Resenha: Cidade das Almas Perdidas por Cassandra Clare

Quem leu minha resenha de Cidade dos Anjos Caídos (aqui) sabe o quanto eu fiquei decepcionado, desiludido, desapontado (...) com a continuação que a Cassandra Clare deu ao livro Cidade de Vidro. Mais graças ao Anjo, Cidade das Almas Perdidas não foi uma decepção, apesar de alguns tropeções, e a estória de Clary e Jace pareceu caminhar para um emocionante final em Cidade do Fogo Celestial (Tradução livre de City of Heavenly Fire), sexto e último livro da série Os Instrumentos Mortais.

Título: Cidade das Almas Perdidas
Série: Os Instrumentos Mortais #5
Autor (a): Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 434
Ano: 2013
Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?

Em Cidade das Almas Perdidas o enredo volta a focar no casal principal, Jace e Clary, mas sem esquecer os outros personagens. Todos os personagens têm a sua parte no desenrolar da estória, outros mais, outros menos, mas todos têm. E pela primeira vez, em toda a série, eu gostei do Jace, nesse livro ele estava bem menos irritante e é uma pena que isso não vá perdurar para o próximo livro.

Duas semanas se passaram desde o desaparecimento de Jace no final do livro anterior. Clary está desesperada para encontrar o namorado e ainda tem que lidar com a Clave lhe acusando de ter cometido crimes, mas ela logo é inocentada e finalmente pode dedicar todo seu tempo na procura pelo amado. A busca não demora tanto, mas o Jace que Clary encontra não é o seu namorado; o corpo é o mesmo, mas as atitudes são as de um estranho. E Clary fará de tudo para trazer o seu Jace de volta.

Todo o livro se desenvolve a partir daí. Grande parte das ações do livro é voltada para trazer o antigo Jace de volta, o libertando de Sebastian. E a pequena parte que sobra é dedicada a outros personagens e seus conflitos pessoais.

O que me encheu os olhos nesse livro foi que a Cassie quase nós faz gostar do Sebastian. Mesmo desconfiando que todas as suas palavras e ações fossem premeditadas, não tinha como ter certeza se ele estava interpretando ou falando a verdade, e inconscientemente um laço de afinidade vai começando a se formar entre leitor e personagem, até que a Cassie vai lá e mostra a verdadeira cara dele. Isso demostra que a ela voltou a ter controle sobre os seus personagens, ao contrário do que aconteceu em Cidade dos Anjos Caídos.

Outra coisa que é sempre boa de destacar é a escrita da Cassie. Ela sempre consegue fazer o leitor enxergar a cena como se estivesse ao lado dos personagens. A cena é tão vívida que nós conseguimos sentir os sentimentos deles como se fossem os nossos. Nesse quesito ela foi maravilhosa, não só neste livro, mas em todos os livros que eu li dela.

Mas infelizmente o livro não foi ótimo como os livros antes de Cidade dos Anjos Caídos. Eu senti que algumas cenas e ações de certos personagens foram forçadas. Não senti naturalidade nessas partes. Foi como se a Cassie não tivesse uma ideia melhor, pegasse aquela mais bobinha e fácil, e empurrasse goela abaixo dos leitores. Fiquei triste por ela feito isso, esperava bem mais de uma certa Marca de Caim.

Pesando os prós e os contras de Cidade das Almas Perdidas, eu posso afirmar que o livro foi muito bom. A leitura flui super bem, e quando você vai perceber já tem devorado as 434 páginas. Agora o jeito é esperar pelo livro final e ver o que a Cassie vai aprontar.

Deus sabe que somos todos atraídos pelo que é lindo e quebrado; eu já fui, mas algumas pessoas não têm conserto. Ou, se têm, é somente através de amor e sacrifício tão grande que destrói aquele que dá.

--- Jackson Fernandes --- 

5 comments

aninha 5 de agosto de 2013 às 21:54

então, confesso que não li a resenha toda com medo de spoilers, não li os dois últimos livros ainda, mas graças a Deus que nesse livro Casse volta as boas com os personagens principais! ainda não vi a necessidade de esticar essa série em 6 livros.... a capa desse livro é uma das melhores da série, muito boa!

Mundo dos Livros 6 de agosto de 2013 às 11:45

Oi, Aninha!
Eu tento fazer de tudo para não passar Spoiler para os leitores, mas tem vez que não consigo! rsrsrs
É ela volta a saber os personagens que tem e consegue controlá-los muito bem, há não ser em algumas cenas que até comentei na resenha, mas foi por cima, para não dar Spoiler. Também não vejo necessidade em esticar a série em seis livros.
Está é a minha capa predileta de Os Instrumentos Mortais e ela passa bem o clima do livro.
Quando você ler os livros quero saber sua opinião, ok?!
Abraços,
Jackson Fernandes

Nadine Silveira 6 de agosto de 2013 às 20:43

Essa capa é incrível, me deixou curiosa para lê-lo, mais uma série para minha lista...

Samuel Medeiros 22 de agosto de 2013 às 13:20

Muito legal a resenha! Ansioso pra lê-lo!

http://recodificado.blogspot.com.br/

Rosana Apolonio 5 de setembro de 2013 às 15:23

"Os Instrumentos Mortais é uma das minhas séries prediletas", isso eu sempre digo nas suas resenhas, né? hahaha Mas é a verdade. Você não imagina o meu grau de ansiedade para ler os próximos volumes e saber o que a Cassandra fez com a história depois de "Cidade de Vidro". Principalmente depois de ler a sua resenha que está tão otimista com relação ao futuro do TMI. ;)

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