Resenha: Agora e Sempre por Judith McNaught

Os leitores que acompanham o blog há algum tempo sabem que eu sou irreversivelmente apaixonada pelos livros da autora Judith McNaught. Para minha eterna infelicidade, poucos livros dela foram lançados aqui no Brasil. Todavia, entre os poucos que podem ser encontrados, fico feliz que entre eles esteja ‘Agora e Sempre’, um livro que eu amei desde o primeiro parágrafo e que tem o poder de me encantar sempre que eu o leio. Contudo, esse discurso vocês já conhecem, não é? E é de tanto falar dele pra vocês nas outras resenhas que fiz dos livros da autora, que hoje eu decidi que estava mais do que na hora de trazer a resenha de um dos meus livros prediletos de todos os tempos. Espero que gostem!

Título: Agora e Sempre
Série: Sequelas #1
Autor (a): Judith McNaught
Editora: BestBolso
Páginas: 416
Ano: 2012
Em 1815, órfã e sozinha, a jovem americana Victoria Seaton atravessou o vasto oceano com destino à Inglaterra. Determinada a assumir a herança perdida havia tanto tempo, surpreendeu-se diante da suntuosa propriedade de seu primo distante, o mal-afamado lorde Jason Fielding.  Disputado pelas mais belas mulheres da alta sociedade, solteiras ou casadas, Jason era um mistério para Victoria. Confusa por sua postura arrogante e, ainda assim, atraída por seu arrasador poder de sedução, ela vislumbrou dolorosas lembranças nos profundos olhos verdes de Jason. Quando ele, incapaz de resistir ao charme e ousadia de Victoria, tomou-a nos braços e a beijou com paixão, ela foi envolvida em um redemoinho de sensações desconhecidas e profundamente perturbadoras...

Victoria Seaton e sua irmã perderam seus pais em um trágico acidente e após o ocorrido se veem a mercê de parentes que elas sequer sabiam que existiam. Por razões que a Victoria desconhece, sua avó – uma dama da alta sociedade londrina – não permite que ela continue com a sua irmã caçula e a manda para a casa de um tio distante que aceita recebê-la. O que ela não esperava era encontrar um homem bonito – mas truculento – e não o senhor que lhe havia escrito tão amavelmente. Convencida que não era bem vinda naquela casa, a jovem Victoria sente-se perdida e apesar de determinada a ganhar o seu espaço, ela sente que talvez as coisas pudessem ser diferentes se o seu primo Jason não fosse tão arredio com ela.

Jason Fielding apesar de não se negar a uma boa companhia feminina tem razões de sobra para não confiar nas mulheres – principalmente naquelas que são tão belas quanto Victoria –, por isso ele não está muito feliz com a decisão do seu tio de deixar aquela jovem órfã em sua casa. Contudo, ele tinha que admitir que ela tinha algo diferente. Talvez fosse o brilho de determinação no seu olhar. Talvez fosse o seu jeito rebelde. Talvez fosse a sua predisposição de se meter em confusões. Ou talvez fosse a sua inocente beleza. De certo, ele não sabia afirmar o que era. Ele só sabia que ela estava deixando-o louco e isso nunca poderia significar uma coisa boa. Não quando ele mal podia controlar o desejo de beijá-la apaixonadamente...

Não sei se isso acontece com todos os leitores de romances de época, mas eu não consigo deixar de imaginar como seria se eu vivesse naquela época. Contudo, o que eu sei é que não há como não sentir vontade de estar ali, em meio aqueles bailes suntuosos ou assistindo aquelas belas óperas, pois apesar de saber que sempre há algo ruim sendo tramado em algum lugar, é impossível não se deixar levar pelo romance que envolve a atmosfera. E por incrível que possa parecer, é justamente nas histórias de Judith McNaught que eu consigo achar tudo o que procuro em um bom romance de época. Ela sabe conduzir de maneira tão magistral o leitor por entre as páginas de seu livro, que mesmo quando a história soa clichê é impossível largar o livro e desistir da história. Acho que é por isso que eu não me canso de dizer que ela é minha autora de romances predileta.

Em ‘Agora e Sempre’ mais uma vez me vi cativa da história de vida da mocinha. É difícil explicar, mas McNaught tem um dom de fazer personagens apaixonantes e o que ela fez com a Victoria não foi diferente do que eu estava acostumada, já que ela nos presenteou com uma personagem que acima de tudo é humana. É claro que vemos uma boa dose de drama de sua parte, principalmente quando ela passa a se envolver emocionalmente com o Jason, mas o modo como ela trata as pessoas e a forma como ela se importa verdadeiramente com tudo e com todos me deixou encantada. 

E mesmo que eu não entendesse no princípio, ela era exatamente o que o Jason precisava. Acredito que ninguém mais poderia amá-lo tão profundamente quanto ela, já que ele não necessitava apenas de uma mulher bonita para desfilar pelos bailes, ele carecia de uma mulher que também estivesse disposta a afastar os fantasmas do seu passado e a curar suas antigas feridas. Ademais, o Mike não podia estar mais certo ao escolher uma mulher para seu “sobrinho”, pois, por certo, ela era a única que conseguiria lidar com ele e com o seu gênio intragável de quem passou por mais coisas do que qualquer um seria capaz de superar.

Se fosse por minha vontade, esse livro teria o dobro de páginas, pois apesar do seu final ser lindo e emocionante, eu fiquei com um gostinho de quero muito mais e eu, de fato, adoraria ter tido um vislumbre do futuro de Victoria e Jason. Contudo, eu já deveria ter me acostumado com isso, pois é sempre assim que me sinto com relação aos livros de Judith McNaught, já que independente do que ela escreva, a sensação que tenho é que ela fez isso só para me deixar mais encantada e com a certeza de que ela é imbatível quando o assunto é uma boa história de amor. Podem ter certeza, não há maneira de vocês leitores, lerem o primeiro livro dela e não implorarem para ter um segundo em mãos, por isso digo e repito: Leiam Judith McNaught o quanto antes. Vocês não sabem o que estão perdendo.


[...] – Nunca pare de conversar comigo, Tory. Não me importo de ficar louco, desde que possa ouvir sua voz. Pág. 412

Playlist:


--- Isabelle Vitorino ---

13 comments

Ivan Bittencourt 14 de agosto de 2013 às 18:36

Você usa bons argumentos hein?hehe
Não conhecia a Judith mas, com tanta coisa que você falou, é impossível não sentir ao menos uma pitadinha de vontade de ler seus livros.


Vai pra minha lista com certeza, mesmo não sendo o meu tipo de história favorita. Por tudo o que li neste post, acho que posso dar um voto de confiança sem medo! hehe


Beeijos!

Victoria Saboia 15 de agosto de 2013 às 17:14

Esse livro é muito bom! Amo o seu blog :*

Luiz Lucas 15 de agosto de 2013 às 17:15

Amoo esse livro!

Gabriel Freitas 15 de agosto de 2013 às 17:16

Belo livro e belo blog!

aninha 15 de agosto de 2013 às 21:44

nunca li um livro da Judith McNaught!! preciso remediar esse pecado já! lendo a resenha, já me apaixonei pelos persoangens, quem não gosta de um bom romance? com a cabeça que tenho hoje, dúvido muito que eu fosse sobreviver na época do livro. rsrs é muita repressão em cima da mulher! a capa é linda, passa pureza e uma sensualidade muito bonitas. bj!

IsabelleVitorino 20 de agosto de 2013 às 12:54

O livro é lindo demais. Aliás, todos os livros de Judith são. Por isso se você não conhece as histórias dela, dá uma olhadinha nas resenhas daqui do blog que falei mais sobre eles. :D
Obrigada pelo carinho, espero vê-lo mais por aqui.
Beijos!

IsabelleVitorino 20 de agosto de 2013 às 12:55

Eu também, Luiz! É o meu livro favorito dela e já reli tantas vezes que sei contar a história inteira. rs
Beijos!

IsabelleVitorino 20 de agosto de 2013 às 12:57

É um dos livros mais encantadores e lindos que já li, Vic. Sempre que tenho oportunidade dou uma relida para me apaixonar mais uma vez pelo Jason. rs
Obrigada pelo carinho, lindona. Espero que você volte mais vezes aqui.
Beijos!

IsabelleVitorino 20 de agosto de 2013 às 14:33

Eu comecei a ler os livros da Judith o ano passado e tive muita sorte em descobri-los bem na época em que o Submarino fazia aquelas promoções loucas e acabei adquirindo 3 deles por R$ 10,00 cada. Vendo a dificuldade que é para encontrar os livros dela hoje, eu morro de felicidade só de vê-los em minha prateleira ao meu alcance. -rs-
Você não faz ideia da qualidade da escrita dessa autora. Os romances dela são incríveis!
Também acho que não sobreviveria na época porque não sou do tipo de mulher que aceita as coisas calada. Acho que se tivesse nascido em algum dos séculos passados, teria me tornado uma solteirona. -rs-
Gosto muito dessa capa, mais do que daquelas que tem pessoas nela e você percebe que não tem nada haver com o conteúdo do livro.
Beijos!

IsabelleVitorino 20 de agosto de 2013 às 14:44

Ivan, você não sabe o quanto fiquei feliz em ler seu comentário, até hoje não me conformo com a falta de divulgação dos livros da autora no meio literário.
Acho a escrita dela tão maravilhosa e os livros dela tão lindos que se eu pudesse todo mundo que ama romance teria-os em casa. Por isso digo pra você bem sinceramente: Leia Judith McNaught rápido! Ela é daquele tipo de escritora que consegue situar o leitor de forma que sentimos o mesmo que os personagens e nos insere nas situações que os personagens passam como se nós também fossemos parte da história . Além disso, ela aprofunda de forma intensa tanto os personagens quanto suas histórias de vida. Em suma: Incrível!!!
Se por acaso você lê algum livro dela, por favor, volte aqui para me contar o que achou. Estou louca para saber a sua opinião sobre os livros dela.
Beijos!

Ivan Bittencourt 30 de agosto de 2013 às 12:17

Ainda não li, mas já está na minha estante.
Dá uma olhada aqui: http://www.novasmemorias.com.br/2013/08/cheiro-de-livro-novo-1.html

:)

Mundo dos Livros 31 de agosto de 2013 às 21:34

Fiquei feliz que você tenha seguido a minha indicação, Ivan. Espero que você goste tanto quanto eu. :D
Beijos!

Rosana Apolonio 5 de setembro de 2013 às 15:15

Você sempre falava desse livro em suas resenhas e eu sempre tive curiosidade de saber o porquê de você gostar tanto dele. E agora eu entendo perfeitamente, a história parece ser dessas que prende a gente e que logo se torna o predileto dos leitores que amam um bom romance histórico. Espero poder ler logo esse título! ;)

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