedido porém, a um preço muitíssimo alto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Grace se transforma no que tanto desejara - uma garota humana. Na mesma praia que ela antes havia deixado Oliver, ela é encontrada por ele. Na sua nova vida, ela mora numa mansão, a mansão da família Carlisle. Ela conhece outros humanos, constatando duas curiosidades: os homens humanos muito parecidos com os tritões; as mulheres humanas são bastante diferentes das sereias. Outras descobertas são feitas pela pequena sereia, descobertas incitadas pela sua visita a Ceto. O mundo humano não é um mar de rosas. Amor à primeira vista... talvez seja outra coisa. E finalmente Grace descobre tudo o que buscava sobre sua mãe. Entre bebidas e pesadelos, quartos secretos, quadros, histórias de pescador, festas e noites dolorosas, a vida da garota toma outros rumos muito diferentes do que imaginávamos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E, bom, qualquer coisa a partir daqui seria mais do que um <i>spoiler</i>, não acham?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mais importante mensagem que a pequena sereia nos traz é que podemos ser fiéis a nós mesmas, podemos respeitar nossa identidade e acreditar que somos capazes de ser autossufucientes, podemos quebrar os padrões. De beleza, de relacionamentos abusivos, de expectativas irreais. Nenhuma vida, no fundo do mar ou acima dele, é um conto de fadas, mas mudanças e erros fazem parte da libertação. Sobrevivência. Nossa pequena sereia é ingênua, mas ela é capaz de enxergar as correntes que envolvem seu corpo para transformá-las nas correntes que a protegerão e fortalecerão. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"A Pequena Sereia e o Reino das Ilusões", escrito por Louise O'Neil, é um hino feminista, um transformador de ilusões infantis que até hoje, nós, mulheres, somos levadas a acreditar. E é muito mais do que isso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-lM2JPlatoEM/X4tbjcc-ffI/AAAAAAAAA7E/Yw2ltdpMoxkiwHJ356aVGC8TrYFkgCWvACLcBGAsYHQ/s3874/45.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="812" data-original-width="3874" src="https://1.bp.blogspot.com/-lM2JPlatoEM/X4tbjcc-ffI/AAAAAAAAA7E/Yw2ltdpMoxkiwHJ356aVGC8TrYFkgCWvACLcBGAsYHQ/s320/45.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><i></i></div><div style="text-align: justify;"></div><i><blockquote>'Quem sou eu agora?<br />'Quem é você?' Ceto repete meus pensamentos. (...) a pergunta mais importante é: quem você vai ser? Quem você é livre para ser agora?'</blockquote></i><br /></div><div style="text-align: center;">--- Lorena Macêdo ---</div>Lorena Macêdohttp://www.blogger.com/profile/09940430314510511458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-69576381787456444202020-10-16T18:00:00.005-03:002020-10-16T18:00:00.735-03:00True Crime: Mary Bell - A criança homicida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-y9L8mYX2_4M/X4U_5aTN9yI/AAAAAAAAA3s/ugDvbSLmqEwg15xNBRwmxBdXRZsv1F9TwCLcBGAsYHQ/s1747/Mary%2BBell%2B-%2BBlog.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-y9L8mYX2_4M/X4U_5aTN9yI/AAAAAAAAA3s/ugDvbSLmqEwg15xNBRwmxBdXRZsv1F9TwCLcBGAsYHQ/w640-h454/Mary%2BBell%2B-%2BBlog.png" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mary Bell, 11 anos de idade, duas crianças assassinadas. A história de Mary foi marcada por abusos sexuais horríveis que partiam tanto de sua mãe quanto de homens desconhecidos. Foi já nesse período que começou a manifestar sintomas clássicos característicos que futuros homicidas em série carregam em si: crueldade com animais, vandalismo e enurese prolongada. Mary, de acordo com a definição do FBI, não pode ser classificada como serial killer, tendo em vista que seu número de vítimas é um a menos que o mínimo (para o FBI, considera-se serial killer o sujeito que comete três ou mais assassinatos). </div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em maio de 1968, Mary e sua melhor amiga Norma agrediram quatro crianças em Scottswood, uma comunidade industrial que sofria com a depressão econômica no norte da Inglaterra. Passaram-se dez dias e o corpo do menino Martin Brown, de apenas três anos, foi encontrado em uma casa abandonada com sinais de estrangulamento. Foi a própria Mary quem informou a tia do menino sobre o ocorrido, e, nos dias subsequentes, ela e sua amiga foram várias vezes à casa da tia para fazer perguntas como: “Você sente falta do Martin?”. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Q9MBSgVS1gI/X4VACMGjAdI/AAAAAAAAA3w/rYl1wssCdMwZKJZtfqvR16I6mB1gN2RMgCLcBGAsYHQ/s1080/Mary%2BBell%2B-%2BCuriosidade.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-Q9MBSgVS1gI/X4VACMGjAdI/AAAAAAAAA3w/rYl1wssCdMwZKJZtfqvR16I6mB1gN2RMgCLcBGAsYHQ/s320/Mary%2BBell%2B-%2BCuriosidade.png" /></a></div>Após dois meses desse crime, outro menino de três anos de idade, Brian Howe. Sua irmã mais velha saiu à sua procura e encontrou Mary e Norma no caminho. Mary se ofereceu para ajudar nas buscas e a levou para um terreno baldio onde as crianças gostavam de brincar, foi nesse local que o corpo de Brian foi encontrado, também com sinais de estrangulamento, mas com o acréscimo de mutilação sexual com uma tesoura quebrada e em sua barriga a letra M marcada com uma navalha. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi o inspetor chefe James Dobson que notou que havia algo errado em Mary, pois no funeral de Brian, ele a observou e viu sua reação quando o caixão era levado para fora, ela estava rindo muito e esfregando as mãos. Foi a partir desse momento que os investigadores voltaram seu foco para Mary e Norma. Ambas foram encaminhadas para a delegacia e chegando lá uma acusou a outra do assassinato de Brian. Em dezembro as duas foram a julgamento e depois de nove dias, Norma foi absolvida e Mary condenada a prisão perpétua, o que pesou para sua pena foi o rótulo que os especialistas lhe deram: psicopata ardilosa e sem remorso. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-UotN9gWJmFA/X4VAKNchMGI/AAAAAAAAA34/pS9nc6DuQVUt22qCIfQi9ce6BK12GIsswCLcBGAsYHQ/s1080/Mary%2BBell%2B-%2BRefer%25C3%25AAncia.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-UotN9gWJmFA/X4VAKNchMGI/AAAAAAAAA34/pS9nc6DuQVUt22qCIfQi9ce6BK12GIsswCLcBGAsYHQ/s320/Mary%2BBell%2B-%2BRefer%25C3%25AAncia.png" /></a></div>Devido a sua idade e seu rosto angelical, Mary é descrita como a “Semente do mal Britânica”, em referência ao filme A Tara Maldita (1956), do diretor Mervyn LeRoy, adaptação do livro Menina Má, escrito por William March. Nesta história, Rhoda, uma menininha linda de trancinhas esconde um coração frio e calculista de psicopata, apavorando sua mãe que nota esses seus traços e se sente desolada e perdida sem saber o que fazer para salvar sua filha de si mesma. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A diferença entre Rhoda e Mary é que a primeira tem seu lar todo organizado, acolhedor, logo sua maldade é tratada como inata. Diferente do lar em que Mary cresceu. E a diferença mais assustadora, é que a história de Mary Bell é real, e nos faz imaginar que é possível uma menininha de apenas onze anos cometer atos tão cruéis.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>E vocês, conheciam o caso da Mary Bell?</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">--- Tina Viana ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/04905255803771506743noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-48553408569427880812020-10-13T18:00:00.111-03:002020-10-13T18:00:04.335-03:00Resenha: Com Sangue por Stephen King<div style="text-align: justify;"><div>"Com Sangue" é a mais nova antologia do Stephen King. Trazendo quatro contos com propostas bem diferentes, o escritor oferece um prato cheio para os seus leitores se deliciarem.</div></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z1T7c9DnqJg/X3azwY4ayCI/AAAAAAAAAu4/d0vGCvxMVCktjS_3meFXGHdn-vrF-BmsACLcBGAsYHQ/s2048/Com%2BSangue.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1425" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z1T7c9DnqJg/X3azwY4ayCI/AAAAAAAAAu4/d0vGCvxMVCktjS_3meFXGHdn-vrF-BmsACLcBGAsYHQ/s320/Com%2BSangue.jpg" /></a></div>Título:</b> Com Sangue</div><div style="text-align: left;"><b>Autor: </b>Stephen King</div><div style="text-align: left;"><b>Editora:</b> Suma</div><div style="text-align: left;"><b>Ano: </b>2020</div><div style="text-align: left;"><b>Páginas:</b> 400</div><div style="text-align: left;"><b>Onde comprar:</b> <a href="https://amzn.to/30r2LAw" target="_blank">Amazon</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2760ace2d71" target="_blank">Livraria Cultura</a> | <a href="https://redir.lomadee.com/v2/2768763fcb9" target="_blank">Submarino</a></div><div style="font-family: inherit; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b></b></span><blockquote><span style="font-family: inherit;"><b>Sinopse:</b> <i>"Do mestre do terror, uma nova coleção de contos que levará os leitores a momentos aterrorizantes da vida… e da morte. </i></span><i><span style="font-family: inherit;">Brilhante em narrativas curtas, King já escreveu alguns contos que viraram sucesso em todo o mundo, como as histórias que inspiraram os filmes Conta comigo e Um sonho de liberdade. Neste livro, assim como em Quatro estações e Escuridão total sem estrelas, ele cria uma coleção única e emocionante, demonstrando mais uma vez por que é considerado um dos maiores contadores de histórias de todos os tempos. </span><span style="font-family: inherit;">Este é um livro sobre amor, amizade, talento e justiça… em suas formas mais deturpadas. Em Com sangue, Stephen King reúne quatro contos com protagonistas inteligentes e complexos, que têm sua vida comum transformada por algum elemento inexplicável."</span></i></blockquote><i><span style="font-family: inherit;"></span></i></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u>"O Telefone do Sr. Harrigan"</u></b> conta a história de Craig, um garoto do interior, que é contratado pelo Sr. Harrigan, um homem idoso e extramamente rico, para realizar leituras diárias, bem como algumas tarefas em sua casa. Inicialmente, Craig não enxerga aquele homem como seu amigo, mas também não entende a dimensão do poder aquisitivo que ele tem e não possui qualquer ambição com relação ao patrimônio dele, embora todos na cidade comentem sobre o quão rico e avarento ele é. </span><span style="font-family: inherit;">Eis que no auge do desenvolvimento dessa amizade, Craig precisa encarar um grande abalo emocional que se intensifica com </span><span style="font-family: inherit;">uma sucessão de eventos misteriosos que podem estar diretamente ligados à ele e ao Sr. Harrigan.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esta é a minha história favorita porque traz todos os elementos observáveis nos clássicos do King: fato ordinário que se torna em algo extraordinário e uma aparente impossibilidade de justificar a sua ocorrência de maneira racional. No decorrer das páginas, o autor proporciona reflexões sobre vida, morte, amizade, vingança e justiça, porém, do jeito King de ser, ou seja, nada parecido com uma lição, apenas uma proposta que está ali. Além disso, é</span><span style="font-family: inherit;"> um texto que permite diversas interpretações e que consegue ser complexo em sua simplicidade, pois, mesmo após o seu encerramento, o leitor se questiona sobre o fundamento sobrenatural do enredo e se isso teria outras repercussões mesmo depois do ponto final. Vale lembrar que nele há uma crítica feroz ao uso do celular, das redes sociais e da <i>internet</i>, de modo geral.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i></i></div><i><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>(...) Filmes são efêmeros, enquanto os livros, os bons, são eternos, ou quase isso. Você leu muitos bons livros para mim, mas há outros esperando para serem escritos. Isso é tudo que direi.</blockquote></i></div></i><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u>"A Vida de Chuck"</u></b>, por outro lado, é um conto que traz uma complexidade estrutural que só te permite descobrir a sua grandeza ao final, já que o que se inicia como o prenúncio do fim do mundo, por meio de uma visão ampla de diversas figuras que estão lutando contra o tempo para se unir aos entes queridos e entender a mensagem por trás dos </span><i style="font-family: inherit;">outdoors </i><span style="font-family: inherit;">e chamadas na TV e rádio que dizia "Obrigado, Chuck" e "39 ótimos anos", vai se voltando para algo mais intimista na medida em que o personagem do Chuck passa a narrar a sua vida, desde a sua infância até o ápice de sua vida adulta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esse foi um dos contos que me causaram uma estranheza desde o início porque ele é narrado de forma descrescente, de modo que em certos momentos é difícil acompanhar a proposta de King, que, talvez, só seja melhor compreendida com uma segunda leitura, desta vez, de trás para frente. Apesar de não ter entendido a totalidade do texto, achei interessante o misto de ficção científica e fantasia presentes em momentos crucias do conto, porém, assim como no conto anterior, não é possível verificar a origem mítica de tudo e tudo fica por conta da imaginação do leitor.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>O cérebro humano é finito, não passa de tecido esponjoso dentro de uma caixa de osso, mas a mente dele é infinita. A capacidade de armazenamento é colossal, o alcance imaginativo além da nossa capacdade de compreensão. Eu não acho que uma biblioteca pega fogo quando um homem ou uma mulher morre, acho que um mundo inteiro cai em ruína, o mundo que a pessoa conheceu e acreditava. Pense nisso, moleque: tem bilhões de pessoas no mundo e cada uma delas tem um mundo dentro de si. A Terra que suas mentes conceberam. </blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Já em <b><u>"Com Sangue"</u></b>, tem-se a história de Holly, personagem da trilogia Bill Hodges, que entra em uma investigação sobre a explosão de uma bomba enviada para uma escola e que vitimou diversas crianças. A origem desse assassinato parece estar ligado à um repórter que estava cobrindo a tragédia e que pode não ser aquilo que todos esperam. Na medida em que Holly se aprofunda na sua busca, outros aspectos a respeito da sua vida são abordados, como a sua relação com a mãe, a doença do seu tio, o desenvolvimento do seu trabalho na Achados e Perdidos, bem como a relação com todos os seus parceiros profissionais, que acabam se tornando sua verdadeira família.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O ritmo desse enredo é eletrizante e há diversos acontecimentos para acompanhar, já que King nos presenteia com diversos pontos de vista. Uma das principais críticas feitas pelo autor consiste na máxima de "notícias com sangue vendem" e aborda não só as questões ligadas aos profissionais da comunicação que cobrem essa área, como também ao consumo de tragédias pelas demais pessoas - o que seria perfectibilizado pelo sentimento de alívio de que mesmo sendo triste, estava tudo bem pois aquela ocorrência tão terrível não teria acontecido consigo ou com pessoas a quem se ama. Entretanto</span><span style="font-family: inherit;">, apesar de ter gostado muito, me senti frustrada por ter descoberto eventos importantíssimos da trilogia Bill Hodges e Outsider, já que ainda não os li, portanto, quem não leu: cuidado com os <i>spoilers</i>.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>(...) Porque eu acredito no inacreditável. Não quero, mas acredito.</blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b><u>"Rato"</u></b> encerra a antologia e possui como foco um recorte da vida de Drew, um escritor que sonha em escrever um romance depois de fracassar miseravelmente durante anos. Assim, quando surge a ideia para que ele escreva uma história de faroeste, e as coisas parecem estar absolutamente bem desenvolvidas em sua cabeça, ele se isola na cabana da família para esse fim. Em um primeiro momento tudo ocorre como esperado, porém, passados alguns dias ele começa a apresentar sintomas gripais e uma forte tempestade ameaça deixá-lo preso no lugar. Com medo de ir embora e perder a capacidade de escrever, ele insiste em continuar na cabana, ignorando todos os pedidos de retorno de sua esposa. A medida em que ele vai adoecendo, o jeito com as palavras parece se esgotar e ele não sabe mais o que fazer... até que um pacto lhe é oferecido.</span></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">King é mestre em trazer excelentes histórias sobre escritores e essa não é diferente. Nesse conto, em especial, é perceptível o</span><span style="font-family: inherit;"> ritmo crescente da narrativa, que vai desde a concepção da ideia inicial do livro até a sua execução, e mais, ao possível bloqueio criativo de Drew.</span><span style="font-family: inherit;"> É bem interessante espiar a mente de um escritor, principalmente de um que está tentando conceber seu primeiro romance. Toda a angústia e incerteza permeia cada página. Para além de trazer um ambiente claustrofóbico, o Mestre do Horror recria um conto de fadas em uma versão bastante macabra e que apresenta nada menos que um pacto fáustico de arrepiar! Esse conto me deixou conectada do início ao fim. Apesar de ser um pouco mais extenso, possui uma fluidez maravilhosa e com certeza disputa o favoritismo dessa obra.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><i><blockquote>(...) A realidade era profunda e era distante. Guardava muitos segredos e continuava eternamente.</blockquote></i></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O livro "Com Sangue" é o tipo de antologia que não se lê pausadamente, mas sim se devora vorazmente! Cada conto possui características interessantíssimas e, de certa forma, se conectam por trazer em sua essência uma abordagem sobre os métodos de comunicação que temos e a forma que lidamos com essas ferramentas, seja por meio da telefonia (o uso do telefone por Craig em "O Telefone do Sr. Harrigan"), da publicidade (a relevância dos<i> outdoors</i> em "A Vida de Chuck"), do jornalismo (as manchetes sangrentas em "Com Sangue"), seja por meio da literatura (o processo de escrita e tudo que tem no caminho até a publicação de um livro em "Rato"). É uma obra excelente e que certamente irá encantar os leitores do escritor.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-u-_pll1jXmU/X4UUaex9rrI/AAAAAAAAMSc/r5jkgE94yFYtdr84jpGMCCSomINjyQD4ACLcBGAsYHQ/s3874/40.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="812" data-original-width="3874" src="https://1.bp.blogspot.com/-u-_pll1jXmU/X4UUaex9rrI/AAAAAAAAMSc/r5jkgE94yFYtdr84jpGMCCSomINjyQD4ACLcBGAsYHQ/s320/40.jpg" width="320" /></a></div></div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote>(...) Tristeza é contagiosa, e o quanto isso é uma merda?</blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><div style="text-align: center;">--- Isabelle Vitorino ---</div>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/04905255803771506743noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-9877600766973175912020-10-12T22:32:00.004-03:002020-10-12T22:32:37.554-03:00Animações para o Halloween<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-f9dQuQkfRAc/X4UBuYVMeMI/AAAAAAAAA3Q/BVxmFketEcMuALdtv2WGKwILpsDRP7OVQCLcBGAsYHQ/s1747/Anima%25C3%25A7%25C3%25B5es%2Bpara%2Bo%2BHalloween.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-f9dQuQkfRAc/X4UBuYVMeMI/AAAAAAAAA3Q/BVxmFketEcMuALdtv2WGKwILpsDRP7OVQCLcBGAsYHQ/w640-h454/Anima%25C3%25A7%25C3%25B5es%2Bpara%2Bo%2BHalloween.png" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Hoje é o Dia das Crianças e nós não poderíamos deixar de trazer algumas sugestões para vocês relembrarem a infância. No entanto, sem esquecer, é claro, que estamos no mês especial do Halloween. Assim, fizemos uma seleção muito bacana de animações que conseguem remeter à tudo isso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por isso, meus caros amigos, preparem o seu serviço de streaming favorito e juntem-se a nós para revisitar alguns personagens icônicos que nos acompanharam durante anos, bem como para, talvez, conhecer alguns deles sobre outra perspectiva.</div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: center;">A Noiva Cadáver</h2><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-JXvX2VGkMrk/X4T1pmvZk2I/AAAAAAAAA2I/cRNewcU2yZk4cFj6idjoX_QV6CMcxWd-wCLcBGAsYHQ/s512/A%2BNoiva%2BCad%25C3%25A1ver.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="349" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-JXvX2VGkMrk/X4T1pmvZk2I/AAAAAAAAA2I/cRNewcU2yZk4cFj6idjoX_QV6CMcxWd-wCLcBGAsYHQ/s320/A%2BNoiva%2BCad%25C3%25A1ver.jpg" /></a></div><i>Stop-motion</i> e Tim Burton são os ingredientes perfeitos para essa aclamada animação gótica! Victor ensaios nervoso seus votos de casamento, mal sabendo que a árvore que usa para ensaiar esconde Emily, a pobre noiva que foi morta após fugir com seu amor. Pensando finalmente ter sido pedida em casamento, a sobrenatural criatura leva Victor para o mundo dos mortos, onde ele terá que desfazer o desentendido o mais depressa possível. Inspirado em um conto do século XIX, Tim Burton quis trazer a ideia do "até que a morte nos separe" par sim novo patamar, e conseguiu! Filme brilhante, triste e que traz um conteúdo muito delicada, que quase leva uma estatueta do Oscar!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;">Hotel Transilvânia</span></h2><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-CBtHylrJLpw/X4T3aY4QbpI/AAAAAAAAA2w/XxByQ5e-_jYAajdw0ZJQFKPp3H_gJsxUQCLcBGAsYHQ/s480/Hotel%2BTransilv%25C3%25A2nia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="320" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-CBtHylrJLpw/X4T3aY4QbpI/AAAAAAAAA2w/XxByQ5e-_jYAajdw0ZJQFKPp3H_gJsxUQCLcBGAsYHQ/s320/Hotel%2BTransilv%25C3%25A2nia.jpg" /></a></div>Faça suas malas e acerte seu Early Check In para não perder nenhum momento do hotel mais macabro do mundo. Reservas apenas para monstros. Com a proposta mais descontraída e divertida, acompanhamos Drácula e todos os demais monstros clássicos do terror/horror em um trilogia de aventuras para a família inteira, onde o mais assustador vai ser a possibilidade de você não maratonar os filmes, um após o outro! É daquelas animações excelentes para assistir em família e não só no Halloween.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><h2 style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></h2><h2 style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><br /></span></h2><h2 style="text-align: center;"><br /></h2><h2 style="text-align: center;">Liga da Justiça Sombria</h2><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-IEV_JFTmt-U/X4T3SQqSiKI/AAAAAAAAA2o/Hn-9m3efABk-iJE5MHuZogKmkV1ddI29wCLcBGAsYHQ/s480/Liga%2Bda%2BJusti%25C3%25A7a%2BSombria.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="320" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-IEV_JFTmt-U/X4T3SQqSiKI/AAAAAAAAA2o/Hn-9m3efABk-iJE5MHuZogKmkV1ddI29wCLcBGAsYHQ/s320/Liga%2Bda%2BJusti%25C3%25A7a%2BSombria.png" /></a></div><div style="text-align: justify;">Com dois filmes animados da franquia mais trevosa dos heróis da DC Comics, acompanhamos John Constantine, o anti herói mais controverso já criado pelo mundo, e outros heróis que possuem um quê de misticismo, como Zatanna e em Etrigan, em aventuras que exploram o mundo sobrenatural, além de uma guerra de proporções épicas que ameaçam a vida na terra. Os filmes do time contam com temas pesados e cenas extremamente gráficas, que fazem os fãs de quadrinhos se perguntarem se estão de fato vendo um animação de seus heróis. </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><h2 style="text-align: center;"><br /></h2><h2 style="text-align: center;">Monstros S.A.</h2><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-G1aVvQ3Xclc/X4T3EnTurxI/AAAAAAAAA2k/zOJqNRdqTY0ymjS_gCHDetuESl5Y24FDwCLcBGAsYHQ/s480/Monstros%2BS.A..jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="320" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-G1aVvQ3Xclc/X4T3EnTurxI/AAAAAAAAA2k/zOJqNRdqTY0ymjS_gCHDetuESl5Y24FDwCLcBGAsYHQ/s320/Monstros%2BS.A..jpg" /></a></div>Sim, a empresa de monstros mais macabra de Monstrópolis está aqui! Com a crise de energia, toda baseada nos gritos de medo de Crianças, acompanhamos os amigos Sully e Mike que se metem numa confusão dos infernos por terem deixado a coisa mais nociva e perigosa ingressar no mundo dos monstros: uma crianças humana! Divertido, leve e engraçado. O filme talvez nada aterrorizante, mas extremamente cativante, vai fazer você se perguntar se aquele monstro debaixo da sua cama era de fato uma fantasia infantil...</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><h2 style="text-align: center;"><br /></h2><h2 style="text-align: center;"><br /></h2><h2 style="text-align: center;">O Estranho Mundo de Jack</h2><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-8ihuXpCq8_M/X4T1bIPShPI/AAAAAAAAA2E/UsyncI13BAs_Fd-pikv_7AlknSLS0oBsACLcBGAsYHQ/s480/O%2BEstranho%2BMundo%2Bde%2BJack.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="320" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-8ihuXpCq8_M/X4T1bIPShPI/AAAAAAAAA2E/UsyncI13BAs_Fd-pikv_7AlknSLS0oBsACLcBGAsYHQ/w213-h320/O%2BEstranho%2BMundo%2Bde%2BJack.jpg" width="213" /></a></div>Dirigido por Henry Selick, que se baseou em um poesia do Tim Burton, acompanhamos a vida de Jack Skellington, o Rei do Halloween, que se encontra deprimido por achar que não é mais capaz de inovar em sua função, que é fazer o Halloween mais incrível de todos. Acontece que Halloween Town é apenas uma das cidades comemorativas e logo Jack se verá encantado e apaixonado não apenas pelo Halloween, mas também pelo Natal! Um clássico que se tornou culto, pela indicação e sua criação e por sua trilha sonora, "O Estranho Mundo de Jack" é um filme coringa excelente seja para o Halloween, seja para o Natal.</div><div><br /></div></div><h2 style="text-align: center;"><br /></h2><h2 style="text-align: center;">Scooby-Doo e o Fantasma da Bruxa</h2><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-n0tibeTeCZs/X4T20tUxe7I/AAAAAAAAA2c/AJHLFU-7sAQXnHcFshqoIbESHaHaTjGSwCLcBGAsYHQ/s480/Scooby-Doo%2Be%2Bo%2BFantasma%2Bda%2BBruxa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="320" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-n0tibeTeCZs/X4T20tUxe7I/AAAAAAAAA2c/AJHLFU-7sAQXnHcFshqoIbESHaHaTjGSwCLcBGAsYHQ/s320/Scooby-Doo%2Be%2Bo%2BFantasma%2Bda%2BBruxa.jpg" /></a></div>Que Scooby-Doo marcou a infância da maioria dos nascidos entre as décadas de 80 e 90, isso é inegável. Com episódios misteriosos, o enredo básico é a investigação pelo grupo de amigos de casos com pitadas sobrenaturais, mas que acabam se revelando uma fraude. Neste longa, temos uma proposta diferente, já que aqui há um misto da realidade com o sobrenatural, quando aparições de uma bruxa passa a atrair muitos turistas. Isso, porque, na medida em que encenações são feitas na superfície, algo mais antigo parece estar surgindo das profundezas, o que representa um grande perigo. Aqui você encontrará bruxas, vampiros, escritores, uns bons sustos e muitas risadas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><h2 style="text-align: center;">Viva - A vida é uma festa</h2><div><br /></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-1l7RKzhj5lg/X4T2NFfrXwI/AAAAAAAAA2Q/Eg4s3zMNpQciebyJiGMezEK7idkdr4xgwCLcBGAsYHQ/s480/Viva%2B-%2BA%2BVida%2B%25C3%25A9%2Buma%2Bfesta.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="320" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-1l7RKzhj5lg/X4T2NFfrXwI/AAAAAAAAA2Q/Eg4s3zMNpQciebyJiGMezEK7idkdr4xgwCLcBGAsYHQ/s320/Viva%2B-%2BA%2BVida%2B%25C3%25A9%2Buma%2Bfesta.jpg" /></a></div>O dia dos mortos não é um dia de tristeza, mas sim um dia de recordação e alegria por aqueles que amamos. Em " Viva - A vida é uma festa ", a morte é tratada de um jeito lindo, quando Miguel, que aspira por se tornar um músico, mas é proibido pela família que tem total aversão a música, busca provar que seu ídolo musical, Ernesto de la Cruz, é seu familiar e com essa convicção, acaba se vendo rumo ao fantástico Mundo dos Mortos. Vamos seguir então Miguel nessa aventura onde descobrirá mais sobre si e sobre sua família. Um filme sensível e doce sobre a família, a vida e sobre como a morte não é algo para ser temido.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: center;"><br /></h2><h2 style="text-align: center;">Bônus: Os Simpsons - Treehouse of Horror</h2><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZRVtXUmlBkY/X4T2WofkQMI/AAAAAAAAA2U/6kR8BiIUUTAz86IuX16ix0kYDUF4rbArACLcBGAsYHQ/s480/Simpsons%2B-%2BTreehouse%2Bof%2BHorror.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="320" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZRVtXUmlBkY/X4T2WofkQMI/AAAAAAAAA2U/6kR8BiIUUTAz86IuX16ix0kYDUF4rbArACLcBGAsYHQ/s320/Simpsons%2B-%2BTreehouse%2Bof%2BHorror.jpg" /></a></div>Criada em 1989 e contando com 32 temporadas, "Os Simpsons" angariou uma legião de fãs por trazer um enredo cada vez mais assertivo, que mescla atualidades, história e cultura pop. Dentre as referências que estão presentes em diversos episódios da série, àquelas ligadas ao Halloween certamente serão achadas no especial Treehouse of Horror. Desde a 2ª temporada os criadores inseriram um episódio apenas com histórias de terror, ficção científica e fantasia, contadas na casa da árvore da família. O primeiro episódio desse especial é extraordinário e traz uma nova versão para "O Corvo" de Edgar Allan Poe. Vale lembrar, que as histórias são bem sangrentas e nada infantis.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E como não poderia deixar de ser, queremos saber de vocês: <b>conhecem todas as indicações de hoje? Qual a sua animação favorita dentre elas? Quais outras animações vocês indicariam para quem curtir essa data em clima de Halloween?</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: center;">--- Marcel Elias ---</div>Marcel Eliashttp://www.blogger.com/profile/05451846430180041016noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-21650178970158680182020-10-10T00:20:00.042-03:002020-10-11T01:30:00.023-03:00True Crime: Genene Jones - a enfermeira americana<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-sLJf4EG8h7s/X4KHDhmJ2AI/AAAAAAAAAzU/sLjaQ3jApgoEt8-d9HU9FxzpDsb_EL5_gCLcBGAsYHQ/s1747/Genene%2BJones_%2Ba%2Benfermeira%2Bamericana%2B-%2BBlog.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-sLJf4EG8h7s/X4KHDhmJ2AI/AAAAAAAAAzU/sLjaQ3jApgoEt8-d9HU9FxzpDsb_EL5_gCLcBGAsYHQ/w640-h454/Genene%2BJones_%2Ba%2Benfermeira%2Bamericana%2B-%2BBlog.png" width="640" /></a></div><b style="background-color: white; color: #111111; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b style="background-color: white; color: #111111; margin: 0px; padding: 0px;">ATENÇÃO: </b><u style="background-color: white; color: #111111; margin: 0px; padding: 0px;">esse texto pode trazer conteúdos sensíveis por abordar um caso real</u><span style="background-color: white; color: #111111;">. No entanto, o intuito da coletânea </span><i style="background-color: white; color: #111111; margin: 0px; padding: 0px;">true crime</i><span style="background-color: white; color: #111111;"> é alertar e propor uma reflexão aos perigos que nos rondam e não disseminar o sensacionalismo.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O ano era 1982, na cidade de Kerrville, Texas. É aberta uma nova clínica pediátrica sob a responsabilida</span><span style="font-family: inherit;">de da médica Kathy Holland e sua enfermeira de confiança, Genene Jones, considerada um verdadeiro achado. Na manhã do segundo dia de funcionamento Petti McClellan levou sua bebê de 14 meses, a pequena Chelsea para uma consulta devido a episódios de respiração irregular e espasmos pulmonares. Enquanto Petti conversava com a médica, a enfermeira pegou a criança e a levou para a sala de tratamento, onde poderia ficar brincando, quando de repente ouve-se a voz da enfermeira chamando a Dra. Kathy pois a Chelsea estava desfalecida sobre a mesa de exame. Depois de dez dias de exames na UTI nada foi encontrado que pudesse explicar o que aconteceu, e logo após Chelsea se recuperou muito bem. Seus pais fizeram questão de falar para todos que Kathy e Genene haviam salvado a vida de sua filha. </span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-f6mIGLuqlBs/X4J_CEOMj_I/AAAAAAAAAyc/8gwWj1Z1Jy4BMaALWRvRtFCVma-P8lmIQCLcBGAsYHQ/s1080/Genene%2BJones%2B-%2BCuriosidade.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-f6mIGLuqlBs/X4J_CEOMj_I/AAAAAAAAAyc/8gwWj1Z1Jy4BMaALWRvRtFCVma-P8lmIQCLcBGAsYHQ/w320-h320/Genene%2BJones%2B-%2BCuriosidade.png" width="320" /></a></div>Petti voltou à clínica com Chelsea e seu irmão de três anos, para uma consulta de rotina. Após um rápido exame, a médica recomendou que fossem aplicadas duas vacinas, uma para prevenção do sarampo, caxumba e rubéola e a outra contra difteria e tétano. Após a primeira vacina ser inserida na coxa esquerda da criança, a mesma amoleceu e ficou inconsciente. Chelsea foi levada as pressas para um hospital maior, no entanto, depois de 13km ela teve uma parada cardíaca. Nada conseguiu trazer a pequena criança de volta.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Chelsea não foi a primeira, e infelizmente também não foi a última criança a morrer de maneira inesperada e inexplicável. O médico legista Vincent Di Maio após uma palestra em San Antonio, Texas, soube por um colega neurologista que o promotor da cidade de Kerrville estava investigando a morte de uma criança, e que ele suspeitava de uma médica e uma enfermeira. E foi além, disse também que havia registros de tantas outras mortes suspeitas de bebês no centro médico, e que o hospital já estava conduzindo uma investigação. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Duas sindicâncias foram abertas e revelaram uma coincidência: o nome da enfermeira Genene Jones. Jones foi encaminhada para adoção assim que veio ao mundo, e perdeu o irmão caçula e seu pai de formas trágicas e prematuras. Trabalhou em são de beleza, depois fez curso de enfermagem em 1978 foi contratada para trabalhar no Hospital do Condado de Bexar, Texas. Suas colegas dessa época relataram um episódio em que Jones fez exageradas demonstrações de luto ao ver uma criança que estava sobre seus cuidados falecer. O número de óbitos e quase óbitos só aumentava, enquanto trabalhou na ala pediátrica, foram 42 bebês mortos. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-xvSWvEv-EAQ/X4KD_lDHIPI/AAAAAAAAAy4/c0kEEPDRs4kK1I5Li_0GiZexMrS5xRBJwCLcBGAsYHQ/s1080/Genene%2BJones%2B-%2BRefer%25C3%25AAncia.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-xvSWvEv-EAQ/X4KD_lDHIPI/AAAAAAAAAy4/c0kEEPDRs4kK1I5Li_0GiZexMrS5xRBJwCLcBGAsYHQ/w320-h320/Genene%2BJones%2B-%2BRefer%25C3%25AAncia.png" width="320" /></a></div>Foi com a ajuda da Dra. Holland que foi possível a investigação se aproximar ainda mais da enfermeira Jones, pois foi observado por ela o desaparecimento de um dos frascos da droga <i>succinilcolina</i> pouco tempo depois da morte de Chelsea, e quando o frasco foi encontrado estava com marcas de dois furos de agulha. A médica nunca havia receitado tal droga para nenhum de seus pacientes e era a enfermeira Jones a responsável pelas encomendas dos fármacos. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Com o andar da investigação, o corpo de Chelsea teve que ser exumado, e nos testes realizados foi encontrado vestígio de <i>succinilcolina</i>. Foi a peça chave para indiciar Jones. Um júri de acusação em Kerrville apresentou a denúncia e a enfermeira foi presa pelo assassinato de Chelsea, e sete lesões corporais a crianças devido aos casos quase fatais na clínica, porém, conseguiu pagar sua fiança e ficou em liberdade até o início do julgamento. Após alguns dias de julgamento, Genene Jones foi condenada a 99 anos de prisão pelo assassinato de Chelsea e outros 60 anos por ferir deliberadamente outra criança. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Jones pode ter assassinado até 46 bebês e crianças que estavam aos seus cuidados. Quando foi presa, em 1980, o Texas tinha uma lei que permitia 3 dias descontados da pena do condenado para cada dia de bom comportamento. Jones passou 30 anos ilesa, com bom comportamento, e em março de 2018 já poderia solicitar sua condicional. No entanto, ainda não obteve êxito no seu pedido.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">--- Tina Viana ---</span></div></span>Isabelle Vitorinohttp://www.blogger.com/profile/04905255803771506743noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5693457945263194711.post-63647961934294592562020-10-05T21:00:00.067-03:002020-10-19T01:19:23.581-03:00Séries de TV: American Horror Story <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-J1Yy94OCd2g/X40TuTlYpYI/AAAAAAAAA9s/VY2H0xCef2sVSlnk4cuayCjg63pMzbh4wCLcBGAsYHQ/s1747/S%25C3%25A9rie%2Bpara%2Bmaratonar%2Bno%2BHalloween.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="1747" height="454" src="https://1.bp.blogspot.com/-J1Yy94OCd2g/X40TuTlYpYI/AAAAAAAAA9s/VY2H0xCef2sVSlnk4cuayCjg63pMzbh4wCLcBGAsYHQ/w640-h454/S%25C3%25A9rie%2Bpara%2Bmaratonar%2Bno%2BHalloween.png" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="d5uvb-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: start; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="d5uvb-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;"><span data-offset-key="d5uvb-0-0"><span style="font-family: inherit;">American Horror Story é uma série antológica de terror criada por Brian Murphy (Glee, Scream Queens, Pose, Ratched), e seu primeiro episódio foi ao ar em outubro de 2011. </span></span></div></div><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="10f87-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: start; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="10f87-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;"><span data-offset-key="10f87-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="68bbr-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: start; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="68bbr-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;"><span data-offset-key="68bbr-0-0"><span style="font-family: inherit;">A série possui 9 temporadas, com a décima pronta para ia ao ar ainda esse ano. Cada temporada possui um título diferente, e enredos diferentes, que exploram os mais diferentes estilos de terror e suspense, misturando lendas urbanas, clássicos do horror e até mesmo horripilantes histórias reais.</span></span></div></div><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="fvoqt-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: start; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fvoqt-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;"><span data-offset-key="fvoqt-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="cpbfs-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: start; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="cpbfs-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;"><span data-offset-key="cpbfs-0-0"><span style="font-family: inherit;">Alguns dos atores se tornaram recorrentes e fixos no programa, tanto pela preferência do público como da própria equipe de produção. Nomes incríveis como Jessica Lange, Angela Basset, Denis O'Hare, Sarah Paulson, Even Peters e Kathy Bates, entre outros estão presentes em diversas temporadas da série. Outros nomes dignos de tapete vermelho com curtas participações abrilhantam também o programa, com Zachary Quinto, Stevie Nicks, Lady Gaga e Cuba Golding Jr.</span></span></div></div><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="64te0-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: start; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="64te0-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;"><span data-offset-key="64te0-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="98ol2-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: start; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="98ol2-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;"><span data-offset-key="98ol2-0-0"><span style="font-family: inherit;">Com o nosso pequeno guia, você pode escolher suas temporadas favoritas, já que não é estritamente necessárioa assisti-las na ordem de lançamento. Mas se você for como nós, indico assistir desde o início, na sequência, para não perder os easter eggs e sutis ligações entre as histórias, que dão um quê a mais de mistério para o seriado.</span></span></div></div><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="dsio2-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: start; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="dsio2-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;"><span data-offset-key="dsio2-0-0"><span style="font-family: inherit;"><br data-text="true" /></span></span></div></div><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="6rsfm-0-0"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="6rsfm-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; direction: ltr; position: relative; text-align: justify; white-space: pre-wrap;"><span data-offset-key="6rsfm-0-0"><span style="font-family: inherit;">Então, seja bem-vindo ao Mundo do Terror!</span></span></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Murder House - 1ª Temporada</span></h2></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-fldK-G8Hz8c/X3qZc2aW6CI/AAAAAAAAAxE/VjvLXc9VYbEyKyenRddqrLUlsd0Hp5tTACLcBGAsYHQ/s700/AHS%2B-%2BMurder%2BHouse.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="458" src="https://1.bp.blogspot.com/-fldK-G8Hz8c/X3qZc2aW6CI/AAAAAAAAAxE/VjvLXc9VYbEyKyenRddqrLUlsd0Hp5tTACLcBGAsYHQ/w640-h458/AHS%2B-%2BMurder%2BHouse.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A primeira temporada da série foi ao ar em 2011. Repleta de suspense e terror psicológico, a trama gira em torno da família Harmon, que se muda para uma casa com um histórico pra lá de pertubador, conhecida de diversas entidades diretamente ligadas com a antiga construção turisticamente como "A Casa dos Assassinatos". Presenças distinguir o que é ou não real. E atormentam a vida de Ben, Vivian e Violet, a ponto de ser impossível para piorar, além de lidar com todos os problemas trazidos pela casa, ainda há questões familiares a serem resolvidas.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Asylum - 2ª Temporada</span></h2><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-mnv0zHcfukU/X3qZoYVSz2I/AAAAAAAAAxI/s16mxgffeosfmo0bkVhnyFqW7YRBz9y5wCLcBGAsYHQ/s700/AHS%2B-%2BAsylum.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="458" src="https://1.bp.blogspot.com/-mnv0zHcfukU/X3qZoYVSz2I/AAAAAAAAAxI/s16mxgffeosfmo0bkVhnyFqW7YRBz9y5wCLcBGAsYHQ/w640-h458/AHS%2B-%2BAsylum.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A história acontece dentro de um manicômio regido por freiras durante meados da década de 60. Acompanhamos as atrocidades cometidas dentro dessas época. O protagonismo gira em torno dos homicídios cometidos pelo instituições, práticas inclusive comuns em manicômios reais na <i>serial killer</i>, Bloody Face, e da jornalista, Lana Winters, que durante sua investigação é involuntariamente internada. Uma pitada de "teoria da conspiração" traz o envolvimento de um antigo cientista médico nazista e até mesmo extra terrestres.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Coven - 3ª Temporada</span></h2></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-MMKTTs40E-s/X3qZvomY1-I/AAAAAAAAAxQ/gF84KlFdBvIKL63PgHMFiDekYoVC0NSfQCLcBGAsYHQ/s700/AHS%2B-%2BCoven.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="458" src="https://1.bp.blogspot.com/-MMKTTs40E-s/X3qZvomY1-I/AAAAAAAAAxQ/gF84KlFdBvIKL63PgHMFiDekYoVC0NSfQCLcBGAsYHQ/w640-h458/AHS%2B-%2BCoven.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esta temporada traz a temática da bruxaria, focada numa escola para as descendentes atuais das famosas bruxas de Salem após 300 anos dos terríveis julgamentos. Em New Orleans, um grupo de garotas e mulheres além de descobrirem seus dons e as sérias consequências da bruxaria, são reverenciada Marie Laveau, a Rainha do Vodu, e Delphine LaLaurie, uma perseguidas por um grupo secreto de caçadores de bruxas. A temporada também traz personagens baseadas em histórias reais, como a das maiores torturadoras e assassinas de escravos de todos os tempos.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Freakshow - 4ª Temporada</span></h2><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-0KHtQmMrcbI/X3qZ4MmkZ1I/AAAAAAAAAxY/mkHGW_HEnI0oBXp9LVAlERD0KjWiCauegCLcBGAsYHQ/s700/AHS%2B-%2BFreakshow.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="458" src="https://1.bp.blogspot.com/-0KHtQmMrcbI/X3qZ4MmkZ1I/AAAAAAAAAxY/mkHGW_HEnI0oBXp9LVAlERD0KjWiCauegCLcBGAsYHQ/w640-h458/AHS%2B-%2BFreakshow.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Na década de 50, quando uma série de terríveis assassinatos e desaparecimentos começa a acontecer, os olhares das autoridades se voltam para o show de aberrações da misteriosa Elsa Mars. Com uma trupe bastante usados como bode expiatório, o palhaço Twisty e seu cúmplice especial, o show é alvo de mercenários e psicopatas, e enquanto são continuam a cometer atrocidades na pequena cidade de Jupiter.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Hotel - 5ª Temporada</span></h2><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-tFIOK4-1SIY/X3qaBFAW5TI/AAAAAAAAAxk/uE1bxtrOTIYBfU4ha5XCYXPrxuuDQQqLQCLcBGAsYHQ/s700/AHS%2B-%2BHotel.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="458" src="https://1.bp.blogspot.com/-tFIOK4-1SIY/X3qaBFAW5TI/AAAAAAAAAxk/uE1bxtrOTIYBfU4ha5XCYXPrxuuDQQqLQCLcBGAsYHQ/w640-h458/AHS%2B-%2BHotel.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Com uma pegada de suspense policial, cheio de sensualidade, a história acontece dentro do Hotel Cortez, apontado como principal local conectado às mortes fantasma de James Patrick March, primeiro dono do estabelecimento, do caso "Dez Mandamentos". Dentro do Hotel, coexistem o de seres detentores de eterna juventude, fatalmente atraídos por seus colegas assassinos e suas vítimas, além de um grupo misterioso sangue, comandados pela sedutora Condessa.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Roanoke </span>- 6ª Temporada</h2></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-08_o_S4NV4U/X3qaJoKwBpI/AAAAAAAAAxo/eUk60QvOVe0YKfUqllVBgQ_5MfQMJ3ksgCLcBGAsYHQ/s700/AHS%2B-%2BRoanoke.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="458" src="https://1.bp.blogspot.com/-08_o_S4NV4U/X3qaJoKwBpI/AAAAAAAAAxo/eUk60QvOVe0YKfUqllVBgQ_5MfQMJ3ksgCLcBGAsYHQ/w640-h458/AHS%2B-%2BRoanoke.jpeg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O estilo de produção da temporada dá o tom inusitado à história: a primeira parte é gravada como um documentário, com dramatizações da história real, e a segunda, como um <i>reality show</i>, repleto de câmeras amadoras. Um casal adquire uma propriedade onde posteriormente descobrimos estar a histórica Colônia Perdida de Roanoke desde o século 16. Tanto a produção do "show" quanto os participantes são aterrorizados pelos horrores escondidos na floresta, até que apenas um participante consegue escapar vivo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Cult - </span>7ª Temporada</h2><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-g8yl9t5PoUI/X3qaRUC_gBI/AAAAAAAAAx0/Fa_e712nzDw8mFfgWIslP-0qUdUhIjseQCLcBGAsYHQ/s700/AHS%2B-%2BCult.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="458" src="https://1.bp.blogspot.com/-g8yl9t5PoUI/X3qaRUC_gBI/AAAAAAAAAx0/Fa_e712nzDw8mFfgWIslP-0qUdUhIjseQCLcBGAsYHQ/w640-h458/AHS%2B-%2BCult.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O que pode ser mais assustador do que a própria realidade? Esse é o ponto de partida dessa temporada: nada de entidades sobrenaturais. Após a eleição de Trump como presidente dos Estados Unidos Kai decide criar uma seita em busca de poder. Se aproveitando das fraquezas dos seus, seguidores, Kai instaura o medo e a insegurança ao seu redor, para se eleger vereador da cidade e em seguida cargos políticos maiores. O foco aqui é a ansiedade, o pânico e as fobias patológicas - porém reais.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Apocalypse - 8</span>ª Temporada</h2><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-XdqoC5VpgxY/X3qZ-_wOLGI/AAAAAAAAAxs/zCd1WNrswOs0f0wrzHx4eSb-hp4KDC-IgCPcBGAYYCw/s700/AHS%2B-%2BApocalypse.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="458" src="https://1.bp.blogspot.com/-XdqoC5VpgxY/X3qZ-_wOLGI/AAAAAAAAAxs/zCd1WNrswOs0f0wrzHx4eSb-hp4KDC-IgCPcBGAYYCw/w640-h458/AHS%2B-%2BApocalypse.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Apocalypse traz inúmeros elementos de outras temporadas de American Horror Story, como Murder House e Hotel, mas principalmente, Coven. Quando o planeta é assolado pela explosão de bombas atômicas numa suposta Terceira Guerra Mundial, uma estranha organização oferece abrigos restritos para poucos sobreviventes. Essa organização - Cooperativa - é o exército do Anticristo, na pele de Michael Langdon, um jovem extremamente poderoso, responsável pelo "fim do mundo".</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h2 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">1984 </span>- 8ª Temporada</h2><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-kB7LrX9CRUg/X3qak482tsI/AAAAAAAAAx8/a4W7sEYKeRkPIJQzHrcDUonqyqdm8QV3wCLcBGAsYHQ/s700/AHS%2B-%2B1984.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="700" height="458" src="https://1.bp.blogspot.com/-kB7LrX9CRUg/X3qak482tsI/AAAAAAAAAx8/a4W7sEYKeRkPIJQzHrcDUonqyqdm8QV3wCLcBGAsYHQ/w640-h458/AHS%2B-%2B1984.jpeg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A última temporada lançada traz como estilo definitivo o terror <i>slasher</i>, que ganhou sucesso na década de 80, fazendo referências a clássicos como Sexta-Feira 13. Um grupo de amigos decide trabalhar em um acampamento de verão com um histórico inusitado: o local é marcado por uma série de terríveis homicídios - esses cometidos por um criminoso que acaba de escapar da prisão, conhecido como Mr. Jingles. Brooke, Montana, Xavier, Chet e Ray irão testemunhar a noite mais longa de suas vidas.</span></div></span><div style="background-color: white;"><span data-offset-key="6rsfm-0-0"><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Quem aí já assistiu a série? Qual a sua temporada favorita?</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span></span></div><div style="background-color: white; color: #1c1e21; text-align: center; white-space: pre-wrap;"><span data-offset-key="6rsfm-0-0"><span style="font-family: inherit;">--- Lorenda Macêdo ---</span></span></div></div><div data-block="true" data-editor="dvbn3" data-offset-key="6v6cd-0-0" style="background-color: white; color: #1c1e21; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; text-align: start; white-space: pre-wrap;"></div></div>Lorena Macêdohttp://www.blogger.com/profile/09940430314510511458noreply@blogger.com0