Diário de Leitura: Outlander – A Viajante do Tempo (Parte I)


Publicada no Brasil desde o ano de 2004, a série “Outlander” vive um ano de transição. Adaptada para TV e conquistando o público e a crítica desde a data de estreia, o seriado já garantiu uma segunda temporada pelo canal americano Starz que promete entregar 16 episódios só nesse primeiro ano. Mas não é só isso, esse mês a editora Saída de Emergência lançou a nova edição de “A Viajante do Tempo”, o primeiro título da série escrita pela talentosa Diana Gabaldon.

Como uma debutante no universo da autora, me surpreendi sobremaneira com o tamanho do livro (exatamente 800 páginas) quando o recebi. E mesmo que eu não tenha nenhum problema com livros grandes, achei interessante trazer para vocês um “Diário de Leitura”, assim como a Mel, do blog Literature-se está fazendo com o livro “Moby Dick”. Dessa forma, durante todo o tempo em que eu estiver lendo, vocês poderão ver por aqui meus pensamentos e sentimentos com relação a história. No entanto, como eu não sei como será o meu ritmo de leitura, pretendo fazer uma nova postagem a cada 100 páginas lidas.


Mas o que posso dizer a respeito de “A Viajante do Tempo” até agora? Ah gente, só as coisas mais maravilhosas! Há muito tempo que eu não me encantava tanto com uma escrita como eu me encantei com a maneira cheia de cores, sons, cheiros e formatos que a Diana tem de descrever cada uma das cenas do seu livro. Por si só, esse atributo já me saltaria aos olhos em qualquer gênero literário, mas encontrar isso em uma trama histórica sem aquele toque excessivo que torna a leitura enfadonha, está sendo muito gratificante.

Ainda mais, quando acrescido a isso, a autora inseriu diálogos interessantíssimos de serem acompanhados e que conseguem despertar todo o tipo de emoções no leitor através de personagens muito bem construídos. E mesmo que eu não saiba quando concluirei a leitura, quero deixar claro desde já que Jamie é detentor de todo o meu amor e a Claire de toda a minha admiração. Ao dizer isso, admito também a grande probabilidade que tenho de sofrer e me apaixonar de modo intenso e avassalador até a conclusão da série.


Com essa declaração, não quero dizer que apenas os românticos irão desfrutar da narrativa de Diana, pois uma coisa que pude perceber até agora é que a qualidade da sua escrita irá agradar também aqueles que buscam uma história repleta de ação, reviravoltas e precisão histórica. Se o leitor tiver certa preferência pelo universo highlander (em especial, o clã Mackenzie), poderá ver já na primeira parte da história certos costumes que – acredito eu – serão mais detalhados posteriormente.

Outro ponto importante que pude observar, foi o trabalho meticuloso que a autora fez no que diz respeito a mitologia celta. Tanto que a junção desse aspecto ao detalhamento da exuberante paisagem da Escócia, faz o leitor ficar preso a incrível jornada que Claire tem em vista no seu futuro sem nutrir nenhuma vontade de que a aventura acabe. Aliás, o questionamento que vem estampado na capa parece traduzir perfeitamente a essência do livro e o peso que isso terá na vida da Claire: “E se o seu futuro fosse o passado?”.


Partindo para um âmbito completamente voltado para tolices românticas, tenho que dizer que se o meu futuro estivesse no passado eu até que não iria me importar tanto se isso significasse estar com o Jamie em detrimento a estar com o sem graça do Frank. Mas é claro que sabendo pelo que a Claire passou até agora, será quase natural haver certa relutância em sua parte. Por isso já estou me preparando psicologicamente para torcer por um shipper composto por sofredores.

Por agora, me despedirei de vocês para voltar para os meus queridos personagens e aproveitar esse momento onde as coisas estão começando a me inquietar. Quando eu voltarei com mais devaneios eu ainda não sei, mas algo me diz que será muito em breve. Até acho que a senhora Graham poderia confirmar isso... (risos)
O rapaz tinha bons sentimentos. Em vez de pedir ajuda ou se retirar perplexo, sem saber o que fazer, ele se sentou, puxou-me com firmeza para seu colo com o braço bom e ficou embalando-me suavemente, murmurando palavras carinhosas em gaélico ao meu ouvido e alisando meus cabelos com uma das mãos. [...] Não era de se admirar que fosse tão bom com cavalos. [...] Se eu fosse um cavalo, deixaria que me conduzisse para onde quisesse. Pág. 93

--- Isabelle Vitorino ---

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