Resenha: Colin Cosmo e os Supernaturalistas por Eoin Colfer
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Esta resenha estava para sair já há alguns dias. Contudo, essas últimas
semanas foram tão corridas para mim que eu acabei completamente sem tempo para
escrever. Espero que vocês compreendam e é claro, que continuem acompanhando o
blog. Considerações terminadas, vamos à resenha de hoje!
Título: Colin Cosmo e os Supernaturalistas
Autor: Eoin Colfer
Editora: Record
Páginas: 317
Ano: 2005
Em um futuro próximo, o jovem Colin Cosmo é mandado para um orfanato, no qual é forçado a trabalhar sem descanso, além de servir de cobaia para um monte de testes. Ele decide fugir e para isso conta com a ajuda dos Supernaturalistas, garotos que, como ele possuem uma certa habilidade especial. O que eles não imaginavam é que iriam descobrir um terrível segredo que poderia destruir o mundo.
Colin Cosmo é um sem patrocínio que por sua condição de órfão foi levado
muito cedo para o Instituto Clarissa Frayne, ao contrário do que possa parecer,
nesse lugar ele e outros garotos são mantidos cativos para que o governo os
utilizem como cobaias em testes dos mais variados produtos. Seu maior sonho é
conhecer uma vida longe daquele lugar – mesmo que isso signifique ficar a esmo
na Cidade-Satélite –, e é por isso que ele sempre está analisando oportunidades e
observando qual será o melhor momento de tentar fugir dali.
Mas as coisas não são tão fáceis, pois apesar de não ter ninguém por eles,
os carcereiros daquela prisão disfarçada estão todos atentos ao menor sinal dos
órfãos para que assim possam machucar ainda mais as crianças. Contudo, eis que
a oportunidade surge. Em um tumulto que acaba se mostrando favorável, Colin e
seu amigo Ziplock fogem do ônibus em que estão sendo transportados e saem
desesperados pela cidade, o que eles não contavam era em sofrer mais um grave
acidente onde suas vidas ficam à mercê não só da sorte, mas também da ajuda de um
peculiar grupo de jovens que se autodenominam, os Supernaturalistas.
Durante toda a leitura do livro eu me debati com a seguinte questão: “Como eu o avaliarei?”. Essa dúvida persistiu porque eu caminhei sob uma linha tênue de amor e ódio por a história. Inicialmente foi difícil me sentir confortável com os jargões utilizados pelo autor para explicar o novo mundo em que a história se passava, já que a maioria dava até preguiça de ler, contudo, para contrabalancear isso Eoin escreveu um enredo maravilhoso que me conquistou logo que comecei a entender quais eram as suas intenções e foi a partir daí que a leitura começou a me prender e a instigar minha curiosidade.
A narrativa realizada em terceira pessoa é bem acelerada e faz com que você vire as páginas compulsivamente, porém isso só acontece depois da fuga e o encontro com os Supernaturalistas, pois até o momento em que ele permanece no Instituto as coisas acontecem de modo muito lento. Posso dizer que superada as primeiras 50 páginas a história flui de maneira incrível, ainda mais porque à mediada que você vai conhecendo os personagens e as suas histórias pessoais você vai se identificando com eles de forma natural, porém, tenho que avisar: Não se apeguem demais aos personagens, Colfer não tem medo de matá-los.
Entretanto, mesmo ficando chateada com as ditas mortes, eu entendi o ponto do autor. Em uma história como a sua, onde o planeta Terra foi completamente destruído pela falta de respeito à natureza e as constantes guerras intercontinentais é realmente um milagre sobreviver a cada dia tendo que conviver com um governo opressor e a poluição química infestando tudo. Com relação a esse último ponto, era até estranho ler os personagens sonhando em como seria um pôr do sol de verdade, com uma cor laranja natural e uma paisagem encantadora, mas ao mesmo tempo era triste porque se analisarmos bem a situação atual em que vivemos não será difícil que um cenário como esse possa se tornar real nos próximos anos.
Durante toda a leitura do livro eu me debati com a seguinte questão: “Como eu o avaliarei?”. Essa dúvida persistiu porque eu caminhei sob uma linha tênue de amor e ódio por a história. Inicialmente foi difícil me sentir confortável com os jargões utilizados pelo autor para explicar o novo mundo em que a história se passava, já que a maioria dava até preguiça de ler, contudo, para contrabalancear isso Eoin escreveu um enredo maravilhoso que me conquistou logo que comecei a entender quais eram as suas intenções e foi a partir daí que a leitura começou a me prender e a instigar minha curiosidade.
A narrativa realizada em terceira pessoa é bem acelerada e faz com que você vire as páginas compulsivamente, porém isso só acontece depois da fuga e o encontro com os Supernaturalistas, pois até o momento em que ele permanece no Instituto as coisas acontecem de modo muito lento. Posso dizer que superada as primeiras 50 páginas a história flui de maneira incrível, ainda mais porque à mediada que você vai conhecendo os personagens e as suas histórias pessoais você vai se identificando com eles de forma natural, porém, tenho que avisar: Não se apeguem demais aos personagens, Colfer não tem medo de matá-los.
Entretanto, mesmo ficando chateada com as ditas mortes, eu entendi o ponto do autor. Em uma história como a sua, onde o planeta Terra foi completamente destruído pela falta de respeito à natureza e as constantes guerras intercontinentais é realmente um milagre sobreviver a cada dia tendo que conviver com um governo opressor e a poluição química infestando tudo. Com relação a esse último ponto, era até estranho ler os personagens sonhando em como seria um pôr do sol de verdade, com uma cor laranja natural e uma paisagem encantadora, mas ao mesmo tempo era triste porque se analisarmos bem a situação atual em que vivemos não será difícil que um cenário como esse possa se tornar real nos próximos anos.
Com seus mais acertos que erros, Colin Cosmo e os Supernaturalistas é um livro inovador
e instigante. Seguindo uma linha de pensamento original, sua trama aborda
questões sociais e ambientais, e se mostra uma crítica forte à cerca do estilo
de vida adotado pela sociedade atual. Com um final que deixa abertura para uma
continuação, nesse livro o escritor Eoin Colfer mostra mais uma vez porque é um dos autores
irlandeses mais vendidos da atualidade.
– [...] Que horas são?
– Pôr do sol.
Mona espiou pela janela do abrigo.
– Esta noite está roxo. Quem tem alergia vai sofrer. Já viu um pôr do sol no cinema, Cosmo? Todo laranja e lindo. Você acha que um dia já houve um pôr do sol assim?
Cosmo deu de ombros.
– Talvez. Duvido. Hoje em dia podem fazer qualquer coisa com efeitos especiais.
Mona tomou um gole de café sintético.
– Provavelmente está certo. Pág. 193
Playlist:
Rush – Subdivisions
P.S. O vídeo é um pouco tosco, mas dá para entender um pouco mais da trama abordado no livro. >.<
--- Isabelle Vitorino ---
2 comments
Vi que esse livro estava em suas listas de desafio. A princípio não soube do que era e nem me interessei muito, mas lendo a sua resenha vi que ele é uma distopia bem bacana e que tem uma história que vale a pena ser lida. ;)
Olá, Isabelle.
Demorei um pouquinho a responder seu comentário em meu blog, mas não me esqueci de você e cá estou. ;) Minha mãe também teve o mesmo sonho durante muitos anos, vou até perguntar se ela parou de sonhá-lo.
Amei a resenha. Parece um livro meio... opresso? Não sei, senti que há bastante angústia na história. Mesmo assim, eu o leria, sem dúvida. Aliás, fiquei com vontade de lê-lo. Estou escrevendo um romance distópico e minha história tem algo bem parecido com essa. Ótima dica!
Beijos,
Isie Fernandes - de Dai para Isie
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