Resenha: Desventuras em Série – O Lago das Sanguessugas por Lemony Snicket

Continuando nessa triste caminhada dos nossos órfãos favoritos, esse terceiro volume da saga promete mais uma aventura louca. Uma nova tutora, situações inesperadas e um vilão asqueroso são apenas alguns dos pontos que vão prender o leitor em mais esse capítulo na vida dos irmãos Baudelaire.

Título: O Lago das Sanguessugas
Série: Desventuras em Série #3
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Ano: 2014
Páginas: 192
Onde comprar: 
Saraiva | Submarino
Caro leitor, Se você ainda não leu nada sobre os órfãos Baudelaire, é preciso que antes mesmo de começar a primeira frase deste livro fique sabendo o seguinte: Violet, Klaus e Sunny são legais e superinteligentes, mas a vida deles lamento dizer, está repleta de má sorte e infelicidade. Todas as histórias sobre essas três crianças são uma tristeza e uma verdadeira desgraça, e a que você tem nas mãos talvez seja a pior de todas. Se você não tem estômago para engolir uma história que inclui um furacão, uma invenção para sinalizar pedidos de socorro, sanguessugas famintas, caldo frio de pepinos, um horrendo vilão e uma boneca chamada Perfeita Fortuna, é provável que se desespere ao ler este livro. Continuarei a registrar essas histórias trágicas, pois é o que sei fazer. Cabe a você, no entanto, decidir se verdadeiramente será capaz de suportar esta história de horrores. Respeitosamente, Lemony Snicket.

Nesse livro, após todo o ocorrido na casa do falecido Tio Moony, os irmãos Baudelaire aguardam no Cais de Dâmocles pelo Sr. Poe, este vai guiar os órfãos a sua nova tutora, Tia Josephine. A casa de dela fica localizada na beirada de um precipício, segurada apenas por vigas de madeira.

Tia Josephine é uma mulher extremamente medrosa e aficionada por gramática, corrigindo sempre Sunny, que ainda não fala direito, e tem uma biblioteca destinada a tal temática. Relatando a história do local e do imenso Lago Lacrimoso, por onde os órfãos atravessaram de balsa, ela conta que seu falecido marido morreu por causa das sanguessugas do lago, que tem a sobrenatural capacidade de sentir o cheiro de alimento em humanos que vão nadar sem esperar o tempo certo após comerem.

Numa ida ao vilarejo, para comprar mantimentos, eles se deparam com o Capitão Sham, que, na verdade, trata-se do Conde Olaf em um novo disfarce. Como sempre, os irmãos tentam alertar sobre isso a todos, mais uma vez sem sucesso.

Não obstante, o capitão começa a flertar com tia Josephine, que após um encontro com o vilão disfarçado, desaparece, deixando um suposto bilhete de suicídio, onde deixava as crianças sob a responsabilidade do capitão! Cabe aos nossos jovens heróis descobrir a verdade sobre esse estranho bilhete, para revelar mais uma vez o plano do Conde Olaf.

Esse livro é extremamente divertido de se ler! Apesar das poucas páginas, ele é recheado de twists no enredo, fazendo a história cada vem mais emocionante e dinâmica! O narrador continua com seu brilhantismo ao dar exemplos loucos e explicar expressões da maneira mais engraçadas possíveis.

Os personagens continuam muito bem caracterizados, mesmo aqueles que já acompanhamos a longa data. O Conde Olaf continua nos dando nos nervos, mas não deixa de ser um vilão carismático, e o Sr. Poe continua a me dar raiva. Como um homem pode ser tão tapado?

Sobre a crítica nesse livro, ele vai abordar sobre o medo. Como esse sentimento nos trava e nos impede de progredir e que precisamos enfrentá-lo, sendo corajosos e bravios sempre (Cinderella Feelings)!

Mais um divertido livro da série, O Lago das Sanguessugas é o mais recheado de ação até o momento, tornando a leitura ainda mais rápida. Chega a ser uma pena o quão breve a narrativa fica!


“Vocês podem pensar que a situação que essa situação exigiria a opinião de um grafólogo, mas há ocasiões em que um especialista é desnecessária. Por exemplo, se uma amiga de vocês traz o cachorrinho dela e diz que está preocupada por que ele não põe ovos, vocês não precisam ser veterinários para lhe explicar que cachorros não põem ovos e, portanto, não há motivo para preocupação.” – Pág 78


--- Marcel Elias ---

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