Resenha: Star Wars – Marcas da Guerra por Chuck Wendig

Bem-vindos à uma nova perspectiva da Guerra Galáctica!

Título: Star Wars – Marcas da Guerra
Série: Aftermath #1
Autor: Chuck Wendig
Editora: Aleph
Ano: 2015
Páginas: 464
Onde comprar: Submarino | Saraiva

Nesse novo panorama galáctico, vamos descobrir que a guerra ainda não chegou ao fim... e que os traumas deixados por ela ainda serão sentidos por muitos e muitos ciclos. Capitão Wedge Antilles, almirante Ackbar, almirante Sloane, o garoto Temmin e a mãe, Norra Wexley, a caçadora de recompensas Jas Emari, o antigo agente imperial Sinjir: novos personagens e velhos conhecidos dos amantes da saga, que sempre estiveram envolvidos na luta, agora devem escolher o lado a que deverão jurar lealdade. 


Antes de começar, um AVISO: para quem não assistiu a trilogia original (Episódios IV, V e VI) que esta resenha pode conter possíveis spoilers. Portanto, leia por sua conta e risco.

Ao longo da saga Star Wars, o bem e o mal são facilmente distinguíveis. É fácil se posicionar entre os Rebeldes e os Imperiais. Mas não aqui. Através de uma narrativa rápida, constituída por muitos tiros de laser e caças TIE, somos apresentados as consequências que a Guerra trouxe para a galáxia, mostrando que as baixas não se tratam apenas de estatísticas.


Os acontecimentos se passam entre o "Episódio VI - O Retorno de Jedi" e o "Episódio VII - O Despertar da Força", apresentam uma fase de transição, onde os resquícios do império estão por toda parte, tanto em forma de patrulhas de stormtroopers como em ideologia nos planetas mais distantes na Orla Exterior.


Com personagens já conhecidos como o destemido Capitão Wedge Antilles e o sagaz Almirante Ackbar, conhecemos um planeta da Orla Exterior chamado Akiva. De clima quente e com extensas florestas, Akiva sempre foi um território neutro quanto a Guerra, até que fragmentos do Império, personificados pela Almirante Rae Sloane e outros simpatizantes da causa, resolvem se unir para uma investida contra a Nova República. Até aí, tudo bem clichê, se não fosse por um grupo bem improvável de herois.


Conhecemos o garoto mecânico Temmin, no maior estilo little Anakin, sua oficina e seu amigo droid e guarda costas, Senhor Ossudo. Na minha opinião, melhor personagem ever desse livro. Imagine aí, um droid B-1 – aqueles comuns que aparecem em Ameaça Fantasma – todo envenenado, com proteções feita de ossos e um humor psicótico, caindo com tudo em cima de um monte de stormtroopers. Só isso já valeria o livro. Mas Chuck faz questão de introduzir outros personagens brilhantes, como a caçadora de recompensar zabrak, Jas Emari e suas motivações tortuosas e o ex-agente de lealdade do Império Sinjir, um vira casaca canastrão que perdeu todo o incentivo de lutar após a Batalha em Endor.


Junto com Norra Wexley, mãe de Temmin, e uma piloto extraordinária a serviço da Nova República, os personagens vão evoluindo e estabelecendo vínculos mais profundos uns com os outros, seja ao desafiar o submundo de Myrra (capital de Akiva) seja ao tensionar uma invasão Imperial. Como se isso não bastasse, ela também está dividida entre o dever com a Galáxia e o de ser mãe.


Entre os capítulos da trama central há algo chamado "Interlúdios", eles são acontecimento paralelos retratando as consequências da fragmentação Imperial e do surgimento da Nova República. São nesses interlúdios que o reflexo da guerra é gravado na história de cada ser da galáxia, estourando rebeliões nos pontos mais distantes da Galáxia, revelando as fissuras sociais e a ruptura de laços familiares já enfraquecidos. Mas também são neles que as ligações com o Episódio VII são reveladas, desde entre uma briga entre irmãos pelo que é certo, passando por conflitos de interesses entre caçadores de recompensas e até uma sociedade denominada Acólitos do Além e sua obsessão pelo Lado Sombrio.


Se você não é um aficionado sobre o universo Star Wars, sugiro que leia o livro com uma mão e tenha o Google na outra. São muitas raças diferentes, cada uma com suas respectivas características que acaba ficando vazio algumas referências se o leitor não souber seus devidos atributos físicos. São zabraks, ithorianos, wookies, twi'leks, rodianos, mon calamaris, quarrens, pantoranos, sullustanos, neimoidianos, rancores...Sem falar na infinidade da frota estelar. Enfim, fique esperto com o Google. Haha!


Mas se você é um fã da saga e deseja saber um pouco mais sobre as tramas, as raças, a hierarquia Imperial, caças TIE, estratégias militares, a Nova República e está em busca de uma aventura incrível, suba em sua X-Wing ou o veículo de sua preferência e pode ler sem medo.


PS.: Cuidado com os canhões turbolaser. Desde já deixo avisado.



Ninguém deve se orgulhar da guerra, cabo. Ninguém. Uma guerra não é algo que fazemos por gostar de ganhar, ou por qualquer glória que haja em subjugar alguém. Fazemos isso porque queremos estar do lado certo das coisas. Pág. 398

--- Juão Lucas ---

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