Curta Cinema: O Exterminador do Futuro – Gênesis

Título Original: Terminator – Genesis
Título no Brasil: O Exterminador do Futuro – Gênesis
Diretor: Alan Taylor
Duração: 126 minutos (2 horas e 6 minutos)
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Emilia Clarke, Jai Courtney, Jason Clarke, J.K Simmons.
Em 2029, a resistência humana contra as máquinas é comandada por John Connor (Jason Clarke). Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado com o objetivo de matar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke), antes de seu nascimento, John envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta ao ano de 1984, na intenção de garantir a segurança dela. Entretanto, ao chegar Reese é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador T-800 (Arnold Schwarzenegger), enviado para protegê-la quando ainda era criança.


A franquia de "O Exterminador do Futuro" já conta com cinco filmes, porém, um dos maiores problemas vistos em todos eles é o fato de serem continuações de verdadeiros ícones dos anos 80/90. Além disso, o filme foi um verdadeiro marco do cinema, em especial, para duas pessoas que tiveram suas carreiras projetadas por eles: a do até então novato e desconhecido, James Cameron, e a do lançamento ao estrelato de um certo fisiculturista de nome complicado, um tal de Arnold Schwarzenegger (agora vai uma aposta, caro leitor: quero ver quem conseguiu digitar o nome dele sem olhar no google - risos -). Apostas à parte, vamos ao novo filme!

"O Exterminador do Futuro – Gênesis" pega as viagens no tempo da franquia e a usa para fazer simultaneamente uma continuação e um reboot dessa série de filmes. Temos um John Connor (Jason Clarke) líder da resistência humana contra as máquinas, guiando os poucos que sobraram para a última batalha contra a Skynet, bem como, para a reconstrução do que sobrou da nossa raça. No entanto, eles descobrem que um cyborg do modelo T-800 foi enviado ao passado para matar a mãe de John, Sarah Connor. Após a descoberta, John decide enviar um dos seus maiores amigos e soldados, o Kyle Reese (Jai Courtney), para impedir o cyborg e salvar sua mãe. Sim, é nessa hora que você nobre leitor deve estar pensando que eu estou biruta, afinal, essa é a premissa do primeiro filme da franquia de 1984, mas é justamente nesse ponto que as coisas mudam.

Ao chegar em 1984 Kyle Reese é atacado por um cyborg do tipo T-1000 que é muito diferente do enviado ao passado visto por ele. A partir daí vemos que a linha temporal por algum motivo foi alterada e ao voltar ao passado vemos uma Sarah Connor (Emilia Clarke) diferente daquela inocente garçonete do filme de 84. A nova versão da Sarah foi criada por um T-800 (preciso mencionar mesmo?) e maneja uma arma de igual para igual com muitos militares, assim como, a personagem no segundo filme de 91.

O roteiro é razoável, pois mesmo possuindo furos muitas vezes grotescos também presta grandes homenagens ao original de 1984 (com foco nos dois primeiros filmes, descartando o terceiro e o quarto). Além disso, no que tange a linha de tempo alternativa, a história convence e nos faz embarcar nesse reboot/continuação. Ao meu ver, o filme peca em trazer J.K. Simmons em um papel que poderia ser totalmente descartável e que simplesmente não funciona, tirando ele, todo o elenco parece funcionar, Jai Courtney está ótimo como Kyle Reese, Emily Clarke saiu do set de "Game of Thrones" e está lindíssima, substituindo com sucesso Linda Hamilton.

Alan Taylor (Thor:O Mundo Sombrio) mostra que um pouco de liberdade criativa faz muita diferença. O filme é relativamente bem dirigido, porém, possui falhas e às vezes lembra produções para TV. Além disso, ele também passa a impressão de que certas cenas deveriam ter sido excluídas do corte final e ficado na sala de edição, mas nada muito relevante.

Um dos pontos fracos do filme além do roteiro reciclado e com diversas "homenagens" ao filme de 84, é o fato de que há explicação demais. Na verdade, isso torna uma via de mão dupla, pois se por um lado isso é bom, por outro é ruim, já que o expectador se vê em volta de cenas como a protagonizada por Schwarzenegger que dá uma de físico quântico e tenta nos explicar os processos envolvendo viagens no tempo (algo que "De Volta Para O Futuro" fez muito melhor). Sem contar que as cenas de ação são pouco originais.

Em suma, "O Exterminador do Futuro – Gênesis" é um bom filme para quem viu os dois primeiros, mas melhor ainda pra quem não os viu. A verdade é que essa produção vem com ambições de uma nova trilogia que pode sim funcionar. Todavia, recomendo que não vejam os trailers, pois em uma jogada de marketing extremamente burra a Paramount acabou por entregar a principal reviravolta do filme nos trailers tirando boa parte da surpresa de ver o filme. Caso, não queiram seguir minha dica, é possível conferir o trailer logo abaixo.


--- Igor Gabriel ---

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