Resenha: Sábado à Noite por Babi Dewet

Hoje venho trazer para vocês mais uma resenha, o livro da vez é Sábado à Noite da autora Babi Dewet. Engraçado, que quando terminei o livro, eu não sabia dizer o que achava sobre ele, eu só sabia que estava em conflito. Se por um lado, alguns pontos me tiraram do sério, outros me encantaram profundamente. E é ainda em conflito, que eu escrevo esta resenha para vocês.

Título: Sábado à Noite
Série: Sábado à Noite #1
Autor (a): Babi Dewet
Editora: Generale
Páginas: 334
Ano: 2012
É o primeiro livro de uma trilogia repleta de amor, música e amizade. Amanda é popular na escola e os amigos do seu amigo de infância são considerados os ‘marotos’ do pedaço por desrespeitarem as regras. Tudo ao seu redor acaba desmoronando quando um amor mal resolvido volta à tona e a sua amizade é posta em prova. Se não bastasse, seu diretor resolve dar bailes aos sábados e uma misteriosa banda mascarada foi convocada pra tocar. Mas suas letras dizem tanto sobre ela… Afinal, quem são esses mascarados de Sábado à Noite?

Amanda é uma das garotas mais populares da escola, assim como suas amigas, Anna, Guiga, Maya e Carol. Fazendo parte de um seleto grupo de abelhas rainhas que despertam a inveja e os desejos mais secretos de todos da escola, elas vivem para encantar e... Para ignorar os marotos! Um grupo de meninos considerados perdedores, por sempre fazerem de tudo para quebrar os estereótipos e se mostrarem como eles realmente são, sem máscaras. Contudo, todo esse confronto entre populares e esquisitos se vê ameaçado quando a professora de Artes passa um trabalho onde eles não têm como fugir um do outro, e o diretor, para completar o desespero total dos alunos, inicia um louco projeto chamado Sábado À Noite, onde os alunos teriam todos os sábados bailinhos como uma forma de se conhecerem melhor. O que eles não sabiam, era que nada disso poderia resultar em algo bom, principalmente, quando paixões escondidas ameaçam vir à tona e destruir os laços mais fortes, como o de amizade e lealdade. 

SAN, como a trilogia é carinhosamente chamada, tem em seu primeiro livro uma história que vai agradar os corações juvenis por ser palco de uma história de amor e muita música. Com uma escrita bem juvenil a autora apresenta aos seus leitores um universo que dependendo da sua idade poderá encantar mais ou menos, eu, por exemplo, apesar de ter dezenove anos, não me identifiquei com nenhum personagem feminino, principalmente, a protagonista que é tão insuportável que eu cheguei a pensar em desistir do livro por não suportar mais o “Oh Day! Oh Night!” dela por coisas que poderiam ser facilmente resolvidas se ela fosse sincera com ela mesma e com todos a sua volta. Entendo, que a autora quis dar um ar realista para a história, mas posso dizer por experiência própria que garotas de 16 anos não são tão altruístas assim, pelo contrário, já vivi vários casos em que minhas amigas ficavam com garotos que eu era “apaixonada” sem pensar no amanhã e depois me falavam tranquilamente sobre isso e eu, apesar de ficar chateada por algum tempo, sempre as perdoavam. 

Além disso, o que me incomodou bastante foi a universalização das personalidades femininas, para mim, elas eram todas iguais. O que não aconteceu com os meninos, que tinham personalidades bem acentuadas e que me fizeram rir com suas referências nerds. Posso dizer com total sinceridade que Daniel, Bruno, Caio, Rafael e Fred conseguiram me conquistar imensamente e que valeu a pena ter lido o livro só para ver a sinceridade deles que me pareceu ser bem maior do que a das meninas (quero um Caio pra mim!). O romance que acontece entre abelhas rainhas e marotos, foi trabalhado aos poucos, e me deixou com um gostinho de quero mais com relação aos demais, já que o foco deste, é todo e completamente voltado para Daniel e Amanda, que apesar de terem os seus sentimentos bem óbvios, conseguem conquistar o leitor com cenas meigas e delicadas como a dança no meio do nada. Espero, de verdade que nos próximos volumes a autora amplie mais os pontos de vista e que os outros casais tenho mais espaço na história.

Outro ponto que gostaria de comentar com vocês é a estrutura do livro, bem, a autora tem um modo de escrever bem tranquilo, contudo, algumas repetições me incomodaram demais (fofa, eu simplesmente não suporto mais ler essa palavra!), como também, a demora na resolução do conflito desse livro, tenho certeza que ela conseguiria dar o mesmo sentindo na história com um texto de no máximo 250 páginas, além disso, senti que a autora quis dar uma americanizada no livro ao inserir bebidas, carros e pais ausentes (morando em outro país, enquanto os filhos ficavam sozinhos na cidade) na história – era como se a cidade não tivesse polícia nem conselho tutelar. Mas, com certeza, ela foi feliz ao colocar a banda Scotty na história, ler as letras das canções e as cenas dos bailes, foram os pontos altos do livro.


Sábado à Noite é um livro que vai te divertir e vai te remeter aos tempos em que você estava no ensino médio e cometia as maiores besteiras, mas, em minha opinião, o livro é só isso, diversão. E deve ser encarado como tal.


Não dá para acreditar
Que encontrei alguém como ela  
Uma garota que mudou minha vida  
De todos os jeitos que podia saber  
Ela de repente se virou para mim  
E me deixou triste, sem querer  
Porque seus olhos eram tristes  
Eu não sei o que ela soube  
Mas eu estou feliz de não ser o cara  
Que deixou ela tão mal. Pág. 76


Playlist:
--- Isabelle Vitorino ---

11 comments

Amor de Livros 11 de julho de 2012 às 08:22

Ahhhh o livro parece ser tão bonitinho!!!!
Gostei bastante da resenha.
Vou ver se leio.

Niii [amor de livros]

Fellipe 11 de julho de 2012 às 11:52

Tenho muita vontade de ler esse livro, a história parece ser bem legal, mesmo a protagonista sendo tão chata e o livro ter essas coisas americanizadas dos pais morarem em outro país!

Clara 11 de julho de 2012 às 15:31

Se eu tivesse a oportunidade, acho que leria o livro, apesar de sua resenha não ser a primeira que demonstra pontos negativos. Acho que outra pessoa também falou que o livro poderia ter sido mais curto.
maravilhosomundodetinta.blogspot.com.br

Jenice Franca 11 de julho de 2012 às 15:50

Oi, fofa! Haha Brincadeira, Isabelle.

Que pena a autora não ter desenvolvido a personalidade psicológica das meninas, pois nós mulhueres somos tão complexas e sempre estamos em constante mudanças , sobretudo, nesta fase do Ensino Médio que damos vazão a todas nossas inquietações.No entanto, como esta história é uma trilogia , a autora poderá reverter este fato com o decorrer da história e vá construindo situações que denotem as várias perspectivas que existem dentro de um mesmo personagem

Abraços

Jadi Soares 11 de julho de 2012 às 16:12

Ainda não li esse livro, mas tbm nao tenho mta vontade.
O tema dele não me chama a atenção, mas a capa é bem bonitinha e a gabi é super gente boa.
parabens pela resenha ficou mt boa.
bjim

Unknown 11 de julho de 2012 às 19:16

Achei interessante o Livro..
Amei a sua resenha... Vou prestar mais atenção nesse livro..

Mariana Guimarães 12 de julho de 2012 às 08:27

Fiquei com vontade de ler esse livro principalmente depois da sua resenha :) beijos

Gleice Couto 12 de julho de 2012 às 17:21

OMG. Comprei esse livro hoje e já tô arrependida por saber pela sua sinopse que se trata de uma trilogia. HAHAHAHHAHAHAHA *se joga da janela*

Mas vamos ver o que o livro tem a dizer. Pela sua resenha, não mt ne? hahahaha

Beijoooooos

Gleice
www.murmuriospessoais.com

Rosana Apolonio 13 de julho de 2012 às 11:33

Ultimamente estou numa vibe de leitura de livros menos juvenis e mais clássicos, ainda mais porque, pelo modo como você escreveu, a leitura não me pareceu ser tão agradável assim. Mas quem sabe um dia a oportunidade e a coragem surgem para lê-lo, não é?
=D

Anônimo 22 de dezembro de 2012 às 20:19

Nao da pra ler na internet ne?

Anônimo 6 de fevereiro de 2013 às 11:16

Pela resenha o livro é muito interesante no começo um pouco complexomas vou proucurar ler

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