Retrospectiva Literária 2013


Em 2013 li menos do que gostaria, isso é um fato. Contudo, diferente de anos anteriores, consegui ampliar os gêneros lidos e reler alguns títulos que há muito eu desejava revisitar suas histórias. Por questões indefiníveis, perdi um pouco da minha predileção por livros físicos e me aventurei mais no mundo dos e-books. Entretanto, ainda me custa um pouco resenhá-los (culpa das citações) e eu não sei como acabar com esse péssimo hábito que eu fui cultivando ao longo dos anos. Alguma dica?

E como ano bom, é ano movimentado. Tive minha cota de dramas também. A começar pela ação de um hacker que nos tirou a administração do blog e a terminar com a saída de Jackson, o idealizador do blog que me deixou sozinha com a tarefa de manter esse espaço. Entretanto nem tudo foi tristeza, tive também muitas alegrias: o blog cresceu consideravelmente, fechamos várias parcerias bacanas e a cada dia tenho o prazer de ver que mais alguém leu algo escrito por mim. De verdade, isso não tem preço.

Mas esperem. Esse texto está ficando com um tom saudoso demais e a hora da despedida ainda não chegou. Acho melhor pularmos essa introdução e irmos direto para parte mais importante: os livros!


Livros lidos em 2013

Com Resenha:

1. Lola e o Garoto da Casa ao Lado por Stephanie Perkins
2. Milagres do Ágape por Carol Kent e Jennie Afman Dimkoff
3. O Dia da Caça por James Patterson
5. Eu Sou O Mensageiro por Markus Zusak
6. Garota Tempestade por Nicole Peeler
7. Dália Azul por Nora Roberts
8. Delírio por Lauren Oliver
9. O Começo do Adeus por Anne Tyler
10. Feita de Fumaça e Osso por Laini Taylor
11. Até Você Chegar por Judith McNaught
12. O Inferno de Gabriel por Sylvain Reynard
13. O Diário de Suzana para Nicolas por James Patterson
14. Legend por Marie Lu
15. Alma? Por Gail Carriger
16. O Leitor de Almas por Paul Harper
17. Agora e Sempre por Judith McNaught
18. O Verão das Bonecas Mortas por Toni Hill
19. Fale! por Laurie Halse Anderson
20. O Torreão por Jennifer Egan
21. Jogador Nº 1 por Ernest Cline
23. Métrica por Collen Hoover
24. Dark Life: Vida Abissal por Kat Falls
25. Passarinha por Kathryn Erskine
26. Como Salvar Um Vampiro Apaixonado por Beth Fantaskey
27. A Maldição do Lobisomem por Shannon Delany
28. Coraline por Neil Gaiman
29. Quase Mortos por Rook Hastings
30. O Circo Mecânico Tresaulti por Genevieve Valentine
31. O Pacto por Joe Hill
32. Um Rato de Três Cabeças por Thales Tebet
33. Bela Maldade por Rebecca James
34. Clube da Insônia por Tico Santa Cruz
35. Nevermore por Kelly Creagh
36. Suíte Nº 3 por Yeda Lins
37. Noah Foge de Casa por John Boyne
38. Pão-de-Mel por Rachel Cohn
39. O Azarão por Markus Zusak
40. Metamorfose? por Gail Carriger
41. Easy por Tammara Webber
42. Predestinados por Josepheni Angelini
43. Ecos da Morte por Kimberly Derting

Sem resenha:

44. Belo Desastre por Jamie McGuire
45. No Limite da Atração por Kate McGarry
46. Nascida à Meia-Noite por C. C. Hunter
47. His Eyes por Renee Carter
48. The Vincent Boy por Abbi Glines
49. The Vincent Brothers por Abbi Glines
50. Breathe por Abbi Glines
51. The Bed a Beauty por Nicole Jordan
52. Procura-se Um Marido por Carina Rissi
53. Simplesmente Ana por Marina Carvalho
54. Edimburgo por Fernanda Silva
55. Rapture por J. R. Ward
56. Desculpa Se Te Chamo de Amor por Federico Moccia
57. Someone To Watch Over Me por Judith McNaught
58. Crossing The Line por Kate McGarry
59. Blithe Images por Nora Roberts
60. Química Perfeita por Simone Elkeles
61. Rules of Attraction por Simone Elkeles
62. Um Gosto de Amor por Susan Mallery
63. Um Gosto de Esperança por Susan Mallery
64. O Lírio Vermelho por Nora Roberts
65. A Fera por Alex Flinn
66. O Último Homem do Mundo por Tais Cortez


Virei a noite lendo: Essa categoria poderia ser preenchida por diversos livros, já que sou uma leitora noturna, mas o único que ocuparia esse espaço pelas melhores razões seria ‘O Torreão’. Já que foi com uma história magistral capaz de confundir a mente até do leitor mais atento, que Jennifer Egan apresentou um enredo corajoso que não só quebrou todas as suposições sobre como um livro deve ser escrito, como também, mostrou que sair do óbvio às vezes é tudo o que um autor necessita para mostrar seu talento como contador de histórias.

Soco no estômago: Já disse em algumas resenhas que livros que tratam sobre o abuso sexual sempre mexem comigo, contudo foi em ‘Fale!’ que tive minhas emoções todas exploradas, visto que a autora não fez disso apenas mais um acontecimento na vida de Melinda, mas sim “o” acontecimento que teria o poder não só calá-la para sempre, como também, de transformá-la em alguém que apenas sobrevive dia após dia. Absolutamente genial!
Aquele em que chorei de soluçar: São raros os autores que conseguem me emocionar verdadeiramente, mas são ainda mais raros os autores que conseguem me surpreender quando tudo indica que o fim está próximo e que não há nada grandioso que ainda pode ser feito. Contudo, Lauren Oliver alcançou essa proeza em Delírio. Não sei por que ela fez aquilo comigo, mas é certo que eu precisei de muitos lenços quando as últimas 50 páginas me alcançaram.
A maior decepção do ano: Sei que algumas pessoas vão se chocar pela minha escolha – principalmente porque ele não entraria na categoria de pior do ano –, mas acredito que não poderia colocar nenhum outro aqui porque foi ‘Como Salvar um Vampiro Apaixonado’ que mais me decepcionou. Isso aconteceu porque a autora Beth Fantaskey simplesmente deturpou a personalidade de todos os seus personagens e construiu um enredo extremamente óbvio que em nada empolgava o leitor. Sinceramente, esse é um daqueles casos que o fã se arrepende de ter desejado que o autor escrevesse uma continuação para o seu livro favorito.

Não levava fé, e me surpreendi: Quando iniciei a leitura de ‘O Inferno de Gabriel’ imaginava que encontraria mais um livro hot cuja história iria ser semelhante a tantas outras disponíveis na atualidade. Contudo, o autor me surpreendeu ao entregar um livro extremamente inquietante, que não só vai além do romance, como também, que consegue encantar o leitor com suas precisas menções a livros clássicos, boa música e arte da melhor qualidade.

O mais chato: Li ‘O Começo do Adeus’ no início de ano e tive uma tremenda dificuldade de terminar a leitura. Acredito que muito disso se deve ao fato de ter sido enganada com uma sinopse que tem pouquíssima relação com o que encontrei no decorrer da história. E como se não bastasse todo o desenvolvimento maçante, ainda tive que acompanhar um dos protagonistas mais insuportáveis que já vi: o Aaron.


Aventura, fantasia ou infanto-juvenil: Eu não esperava gostar tanto de um YA sobrenatural depois de tantas experiências frustrantes que tive, porém ‘Nevermore’ foi uma das fantasias mais cativantes que tive o prazer de conhecer. Acredito que ela me conquistou dessa maneira por suas referências a vida e obra de Edgar Allan Poe e sua releitura de um dos meus contos prediletos do autor: A Máscara da Morte Rubra. De verdade, apesar de a autora trazer um romance juvenil e algumas cenas no estilo high school, o mistério envolvendo Poe me fez ansiar por mais a cada página virada e fez com que essa trilogia se tornasse uma das minhas prediletas de todo o ano.

Bate-bola personagens:

- Personagem masculino apaixonante: É com pesar que tenho que dizer que nenhum personagem masculino que conheci em 2013 fez meu coração bater mais forte. Contudo, isso não quer dizer que nenhum deles é digno de admiração. Ainda mais quando temos Lucas de ‘Easy’, que com seu jeito protetor sem ser possessivo conseguiu mostrar que não é necessário impedir que a outra pessoa tenha uma vida própria para demonstrar sua preocupação e amor por ela. Acho que as autoras de New Adult estão precisando seguir mais o exemplo de Tammara Webber...


- Personagem feminina admirável: Em um ano com muitas leituras de personagens femininas inseguras e indecisas, foi um bálsamo para minha mente conhecer a Alexia de ‘Alma?’ e ‘Metamorfose?’. Ainda mais porque durante os dois livros da série ‘O Protetorado da Sombrinha’ ela conseguiu manter seu frescor de mulher refinada, inteligente, decidida e com uma língua extremamente ferina. Com certeza não há o que se discutir com relação ao seu posto nesta retrospectiva.


- Personagem mais chato: Foram tantos os personagens chatos sobre os quais li que sequer estou sabendo apontar qual deles ganha o posto de pior deles. E é para não ser injusta que irei indicar os que mais me irritaram por ordem de insatisfação:
1. Aaron de ‘O Começo do Adeus’ – todos nós sabemos que existe um limite aceitável de ignorância, mas parece que o Aaron nunca descobriu isso durante sua vida. Insuportável e intragável são apenas um dos adjetivos que eu poderia associar a ele, mas prefiro indicar a leitura da resenha que eu fiz do livro para que vocês possam entender melhor porque ele está no topo da minha lista de personagens mais chatos desse ano.
2.  Jessica de ‘A Maldição do Lobisomem’ – desde que li esse livro tenho repensado se eu ainda tenho paciência para os livros YA sobrenaturais, principalmente porque não estou suportando mais personagens femininas que não tem nada a acrescentar na trama e passam toda a história indecisa entre o garoto novato e o bonitão popular que subitamente passou a nutrir certo interesse por ela. De verdade, não sei por que os autores ainda acham que esse tipo de clichê funciona.
3. Violet de ‘Ecos da Morte’ – não entendo como uma pessoa consegue ficar pensando no melhor amigo por quem está apaixonada quando ela tem poderes para deter um serial killer que está à solta na cidade. Que me desculpem os românticos, mas mesmo quando o amor está no ar uma noção de coisas realmente importantes deve existir...

- Personagem mais perturbador: De todos os personagens que conheci esse ano, Melinda foi a protagonista que mais mexeu comigo. Ver todo o seu sofrimento em ‘Fale!’ e notar que a única maneira que ela encontrou de conviver com a dor foi aderir ao silêncio total, certamente se tornou na experiência mais perturbadora que tive nas minhas leituras.


- Personagem que mais me identifiquei: Quando comecei a acompanhar a jornada de Wade Watts no livro ‘Jogador Nº 1’ não imaginava que fosse sentir tamanha empatia por ele, mas foi justamente o que aconteceu quando notei que nossas afinidades iam além da solidão e do gosto por tudo aquilo que torna alguém um nerd de primeira linha. Características como lealdade e a vontade de provar que é capaz, o tornaram na minha versão masculina literária e eu posso dizer com sinceridade que sinto orgulho em falar isso.

O melhor livro que li em 2013: É sempre difícil escolher um livro como sendo o melhor de uma lista, porém ‘O Verão das Bonecas Mortas’ do autor espanhol Toni Hill merece esse posto. Principalmente quando passado tantos meses após a leitura dele, eu ainda consigo recordar cada emoção que senti enquanto estava imersa em suas páginas. Mas não foi só por esse motivo que ele conquistou esse lugar nesse retrospectiva, pois o autor também conseguiu trazer para seu enredo tudo o que eu gosto de ler: suspense, drama, personagens bem desenvolvidos, trama bem narrada e um final mais do que arrebatador. Em suma: incrível!

E chegamos ao final da primeira retrospectiva literária do blog. Nela vocês puderam conferir algumas categorias feitas pela Taryne – criadora desse meme e blogueira do Doces Rodopios – e outras que foram criadas pela Nina do blog Cronista Amadora. Espero que vocês tenham gostado e que em 2014 vocês continuem me acompanhando nessa incrível jornada que é compartilhar um pouco do que eu penso sobre livros e afins. No mais, só me resta agradecer a vocês pela companhia e lhes desejar um Feliz Ano Novo (diga-se de passagem: muito atrasado)!

P.S. Essa semana a nossa programação volta ao normal.

--- Isabelle Vitorino ---

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