Resenha: Hex Hall – O Sacrifício por Rachel Hawkins

No último volume da série Hex Hall fui acometida por uma profusão de emoções tão grande, que mesmo que eu imaginasse que isso ocorreria, não pude evitar sofrer e derramar muitas lágrimas com o final escolhido por Hawkins. Pois foi em meio a um clima decisivo, que ela iluminou meu coração para depois estilhaçá-lo em milhões de pedacinhos...

Título: Hex Hall – O Sacrifício
Série: Hex Hall #3
Autor (a): Rachel Hawkins
Editora: Galera Record
Páginas: 304
Ano: 2014
Onde comprar: Saraiva | Submarino
Neste terceiro volume de Hex Hall, Sophie Mercer, com seus poderes reprimidos pelo Conselho dos Prodígios e mais vulnerável do que nunca, deve impedir a guerra épica que se aproxima. O único feitiço capaz de ajudar Sophie a recuperar os seus poderes está bem guardado no Hex Hall, onde tudo começou, protegido pelas malignas irmãs Casnoff. Acompanhada de sua melhor amiga-vampira Jenna, seu namorado Archer, seu noivo Cal (sim, a vida amorosa dela é complicada), e uma fantasma pentelha, Sophie travará uma batalha contra um exército de demônios. Mas mesmo com seus melhores amigos e aliados, o destino de todos os Prodígios está nas mãos dela, e somente dela.

Sophie quer mais do que qualquer coisa, encontrar a sua mãe. Mas quando ela decide seguir o conselho de Cal, ela não sabe que está indo de encontro a descoberta de um antigo segredo da família e que pode ter um grande peso com relação a separação dos seus pais e a sua própria origem. Mas depois de passar semanas desaparecida, quando ela finalmente consegue achar a sua mãe, ela precisa lidar com a falta de notícias sobre aqueles que ama e com o fato de ter ficado presa no espaço-tempo graças a sua ausência de poderes. E se ficar sem poder praticar magia já era algo ruim por si só, não poder se defender durante a guerra iminente protagonizada pelos seres sobrenaturais e aqueles que os perseguem há eras, era algo ainda pior. Ainda mais quando algo a leva de volta para o Hex Hall e ela se torna a líder de um pequeno grupo que quer desesperadamente saber as respostas que evitarão uma catástrofe de proporções jamais imaginadas.

Rachel Hawkins foi feliz em suas escolhas desde o primeiro livro da série Hex Hall. Ela não só conseguiu criar personagens extremamente carismáticos – daqueles que dá vontade de o leitor acompanhá-los infinitamente –, como também, conseguiu se sobressair com a sua história apesar de ter um ponto o outro que podemos nomear como clichê. No entanto, o mais importante de tudo isso é que ela sempre conseguiu manter seus livros concisos e coerentes. Pelo menos, até esse livro. Eu não sei o que aconteceu enquanto ela escrevia “O Sacrifício”, mas durante toda a leitura me senti contrariada com a superficialidade que ela explicou algumas questões que foram levantadas no desenrolar da trama. É certo que por ser um fechamento ela tinha que encontrar a melhor resolução para os problemas que já vinham sendo citados anteriormente, mas acho errado uma autora levantar um ponto, quando não pretende esmiuçá-lo de modo satisfatório. Ainda mais, quando isso quer dizer, deixar os leitores sedentos por mais.

O que não quer dizer que meu amor pela série tenha diminuído. Porque apesar do que comumente acontece com livros cujos enredos têm um quê de sobrenatural, “Hex Hall”conseguiu manter um espaço cativo no meu coração pela magia que eu sempre senti flutuar das páginas enquanto estava lendo. A principal responsável por isso certamente é a Sophie. Não me canso de falar o quanto dou risada com ela e o quanto gosto da forma com ela utiliza o seu sarcasmo para enfrentar as coisas de maneira mais leve e corajosa. Principalmente porque é com a ajuda do seu humor que ela consegue contornar todas as situações complicadas próprias de quem se vê no centro de um triângulo amoroso. E por falar em romance, é impossível não citar quão boas são as opções de Sophie, pois tendo Archer como namorado e o Cal como concorrente na disputa pelo seu coração, é natural que ela sinta dúvidas sobre quem é a melhor escolha para ela – mesmo sabendo quem é a pessoa que domina os seus pensamentos.

Mas mais do que o romance, o que me tocou foi a maneira como a amizade, a lealdade, a coragem e o amor, foram usados como as principais armas da Sophie e dos seus amigos para enfrentar uma situação de extremo perigo em que tudo está confuso. Ainda mais porque foi em nome desses sentimentos que um personagem fez jus ao título desse livro e me deixou com um buraco no peito que não conseguiu ser preenchido nem com a perspectiva de que alguns personagens teriam o final que eu sempre quis para eles. Sinceramente? Mesmo com o deslize que a autora cometeu nesse livro, a história de "Hex Hall" sempre será uma série que eu lembrarei com extrema saudade e com muito carinho. Se eu pudesse, teria pelo menos mais um conto spin-off para eu ter certeza que meu querido personagem está realmente bem. Mas como não posso, só me resta guardar as boas recordações que tenho da série e continuar acompanhando o trabalho da Rachel Hawkins que tem um verdadeiro dom de escrever e encantar. 

[...] Posso suportar se você me deixar, mas não acho que há alguma chance de eu deixar você. Pág. 205

Playlist:

Pearl Jam – Black

P.S. A música foi escolhida em homenagem ao Cal, que para sempre será meu bruxo favorito.

--- Isabelle Vitorino ---

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