Resenha: O Último Homem Bom por A. J. Kazinski

Queridos leitores, gostaria de lhes avisar que este best-seller é somente para aqueles que aguentam grandes emoções. Para resumi-lo em apenas uma palavra, não acharia outra mais adequada que não: ESPETACULAR.

Título: O Último Homem Bom
Série: Niels Bentzon #1
Autor: A. J. Kazinski
Editora: Tordesilhas
Páginas: 480
Ano: 2013
Onde comprar: Saraiva | Submarino
Uma série de mortes estranhas ao redor do mundo chama a atenção de um policial italiano. Todas as vítimas eram humanitários e apresentavam na pele uma marca desconhecida. Inicia-se assim uma investigação sobre o que parece ser o assassinato em série de um grupo de pessoas genuinamente boas e honradas. Juntos, o detetive dinamarquês Niels Bentzon e a astrofísica Hannah Lund embarcam na missão de descobrir o que está acontecendo.

Segundo o Talmude judaico – coletânea de livros religiosos que segundo a fé judaica, são as transcrições do que Deus disse a Moisés –, sempre haverá 36 pessoas justas no mundo. Essas 36 pessoas justas irão proteger a todos e se essas pessoas não existirem, o mundo perecerá. Além disso, há algo mais... Os justos não sabem que são os justos.

Em todo o mundo, pessoas estão morrendo. E todas elas têm em comum uma estranha cicatriz nas costas de um lado do ombro ao outro e um senso de humanidade mais aflorado. Um policial de Veneza começa a pesquisar sobre esses crimes e descobre algo revelador. Desse modo, decide lançar pela Interpol avisos para a polícia das principais capitais para que achem pessoas boas e tentem salvá-las.

Em Copenhague, a tarefa de avisar a essas pessoas o que está acontecendo é entregue a Niels Bentzon, o qual não é bem sucedido, inicialmente, em sua busca. No entanto, após conhecer Hannah Lund, consegue descobrir as peças do quebra-cabeça e junto com ela sai em sua jornada atrás das últimas pessoas justas do mundo.

Para ler “O Último Homem Bom” você precisa ter um coração muito forte, pois o que o pseudônimo dos dinamarqueses Anders Ronnow Klarlund e Jacob Weinreich criaram, é de tirar o fôlego! Uma das coisas que eu mais gostei foi o enredo do livro. Muito bem elaborado, os autores foram criteriosos na riqueza de detalhes. A sensação é de fazer parte da história, viver o que os personagens vivem, tudo de uma forma arrebatadora e emocionante.

Ainda mais porque a história não fica só nessa caçada eletrizante em busca das pessoas justas, já que o detetive Niels também encontra um terrorista determinado a se vingar pela morte de seus familiares e tem de lutar contra seus próprios medos e anseios. Depois de conhecer Hannah – uma personagem bastante problemática que largou a vida de cientista depois de perder o filho – as coisas acabam se modificando para ambos e ele consegue dar a ela um enigma capaz de trazê-la a vida novamente.

E como se não bastasse tudo isso, no nosso livro policial há também um misto de fé e razão. Os autores trazem para a sua trama dois aspectos muito interessantes: do lado da fé, relatos de pessoas que passaram por experiências de quase morte, onde algumas dizem que viram o que seria Deus – mesmo aqueles que não acreditam; e a metafísica, com seus enigmas de como o mundo se formou, de onde viemos e para onde iremos. A introdução desses temas vem para encaixar perfeitamente a trama, o que foi algo realmente impressionante, visto que isso aconteceu sem tornar a história confusa ou fugir do tema principal.

A verdade é que senti uma grande dificuldade de passar para vocês as emoções que senti ao ler este livro sem contar a história nos mínimos detalhes para debatermos sobre o tema longamente. Mas como eu não gostaria de receber tantos detalhes, prefiro deixá-los um pouco mais na curiosidade de ver e sentir na própria pele a adrenalina que é acompanhar os personagens de “O Último Homem Bom” por entre os cenários maravilhosos de Veneza e Copenhague. Por fim, espero que deem uma chance ao ritmo vertiginoso desta trama inquietante e desfrutem de uma boa leitura!

Niels olhou para as palavras. Na realidade ele talvez já soubesse daquilo o tempo todo. Talvez tivesse tido essa impressão desde o momento para o caso. Mesmo assim, foi como se todo o sangue tivesse sido retirado da sua cabeça e seu coração tivesse parado. Pag.242

Playlist:


--- Juliana Gueiros ---

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