Virou Filme: Sombras da Noite



Escrever sobre algo criado e/ou produzido por um ídolo pessoal é sempre muito difícil, porém eu nunca imaginei como poderia se tornar ainda mais complicado quando você acima de tudo tem o compromisso de levar uma informação que vai além do seu interesse em particular. Engraçado que hoje eu estou vivendo um caso assim, pois apesar de Sombras da Noite ter sido lançado há algum tempo e de eu já ter tido a minha cota de repetições, ainda é complicado dizer o que eu realmente achei sobre o filme, já que se por um lado somos agraciados por um cenário sombrio, personagens bem caracterizados e um enredo cômico, por outro podemos notar pequenos furos na história que poderiam ter sido explorados de forma mais apropriada se tivessem dado a devida atenção. Contudo, sem mais delongas, vamos à resenha de hoje!

Título: Sombras da Noite
Título Original: Dark Shadows
Lançamento: 2012 (EUA)
Direção: Tim Burton
Atores: Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Helena Bonham Carter, Eva Green, Jackie Earle Haley, Jonny Lee Miller, Bella Heathcote, Chlöe Moretz.
Duração: 113 min.
Gênero: Comédia, Fantasia, Romance
1752. Joshua (Ivan Kaye) e Naomi Collins (Susanna Cappellaro) deixam a cidade inglesa de Liverpool juntamente com o filho, Barnabás, rumo aos Estados Unidos. A intenção deles era escapar de uma terrível maldição que atingiu a família. Vinte anos depois, Barnabás (Johnny Depp) é um playboy inveterado que tem a cidade de Collinsport aos seus pés. Após seduzir e partir o coração de Angelique Bouchard (Eva Green), sem saber que era uma bruxa, ele é transformado em vampiro e preso numa tumba por dois séculos. Quando enfim desperta, dois séculos depois, encontra sua propriedade em ruínas e os poucos familiares ainda vivos escondem segredos uns dos outros. Em meio a um mundo desconhecido, Barnabás se interessa por Victoria Winters (Bella Heathcote), a tutora do jovem David (Gulliver McGrath).

A família Collins chega ao Maine nos Estados Unidos, em meados de 1752. Dispostos a firmar raízes no país, aos poucos eles constroem a cidade de Collinsport e consolidam a economia local através da pesca e da indústria pesqueira. O jovem herdeiro Barnabás cresce nessa pequena e próspera cidade e torna-se um homem cuja aparência e riqueza despertam muitos amores, porém a mulher que mais o ama e cujo coração é despedaçado por não conseguir o seu amor é uma bruxa poderosa que não está disposta a esquecer de todo o sofrimento que ele lhe causou. Sem saber que estava sob a mira de Angelique, Barnabás se apaixona pela bela Josette e promete-lhe amá-la para sempre. Entretanto esse amor torna-se uma maldição, já que Angelique movida  por um profundo ódio se predispõe a tudo e conduz a mulher que ele ama para a morte e o sentencia a uma vida maldita.

Passados dois séculos, Victoria chega à mansão Collinwood para ser tutora de David Collins, um garoto que não aceita a morte de sua mãe e que não responde aos tratamentos da doutora Julia. Assim como os demais moradores da casa, ela tem seus segredos e nem mesmo Elizabeth, a matriarca da família é capaz de desvenda-los em sua entrevista de emprego. Logo em seu primeiro dia na mansão, ela sente-se estranhamente ligada a família e a história de Barnabás, é também nesse lugar que ela recebe visitas frequentes do fantasma de uma mulher cujos encontros sempre acabam com um pedido de ajuda. Sem saber o que poderia fazer para ajudá-la, um dia ela é surpreendida com a informação de que alguém da família Collins estava voltando. O que ela não sabia era que esse “alguém” era Barnabás, que após passar dois séculos preso em uma tumba está de volta para reconquistar seu lugar na família, recuperar o prestígio dos Collins e tentar pôr fim a sua terrível maldição.


Para quem está familiarizado com o mundo das séries e dos filmes certamente já ouviu falar o nome Barnabás Collins e não é para menos, creio que de todos os vampiros sobre os quais já li ele é o que mais me encanta com seu jeito ultrapassado de quem está no século errado e com suas falas que dariam bordões dos mais comentados se chegassem ao grande público. Ademais, é simplesmente incrível ver como todas as cenas que ele participa – independente do personagem que ele contracena – as coisas sempre tendem para o cômico e para o surreal. A interação dele com a Angelique é perfeita, os dois vivem uma relação ambígua que transcende os séculos e faz com que o espectador sinta mais empatia por ela do que pela mocinha da história que em minha opinião é muito apática e quase não aparece durante as quase duas horas de filme. Além deles, acho justo citar o quão excepcional estava Helena, com sua personagem de terapeuta alcoólatra que diz uma das melhores frases do filme quando a Victoria a chama de médica: “Querida, como espera que nós garotas avencemos se continuamos nos reduzindo a rótulos?”.


No decorrer do filme somos conduzidos pelos personagens até o ponto máximo da rixa entre Barnabás e Angelique que acaba envolvendo toda a família e é justamente nesse ponto que para mim as coisa desandam, pois quando achei que começaríamos a ver as coisas melhorarem para a família Collins, o filme acaba e deixa muitas pontas soltas. É claro que dá para supor muita coisa, mas não é o mesmo que ter uma linha de raciocínio a seguir. Confesso que no final me senti frustrada, pois esperei explicações que não vieram além de um final feliz para Barnabás. Não sei se teremos uma sequência, mas sei que esse filme deixou material para mais histórias e foi só por não esquecer dos pontos altos do filme que continuei com a minha opinião de que Sombras da Noite é um filme que vale muito a pena ser visto mesmo tendo um final tão decepcionante e evasivo.



Playlist:


P.S. Para quem é fã do Alice Cooper, não deixe de conferir o filme, pois nele há um pequeno show dele. ;)

--- Isabelle Vitorino ---

6 comments

Aline T.K.M. 26 de fevereiro de 2013 às 21:14

Também sou fã do Burton, e achei Sombras da Noite cômico e divertido, mas não me surpreendeu. Não sei, os últimos filmes dele deixaram a desejar (Alice, Frankenweenie), apesar do visual ser sempre perfeito.

Bj
Livro Lab

Dany 27 de fevereiro de 2013 às 21:09

Eu gostei do filme, apesar de concorda com vc tbm.
Queria qua algumas coisas tivessem sid mais abordados.
Mesmo assim, o filme é engraçado e conta com o lindo do Depp tbm.
Bjos...

Anônimo 27 de fevereiro de 2013 às 21:39

Eu não consegui gostar do filme. Tim Burton para mim funciona mais com aqueles filmes sombrios e de spot-motion, sabe?! Não acho que combine muito com comédia.
Ainda assim, acho que vou dar uma chance ao filme, vai e eu gosto desse estilo diferenciado do Tim Burton? :D

Abraços!

Unknown 28 de fevereiro de 2013 às 19:32

Olá!!
Vi esse filme agora pouco, não fui no cinema ver e bateu o arrependimento. Adorei o filme achei bem divertido.

Beijão

Rosana Apolonio 2 de março de 2013 às 17:18

Adoro os filmes que o Tim Burton dirige e que o Johnny Depp participa. Não sei se deve ao fato da maioria ser dark e ter um "quê" de cômico, mas o fato é que sempre me apaixono por eles. No mais, ainda não vi Sombras da Noite, mas pelo que você falou acho que vou gostar muito dele.

;)

P.S. Johnny Depp é tão lindoooooooooooo!!!

Unknown 3 de março de 2013 às 08:40

Ainda nao assisti esse filme (cry!) mas sei que vou adorar, pois todos os trabalhos que o Johnny faz ele nunca me decepciona (é assim que escreve? god portugues horrivel meu")

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